dilluns, 28 de novembre del 2011

Fado: Património imaterial da humanidade

Ja és oficial, A Bali el Fado ha estat declarat Patrimoni Immaterial de la Humanitat

diumenge, 27 de novembre del 2011

Arménio de Melo & José Maria Nóbrega

De la colecció Un Parfum de Fado en el seu Volum 5, editada a França per Playasound, escollim les Variações de Armandinho, per donar so i color a unes bonique imatges de Figueira de Foz, ciutat natal de l'amic Fernando Caldeira Marques a qui li dediquem aquest vídeo.

 

dimecres, 23 de novembre del 2011

Sempre saudades

Diuen que la saudade és l'amor que queda...
Ciceró va escriure que la vida dels morts perdura en la memòria dels vius, i així penso jo també.
Se recordar é viver
Só de recordações vivo

Com o coração cativo
Ao que não posso esquecer

É sempre tristonha e ingrata
Que se torna a despedida
De quem temos amizade
Mas se a saudade nos mata
Eu quero ter muita vida
Para morrer de saudade
Dizem que a saudade fere
Que importa quem for prudente
Chora vivendo encantado
É bom que a saudade impere
Para termos no presente
Recordações do passado
É certo que se resiste
Á saudade mais austera
Que á ternura nos renega
Mas não há nada mais triste
Que andar-se uma vida á espera
Do dia que nunca chega
Só lembranças ansiedades
O meu coração contém
Tornando-me a vida assim
Por serem tantas as saudades
Eu dou saudades alguém
Para ter saudades de mim

dissabte, 19 de novembre del 2011

António Marramaque / António Reis

António Reis
António Marramaque
Els músics que van acompanyar a la fadista Fernanda Moreira en la seva estada a Barcelona, també ens van mostrar les seves dots de cantadors.

L'António Marramaque amb Fado de Coimbra i l'António Reis amb fado de Lisboa.

Us deixo aqui amb aquests vídeos i els enviem els nostres "parabéns".

António Marramaque .- O meu desejo


António Reis .- Bairro Alto

dimecres, 16 de novembre del 2011

Em Barcelona também há Fado

Fernanda Moreira

Em Barcelona também há Fado

Fernanda Moreira
A fadista Fernanda Moreira, esteve em Barcelona para nos cantar o seu Fado. Muito bem acompanhada por António Marramaque, na guitarra portuguesa, e por António Reis, na viola de fado, encheram com sua voz e com os seus acordes quatro maravilhosas e inesquecíveis noites de fado no Restaurante Lisboa da rua de Comte Borrell.
Voltou o Fado a este recanto português da nossa cidade. Valeu a pena esperar todo este tempo para, finalmente, ouvir a voz desta fadista portuense que, mesmo nas primeiras palavras do primeiro fado que cantou, já deixou o público encantado e bem disposto.
Perguntaste-me outro dia se eu sabia o que era o fado Estes simples versos bastaram para os fadistas receberem toda a atenção do público assistente.
No Fado de Fernanda Moreira há, desde a primeira nota, toda uma declaração de intenções. O Fado acontece desde o início, ele começa no cimo, no mais alto, Fernanda faz aquilo que o fado nos pede, isto é senti-lo, transmiti-lo. Essa é a sua vocação e o seu feitio, e foi a isso que se entregou durante as quatro noites que cantou no lindo recanto português da nossa cidade
Temas como Lágrima, Meu Portugal meu amor, Primavera, Nossa Senhora do Fado,ou Não gosto de ti, entre outros, misturando o fado tradicional com o chamado fado-musicado, e as músicas mais alegres com aquelas que precisam de mais interioridade, foram o cartão de visita da fadista nessas quatro noites de convívio fadista.
Os músicos, para além de acompanharem os fados, também cantaram. António Marramaque deliciou-nos com a música coimbrana, com O meu desejo, e António Reis cantou o Bairro Alto, criação do admirado Nuno de Aguiar, completando assim umas noites inesquecíveis.
O Fado é sentimento, são histórias contadas e cantadas, é, talvez, uma forma de viver e é por isso mesmo que o fado é proximidade, partilha… E foram tudo isso essas noites no Restaurante Lisboa. Fado, bom jantar português, bom vinho e boa companhia. Não podíamos pedir nada mais.
O nosso agradecimento muito especial aos músicos, à fadista, mas também aos donos do Restaurante Lisboa, o José Luis e a Luísa, por terem feito realidade o sonho de ter fado ao vivo na nossa cidade.
Bem hajam!

Cá vos deixo com uma amostra dos fados que cantou... 

Fado Súplica

Eu preciso de te ouvir a voz

Vasco Lima Couto / Armando Machado *fado súplica*
Repertório de Beatriz da Conceição
Não me fales amor, dá-me prazer
Com amizade se o quiseres, mas só
E as palavras caíram sobre o corpo
Como sobre uma estátua, o vento e o pó

Não me peças amor, mas o que é isto
Que nome queres que eu dê á tua idade
Se a carícia que prende a tua mão
Rende e ultrapassa o tempo d’amizade

Se a tua primavera é meu estado
No caminho da esperança que te exprime
Eu terei a alegria duma hora
Cada vez que o teu corpo se aproxime

E não perguntes mais do que é preciso
Encontrar na distãncia que há em nós
Com amor ou sem ele pouco importa
O que eu preciso é de te ouvir a voz.

