Les quadras -quartets- són poemes de quatre versos i són una de les expressions més populars en el món del fado.
Sovint podem veure el títol de "Quadras soltas" en molts CDs de fado, cantades en diferents músiques. Es tracta d'estrofes de quartre versos, la major part de les vegades agafades de diversos fados i cantades segons l'ordre que el fadista vol.
Aquestes poema que avui escoltem aqui, a més, es diu Cinco quadras ao gosto popular, cantades amb la música de Fado Alfacinha del guitarrista Jaime Santos.
Els versos són de Fernando Pessoa, i ens els canta Duarte. Aquestes quadras que va gravar en el seu primer treball discogràfic Fados Meus, són de Fernando Pessoa.
Un CD, aquest de Duarte, molt interessant i recomanable.
Fernando Pessoa/Fado Alfacinha
Cantigas de portugueses
são como barcos no mar
vão de uma alma para outra
com riscos de naufragar.
Dias são dias, e noites
são noites e não dormi...
os dias a não te ver
as noites pensando en ti.
Tenho vontade de ver-te
mas não sei como acertar.
Passeias onde não ando,
andas sem eu te encontrar.
Quero lá saber por onde
andaste todo este dia!
Nunca faz -bem que se esconde...
mas onde foste, Maria?
Quando a manhã aparece
dizem que nasce alegria
isso era se Ela viesse.
Até de noite era dia.
Fernando Pessoa/Fado Alfacinha
Cantigas de portugueses
são como barcos no mar
vão de uma alma para outra
com riscos de naufragar.
Dias são dias, e noites
são noites e não dormi...
os dias a não te ver
as noites pensando en ti.
Tenho vontade de ver-te
mas não sei como acertar.
Passeias onde não ando,
andas sem eu te encontrar.
Quero lá saber por onde
andaste todo este dia!
Nunca faz -bem que se esconde...
mas onde foste, Maria?
Quando a manhã aparece
dizem que nasce alegria
isso era se Ela viesse.
Até de noite era dia.