Devia ser una tarda memorable aquesta en el Grupo Desportivo da Mouraria amb aquests dos extraodinaris fadistas.
A Lucinda Camareira del poeta Henrique Rego amb música de A. Duarte no fado Bailarico
A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado;
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa;
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira
Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Ao café do Bairro Alto;
A camareira que exalta / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer;
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor;
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou;
E para sempre a levou / Do café da Marcelina.
Letra tirada do blog fadosdofado