Gentes do fado, aquest és el títol del segon cd de André Baptista amb la CNM, amb la producció de Gonçalo Salgueiro, i acompanyat d'un estol de noms importants dins del món del fado.
Confesso que era un dels cds que tenia en la meva llista de compras a Lisboa, i no me'n puc estar de portar-lo aqui, ja que crec que l'André te una qualitat que admiro, i és la capacitat de modular la veu per tal d'arribar a poder cantar qualssevol fados, i també perquè en aquest disc entra de plé en el fado clàssic. El primer, Um fado nasce, va ser un homenatge al poeta alentejano Alberto Janes.
No m'ha decebut pas el treball de l'André en aquest cd, i amb la seva veu que et transporta, a vegades, a temps antics, un se sent reconfortat.
Canta un tema a dueto amb el seu productor Gonçalo Salgueiro, poema del popular i peculiar Frei Hermano da Câmara.
Túnica NegraO fado negro, negra dor é pão
Amargo pão de quem não tem amor
Ai negro negro como a negra flor
E como as tábuas negras dum caixão
O fado negro tem-no quem tocar
O fado negro tenho por calvário
Ai negras penas, contas do rosário
O fado negro tem quem não amar
Mas se há remorso numa negra vida
Que de arrependida chora da maldade
À noite negra deu-lhe Deus a cor
Vestir de negro, deu-me por condão
Mas fado negro, negro fado não
Porque o meu luto é sinal de amor
Eu visto negro porque tenho fé
Eu visto negro porque espero em Cristo
Ai negro, negro, por amor te visto
Mas o meu fado negro não, não é
Ninguém me diga que não há beleza
Que só há tristeza quando o negro impera
Porque a andorinha que Deus fez tão negra
Sempre que ela chega, chega a primavera
Sempre que ela chega, chega a primavera
Porque a andorinha negra, negra, negra
Negra, negra, negra, traz a primavera.
Negra, negra, negra, traz a primavera.
Lletra extreta del blog fadosdofado