Després de tants dies allunyat del meu "cantinho de fado" de sobte em venen ganes de publicar, i són tantes les coses que voldria compartir i divulgar -car aquest el motiu darrer d'aquest espai- que, sovint, no sé a qui portar-hi davant de tantes possibilitats.
I per poc que pugui, sempre amb la lletra, que al meu entendre no costa massa de comprendre. I si de cas també podem anar al traductor de google.....
Potser he escollit en Camané per ser un dels "joves" que ha arrossegat a d'altres més joves a interessar-se pel fado, i acabar amb els prejudicis que el fado era cançó de vençuts, de feixistes i de iaios. Res mé allunyat de la realitat. Alguns ho sabem!!!
Publiquem aqui aquest vídeo de l'amic Paulo Guerra -que crec que és el primer que fa- amb imatges antigues de Lisboa i amb un fado de Camané "A minha rua" del seu CD "A linha da vida", tot esperant que no sigui el darrer.
La "rua" que ens agradava i que recordem, ja no és la mateixa... les coses canvien segons els temps...
A minha rua *Camané*
Manuela de Freitas / Armandinho *fado alexandrino antigo* Repertório de Camané Mudou muito a minha rua, quando o outono chegou Deixou de se ver a lua, todo o transito parou Muitas portas estão fechadas, já ninguém entra por elas Não há roupas penduradas, nem há cravos nas janelas Não há marujos na esquina, de manhã não há mercado Nunca mais vi a varina, a namorar com o soldado O padeiro foi-se embora, foi-se embora o professor Na rua só passa agora, o abade e o doutor O homem do realejo, nunca mais por lá passou O Tejo já não o vejo, um grande prédio o tapou O relógio da estação, marca as horas em atraso E o menino do pião, anda a brincar ao acaso A livraria fechou, a tasca tem outro dono A minha rua mudou, quando chegou o outono Há quem diga "ainda bem", está muito mais sossegada Não se vê quase ninguém, e não se ouve quase nada Eu vou-lhes dando razão / Que lhes faça bom proveito E só espero p'lo verão / P'ra pôr a rua a meu jeito.
Aquest és un vídeo que serveix com a regal als meus amics, la Rita i l'Àlex, com agraïment per la seva hospitalitat i la seva comprensió. Durant aquests dies passats a ca seva. Sé que aquest fado és el que més agrada la Rita.
Espero que us agradi!
Gràcies a l'amic quimfadista que ens ha corregit el nom de l'autor de la música del fado Meia-noite que en realitat és Filipe Pinto.
Hem escoltat la Gran Marcha de Lisboa (Noite de Santo António) i la Marcha de Alfama, i avui escoltem la "Marcha do Bairro Alto 1995" esplèndidament cantada per Camané, del seu darrer CD Pelo dia dentro.
En el blog d'en Vítor Duarte lisboanoguinnes podeu trobar un apunt sobre l'origen de les Marchas Populares que es remunten al S. XVIII.
Al mes de Juny, Lisboa es vesteix de colors, de clavells, sardines, balls, testos d'alfàbrega a les finestres i en els testos una bandereta amb "quadras" com aquesta:
Se eu fosse o cravo vermelho que trazes sobre o teu peito por muito que fosse velho não te guardava respeito...
Letra e música de: José Mário Branco Repertório de Camané Sou o Bairro Alto, olho sempre de alto Prás tristezas que Lisboa tem Sou o Bairro Alto, pronto a dar o salto Para um tempo novo que aí vem; Todo o bom filho sai conforme os pais que tem O fado é meu pai, Lisboa é minha mãe E eles cantando, vão-me preparando Para um tempo novo que aí vem
Nem quando foi dos terramotos do Marquês Nem com as maldades que o fado sempre lhe fez Do Bairro Alto, cá do alto, eu vi Lisboa a chorar Deu sempre a volta, pôs-me á solta e ensinou-me a cantar; O tempo corre, mas a vida continua Lisboa morre por saír comigo á rua Fez uma marcha a meu jeito, vestiu-me a preceito E cá vou eu a desfilar
Sou o Bairro Alto e olho sempre de alto P'ras tristezas que Lisboa tem Porque ela cantando, me foi preparando Para o tempo novo que aí vem; O fado é meu pai, Lisboa é minha mãe E um bom filho sai conforme os pais que tem Sou o Bairro Alto, pronto a dar o salto Para um tempo novo que aí vem
Nem quando foi seu coração incendiado Ou quando viu o Parque Mayer apagado Do Bairro Alto, cá do alto, eu vi Lisboa a chorar Do que era pranto, fez um canto e ensinou-me a cantar; O tempo corre, é a marcha desta vida Lisboa morre por ver a sua avenida Cheia de gente tão diferente, a ver-me tão contente Por ela abaixo a desfilar.
El germà gran d'aquesta espectacular saga de fadistes que són l'Helder Moutinho, en Pedro Moutinho i el mateix Camané de nom Carlos Manuel, nascut el !967 i endinant-se de molt jovenet en el món del Fado, guanyant amb només onze anys la Gran noite del Fado. Hem de suposar que el "sucesso" va ser tal que potser per això al seu germà Helder se'l coneix com Irmão de Camané.
Una veu de les més pulcres que podem sentir en el món del Fado, amb una dicció gairebé perfecta. Només em falta sentir-lo una nit en qualsevol recanto d'Alfama o Bairro Alto, ben a la vora per tal de gaudir també, en la proximitat, del caliu de la seva veu.
Podem sentir alguna cosa més a la seva plana Web de Myspace
El tema que hem triat, és un poema de Luís Macedo que té la particularitat d'estar cantat en dues músiques diferents, és a dir amb música de Fado Bailarico d'Alfredo Marceneiro i l'altra amb música de Fado Lópes de José Lópes: Dança de Volta.
Dança de volta
Luís de Macedo / A. Marceneiro, Js Lopes *fados bailarico e lopes*
Repertório de Camané
*Fado Bailarico*
Entrei na dança de roda / Mas não cheguei a dançar
Enganei todas as voltas / Não me deixaram ficar
*Fado Lopes*
Desci por não ter mais forças / Ás águas verdes sem fundo
Mesmo que voltem as forças / Não quero voltar ao mundo
*Fado Bailarico*
Entrei na dança e pedi / Alguém que fosse o meu par
Não falei senão de ti / Não me deixaram ficar
*Fado Lopes*
Desci por não ter mais forças / Ás verdes águas do lago
Mesmo que voltem as forças / Não voltarei a ser escravo
*Fado Bailarico*
Entrei na dança contente / De poder enfim, dançar
Quando viram quem eu era / Não me deixaram ficar
*Fado Lopes*
Desci por não ter mais forças / Ás águas verdes sem fim
Mesmo que voltem as forças / Não me separo de mim lletra extreta del bog Fadosdofado