diumenge, 29 de juny del 2008

Rodrigo





Vaig saber d'en Rodrigo quan vaig escoltar "Cais do Sodré" i "O fado do 31". Poc després vaig poder comprar un parell de CD i em va acabar de guanyar aquell seu esti pròxim, humà, senzill com es pot copsar en sentir-lo cantar "Como é bom ser pequenino" , per exemple. He escollit per aquesta entrada un poema de fado, de Tó Moliças, recitat, sobre fons de música popular "Desejo infantil" Agraeixo a Tó Moliças i a Rodrigo les seves dedicatòries. Obrigado

 



Desejo infantil

Tó Moliças / Popular *fado das horas*
Repertório de Rodrigo

Sem ver que os anos consomem
As ilusões lentamente
Desejei infantilmente
Crescer, ter barba e ser homem

Paraíso de ternura / É o mundo da criança
Que brinca com a doce esperança / Com a bondade e com a ternura;
Sem pensar na desventura / Que o homem tem, por ser homem
Neste mudo de desordem / De ilusões e desenganos
Brincam dias, brincam anos / Sem ver que os anos consomem

Consomem a felicidade / De ser sempre pequenino
Como é o Deus menino / E dão a rivalidade
A inveja e a maldade / De ser mais, de ser diferente
E matam constantemente / A pureza, a gratidão
E apagam no coração / As ilusões lentamente

Como criança que chora / Por um estranho brinquedo
Eu quis um dia, sem medo / Marchar p'los anos fora
Desgosto que me devora / E me abate tristemente
Quis ser grande e quis ser gente / Quis dar mimo e dar carinho
E ter um dia um paizinho / Desejei infantilmente

Que o mundo fique parado / Que os filhos não cresçam mais
P'ra não haver nunca mais / Um Jesus crucificado;
Oh meu Deus idolatrado / Dá a tua divina ordem
P'ra que um dia se transformem / Os caprichos do destino
P'ra nunca mais um menino / Crescer, ter barba e ser homem


Letra tirada do blog fadosdofado