No n'hem parlat gaire d'aquest fadista aqui al blog, tot i que és una de les veus que més m'agrada. L'any passat quan va treure nou cd al mercat i vaig escoltar un dels temes en un video del bon amic Américo, vaig quedar enganxat, literalment enganxat, a aquest tema que escoltem avui aqui: un poema de Rosa Lobato de Faria, poetessa que mai m'ha deixat indiferent, i música de José Cid.
La veu especial, avellutada, clara d'aquest home, confesso que em té atrapat. Aqui doncs el video promocional del seu cd i també el treball del nostre amic Américo.
Un remei per fer desaparéixer els nervis d'aquest dissabte en què el Barça pot guanyar la cinquena Champions League....
I no m'oblido del dinar que avui tenim del nostre Clube de Leitura, per acomiadar el curs. Un dia rodó.
Del nostre amic Américo... António Pelarigo Quem me Quiser from americo on Vimeo.
QUEM ME QUISER
Quem me quiser há-de saber as conchas
a cantigas dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.
a cantigas dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.
Quem me quiser há-de saber as fontes,
a laranjeira em flor, a cor do feno,
à saudade lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no inverno.
a laranjeira em flor, a cor do feno,
à saudade lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no inverno.
Quem me quiser há-de saber a chuva
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.
Quem me quiser há-de saber os medos
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.
Quem me quiser há-de saber a espuma
em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber a coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente.
em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber a coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente.
Rosa Lobato de Faria
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