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divendres, 30 de març del 2018

Quadras de Camané


Potser hauríem de titular Quadras de Fernando Pessoa cantades per Camané. Exacte!

Després de tants dies allunyat del meu "cantinho de fado" de sobte em venen ganes de publicar, i són tantes les coses que voldria compartir i divulgar -car aquest el motiu darrer d'aquest espai- que, sovint, no sé a qui portar-hi davant de tantes possibilitats.

I per poc que pugui, sempre amb la lletra, que al meu entendre no costa massa de comprendre. I si de cas també podem anar al traductor de google.....

Potser he escollit en Camané per ser un dels "joves" que ha arrossegat a d'altres més joves a interessar-se pel fado, i acabar amb els prejudicis que el fado era cançó de vençuts, de feixistes i de iaios. Res mé allunyat de la realitat. Alguns ho sabem!!!



 Del disc "Fernando Pessoa, O Fado e a alma portuguesa"

Video de canal amic inlovewhifado

divendres, 4 de novembre del 2011

A minha rua

Publiquem aqui aquest vídeo de l'amic Paulo Guerra -que crec que és el primer que fa- amb imatges antigues de Lisboa i amb un fado de Camané "A minha rua" del seu CD "A linha da vida", tot esperant que no sigui el darrer.


La "rua" que ens agradava i que recordem, ja no és la mateixa...   les coses canvien segons els temps...




A minha rua *Camané*

Manuela de Freitas / Armandinho *fado alexandrino antigo*
Repertório de Camané
Mudou muito a minha rua, quando o outono chegou
Deixou de se ver a lua, todo o transito parou
Muitas portas estão fechadas, já ninguém entra por elas
Não há roupas penduradas, nem há cravos nas janelas

Não há marujos na esquina, de manhã não há mercado
Nunca mais vi a varina, a namorar com o soldado
O padeiro foi-se embora, foi-se embora o professor
Na rua só passa agora, o abade e o doutor

O homem do realejo, nunca mais por lá passou
O Tejo já não o vejo, um grande prédio o tapou
O relógio da estação, marca as horas em atraso
E o menino do pião, anda a brincar ao acaso

A livraria fechou, a tasca tem outro dono
A minha rua mudou, quando chegou o outono
Há quem diga "ainda bem", está muito mais sossegada
Não se vê quase ninguém, e não se ouve quase nada

Eu vou-lhes dando razão / Que lhes faça bom proveito
E só espero p'lo verão / P'ra pôr a rua a meu jeito.


letra tirada do blog fadosdofado

dimecres, 21 de juliol del 2010

Escada sem corrimão

Aquest és un vídeo que serveix com a regal als meus amics, la Rita i l'Àlex, com agraïment per la seva hospitalitat i la seva comprensió. Durant aquests dies passats a ca seva. Sé que aquest fado és el que més agrada la Rita.
Espero que us agradi!




Gràcies a l'amic quimfadista que ens ha corregit el nom de l'autor de la música del fado Meia-noite que en realitat és Filipe Pinto.

dissabte, 10 d’octubre del 2009

Marcha do Bairro Alto 1995


Hem escoltat la Gran Marcha de Lisboa (Noite de Santo António) i la Marcha de Alfama, i avui escoltem la "Marcha do Bairro Alto 1995" esplèndidament cantada per Camané, del seu darrer CD Pelo dia dentro.

En el blog d'en Vítor Duarte lisboanoguinnes podeu trobar un apunt sobre l'origen de les Marchas Populares que es remunten al S. XVIII.

Al mes de Juny, Lisboa es vesteix de colors, de clavells, sardines, balls, testos d'alfàbrega a les finestres i en els testos una bandereta amb "quadras" com aquesta:

Se eu fosse o cravo vermelho
que trazes sobre o teu peito
por muito que fosse velho
não te guardava respeito...

....no crec que calgui traducció


Marcha do Bairro Alto 1995

Letra e música de: José Mário Branco
Repertório de Camané

Sou o Bairro Alto, olho sempre de alto
Prás tristezas que Lisboa tem
Sou o Bairro Alto, pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem;
Todo o bom filho sai conforme os pais que tem
O fado é meu pai, Lisboa é minha mãe
E eles cantando, vão-me preparando
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi dos terramotos do Marquês
Nem com as maldades que o fado sempre lhe fez
Do Bairro Alto, cá do alto, eu vi Lisboa a chorar
Deu sempre a volta, pôs-me á solta e ensinou-me a cantar;
O tempo corre, mas a vida continua
Lisboa morre por saír comigo á rua
Fez uma marcha a meu jeito, vestiu-me a preceito
E cá vou eu a desfilar

Sou o Bairro Alto e olho sempre de alto
P'ras tristezas que Lisboa tem
Porque ela cantando, me foi preparando
Para o tempo novo que aí vem;
O fado é meu pai, Lisboa é minha mãe
E um bom filho sai conforme os pais que tem
Sou o Bairro Alto, pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi seu coração incendiado
Ou quando viu o Parque Mayer apagado
Do Bairro Alto, cá do alto, eu vi Lisboa a chorar
Do que era pranto, fez um canto e ensinou-me a cantar;
O tempo corre, é a marcha desta vida
Lisboa morre por ver a sua avenida
Cheia de gente tão diferente, a ver-me tão contente
Por ela abaixo a desfilar
.

(letra tirada do blog fadosdofado)

dimecres, 1 d’abril del 2009

Camané


El germà gran d'aquesta espectacular saga de fadistes que són l'Helder Moutinho, en Pedro Moutinho i el mateix Camané de nom Carlos Manuel, nascut el !967 i endinant-se de molt jovenet en el món del Fado, guanyant amb només onze anys la Gran noite del Fado. Hem de suposar que el "sucesso" va ser tal que potser per això al seu germà Helder se'l coneix com Irmão de Camané.
Una veu de les més pulcres que podem sentir en el món del Fado, amb una dicció gairebé perfecta. Només em falta sentir-lo una nit en qualsevol recanto d'Alfama o Bairro Alto, ben a la vora per tal de gaudir també, en la proximitat, del caliu de la seva veu.

Podem sentir alguna cosa més a la seva plana Web de Myspace

El tema que hem triat, és un poema de Luís Macedo que té la particularitat d'estar cantat en dues músiques diferents, és a dir amb música de Fado Bailarico d'Alfredo Marceneiro i l'altra amb música de Fado Lópes de José Lópes: Dança de Volta.




Dança de volta
Luís de Macedo / A. Marceneiro, Js Lopes *fados bailarico e lopes*
Repertório de Camané

*Fado Bailarico*
Entrei na dança de roda / Mas não cheguei a dançar
Enganei todas as voltas / Não me deixaram ficar

*Fado Lopes*
Desci por não ter mais forças / Ás águas verdes sem fundo
Mesmo que voltem as forças / Não quero voltar ao mundo

*Fado Bailarico*
Entrei na dança e pedi / Alguém que fosse o meu par
Não falei senão de ti / Não me deixaram ficar

*Fado Lopes*
Desci por não ter mais forças / Ás verdes águas do lago
Mesmo que voltem as forças / Não voltarei a ser escravo

*Fado Bailarico*
Entrei na dança contente / De poder enfim, dançar
Quando viram quem eu era / Não me deixaram ficar

*Fado Lopes*
Desci por não ter mais forças / Ás águas verdes sem fim
Mesmo que voltem as forças / Não me separo de mim

lletra extreta del bog Fadosdofado