António Marramaque e António Reis
Ah, fadista!
Compenetração total
A fadista e eu
Com os colegas das aulas de português
Um brindis apenas para dizer "até logo..."

 Obrigado a todos os que me ajudarem na confecção deste post.

dilluns, 7 de novembre del 2011

Fernanda Moreira a Barcelona

La fadista Fernanda Moreira cantarà a Barcelona. Serà al restaurant Lisboa del carrer de Comte Borrell, 145, per l'empenta i el coratge dels propietaris d'aquest racó portuguès de la nostra ciutat.
Fernanda Moreira no és "alfacinha", diríem que és "tripeira" o sigui que és nascuda a Porto tal com ens diu en aquest apunt biogràfic de la seva pàgina oficial...

Sou como sou...

O fado...
Cresci ouvindo-o, cantando-o, sentindo-o.
Não nasci na Mouraria, nem em Alfama, nem em qualquer outro bairro típico de Lisboa.
Sou natural do Porto, esta linda cidade atravessada pelo belo rio Douro, de gente trabalhadora, amiga e hospitaleira, cuja fala, por vezes rude, vem acompanhada por um sorriso franco e uma vontade incontidade de auxiliar, sempre e mais.
Sou do Porto e canto o fado! No Porto também se canta o fado. E bem!
Canto-o á minha maneira! Com a alma, com a mistura de sentimento que o fado é!
Amor... sempre o amor. Canto o amor com ternura, com carinho, com tristeza, com raiva, com o sentimento que o poeta colocou nas palavras, que entra na alma de cada um de nós acompanhado pelas cordas inimitaveis da guitarra portuguesa e da sua amiga inseparáve,l a viola classica.
Canto males e bens da sociedade onde vivemos. Não pretendo chorar no ombro de ninguém, mas pedir, cantando, 2 ou 3 minutos de atenção, para o que nos rodeia, para uma tristeza ou alegria, para o simples cantar de um pássaro ou o desabrochar de uma flor.
Sou assim... canto assim...
Sou profissional de fado. Tenho orgulho em dizê-lo! Gosto do que faço e, se por acaso me esqueço, o público recorda-mo, através dos aplausos com que me recebe e com que aprova os temas que canto e a maneira de o fazer.
Sou Fernanda Moreira.
Tenho percorrido muitas cidades do nosso pais e levei, não tantas vezes quantas as que pretendo, por enquanto, o fado a alguns outros pontos do globo. Espanha, Alemanha e Rússia (que saudade...).
Dois trabalhos gravados em CD estão espalhados por Holanda, Japão, China, Brasil, Noruega, Inglaterra, America, Canadá, Mexico, França... A disposição geografica não está correcta, mas coloquei os países conforme me fui lembrando...
Moro em Vila Nova de Gaia.
Quero cantar cada vez mais, porque tenho a certeza do que valho e tenho também a consciencia de que o fado está presente no coração de todas as pessoas, portuguesas ou não.
É gratificante ouvir estrangeiros que me dizem não entenderem as palavras que canto, mas se emocionarem com o sentimento que consigo transmitir-lhes. É muito bom quando isso acontece porque penso que o sentimento não tem idioma... apenas se sente!



La fadista estarà acompanyada a la guitarra per António Marramaque, i a la viola de fado per António Reis.

divendres, 4 de novembre del 2011

A minha rua

Publiquem aqui aquest vídeo de l'amic Paulo Guerra -que crec que és el primer que fa- amb imatges antigues de Lisboa i amb un fado de Camané "A minha rua" del seu CD "A linha da vida", tot esperant que no sigui el darrer.


La "rua" que ens agradava i que recordem, ja no és la mateixa...   les coses canvien segons els temps...




A minha rua *Camané*

Manuela de Freitas / Armandinho *fado alexandrino antigo*
Repertório de Camané
Mudou muito a minha rua, quando o outono chegou
Deixou de se ver a lua, todo o transito parou
Muitas portas estão fechadas, já ninguém entra por elas
Não há roupas penduradas, nem há cravos nas janelas

Não há marujos na esquina, de manhã não há mercado
Nunca mais vi a varina, a namorar com o soldado
O padeiro foi-se embora, foi-se embora o professor
Na rua só passa agora, o abade e o doutor

O homem do realejo, nunca mais por lá passou
O Tejo já não o vejo, um grande prédio o tapou
O relógio da estação, marca as horas em atraso
E o menino do pião, anda a brincar ao acaso

A livraria fechou, a tasca tem outro dono
A minha rua mudou, quando chegou o outono
Há quem diga "ainda bem", está muito mais sossegada
Não se vê quase ninguém, e não se ouve quase nada

Eu vou-lhes dando razão / Que lhes faça bom proveito
E só espero p'lo verão / P'ra pôr a rua a meu jeito.


letra tirada do blog fadosdofado