Avui presentem uns poemes antics amb el mateix títol: "É tão bom ser pequenino" -És tan bonic ser petit.
L'un del poeta Carlos Conde cantat amb la música de fado Mouraria, per l'Alfredo marceneiro, i l'altre, que ja vam presentar aqui fa algun temps, amb música de fado Corrido, en aquest cas cantat pel fadista Rodrigo. La lletra és de Linhares Barbosa.
En ambdos casos els poetes lloen les bondats de ser petit, tenint qui et cuidi, tenint pare, mare, avis... tots sempre amatents per tal que no et falti de res.
Algú pot pensar que son poemes amb un cert tuf d'antigor, massa simples, o potser de llàgrima fàcil. Que avui ja no es diuen aquestes coses, o d'aquesta manera. Potser si que avui costa més de ser simples i hem tendit a fer-ho tot més complexe, i fins i tot amagar sentiments.
Avui em venia de gust parlar d'això.
Tenir pare, mare, avis, tenir esperança en el futur i tenir qui t'estimi...
Alfredo Marceneiro
É tão bom ser pequenino
L. Carlos Conde
m. Fado Mouraria
É tão bom ser pequenino
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós
Ver tudo com alegria
Sem delongas sem demoras
Viver a vida numa hora
Eternidade num dia
Ter na mente a fantasia
Dum bem que ninguém supôs
Ter crença sonhar a sós
Com a grandeza deste mundo
E para bem mais profundo
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter muito elevo a sonhar
Acordar e ter carinho
Ter este Mundo inteirinho
No brilho do nosso olhar
Viver alheio ao penar
Deste orbe torpe ferino
Julgar-se eterno menino
Supor-se eterna criança
E num destino sem esperança
Ter esperança no destino
Oh! Desventura, Oh! Saudade
Causas da minha inconstância
Dai-me pedaços de infância
Retalhos de mocidade
Dai-me a doce claridade
Roubando-a ao tempo atroz
Eu queria ter a minha voz
Para cantar o meu passado
E é tão bom cantar o fado
E ter quem goste de nós.
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós
Ver tudo com alegria
Sem delongas sem demoras
Viver a vida numa hora
Eternidade num dia
Ter na mente a fantasia
Dum bem que ninguém supôs
Ter crença sonhar a sós
Com a grandeza deste mundo
E para bem mais profundo
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter muito elevo a sonhar
Acordar e ter carinho
Ter este Mundo inteirinho
No brilho do nosso olhar
Viver alheio ao penar
Deste orbe torpe ferino
Julgar-se eterno menino
Supor-se eterna criança
E num destino sem esperança
Ter esperança no destino
Oh! Desventura, Oh! Saudade
Causas da minha inconstância
Dai-me pedaços de infância
Retalhos de mocidade
Dai-me a doce claridade
Roubando-a ao tempo atroz
Eu queria ter a minha voz
Para cantar o meu passado
E é tão bom cantar o fado
E ter quem goste de nós.
Rodrigo
É tão bom ser pequenino
É tão bom ser pequenino
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós
Vem cá José Manuel / Dás-me a graciosa ideia
De Jesus na Galileia / A traquinar num vergel
És morenito de pele / Como foi o Deus menino
Tens o mesmo olhar divinov / Ai que saudades eu tenho
Em não ser do teu tamanho
É tão bom ser pequenino
Os teus dedos delicados / Nessas tuas mãos inquietas
Lembram-me dez borboletas / A voejar nuns silvados
Fui como tu, sem cuidados /Também já corri veloz
Vem cá, falemos a sós / Dum caso sentimental
Que eu vou dizer-te o que vale
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter avós, afirmo-to eu / Perdoa as imagens minhas
É ter relíquias velhinhas / E ter mãe, é ter o céu
Ter pai assim como o teu / Que te dá o pão e o ensino
É ter sempre o sol a pino / E o luar com rouxinóis
Triunfar como os heróis
Ter esperança no destino
Tu sabes o que é a esperança / O sonho, a ilusão a fé?
Sabes lá o que isso é / Minha inocente criança!
Tu és fonte na pujança / Eu, o rio que chegou á foz
Eu sou ante e tu após / Ai que saudades, saudades
A gente a fazer maldades
E ter quem goste de nós