dimarts, 14 de desembre del 2010

Alentejo - Terra e gente

Crec que va ser l'amiga Filomena Franco qui va engegar al Facebook un grup obert amb aquest nom: Alentejo - Terra e Gente, que ja ha ultrapassat els dos mil membres els quals han anat publicant diverses fotos, vídeos, i comentaris, de tota mena.
M'ha sobtat la bona acollida que ha tingut aquesta idea. L'Alentejo, aquesta vasta regió del sud de Portugal, ha resultat ser una terra molt estimada, bé, segurament ja ho era d'estimada, i aquest grup del Facebook ens ha permès de certificar-ho.

Una de les moltes perles que he trobat, és aquest "corrido" cantat pel fadista d'Évora António Pinto Basto que va publicar l'amic Raúl Pinto a qui vaig demanar la lletra per tal de poder entendre millor aquesta particular manera de parlar dels habitants de l'Alentejo. Li ho agraeixo.


Felicitem i agraïm des d'aqui a la impulsora d'aquesta idea perquè ens permet gaudir de les particularitats d'aquest bonic Alentejo. Gràcies Mena.

Mestre Alentejano
l.- João Vasconcelos e Sá
m.- Popular *fado corrido*



MESTRE ALENTEJANO Terra de grandes barrigas, Onde há tanta gente gorda, Às sopas chamam açorda E à açorda chamam-lhe migas; Às razões chamam cantigas, Milhaduras são gorjetas, Maleitas dizem maletas, Em vez de encostas, chapadas, Em vez de açoites, nalgadas E as bolotas são boletas. Terra mole é atasquêro, Ir embora é abalári, Deitar fora é aventári, Fita de couro é apero; Vaso com planta é cravêro, Carpinteiro é abegão, A choupana é cabanão E às hortas chamam hortejos Os cestos são cabanejos E ao trigo chama-se pão. No resto de Portugáli Ninguém diz palavras tais; As terras baixas são vais Monte de feno é frascáli Vestir bem parece máli À aveia chamam cevada Ao bofetão orelhada Alcofa grande é gorpelha Égua lazã é vermelha Poldra “isabel” é melada. Quando um tipo está doente Logo dizem que está morto. A todo o vau chamam porto Chamam gajo a toda a gente Vestir safões é corrente Por acaso é por adrego, Ao saco chamam talego E, até nas classes mais ricas Ser janota é ser maricas Ser beirão é ser galego. Os porcos medem-se às varas, O peixe vende-se aos quilos E a gente pasma de ouvi-los Usar maneiras tão raras; Chamam relvas às searas Às vezes, não sei porquê E tratam por vomecê Pessoas a quem venero; “não quero” dizem “na quero” “eu não sei” dizem “ê nã sê”! ***************************
Ens escriu l'amic Manuel Sanches fent-nos avinent que el poema que segueix i que creiem continuació de l'anterior, es titula DITOS DO ALENTEJO OU MESTRE ALENTEJANO (II) i la seva autora la poetessa popular de Campo Maióri, la Rosa Dias.
Queda doncs aquesta rectificació aqui amb el nostre agraïment a l'amic Manuel.

Assim já cantei um dia Pois no Alentejo nasci Ali amei e sofri E ao meu povo eu entendia Pastel de grão é azevia Massa frita é brinhol Piolho cata-se ao sol À lenha chamam molheta O zangado diz punheta Sapateiro usa serol A frigideira é sartém Uma tigela plangana Mulher de graça é magana Falar mal é coisa vã Cama de molas divã E quem dança está balhando Chover pouco é muginando A gasosa é um pirulito Qualquer cão é um canito Chorar baixo é chomingando Ao leite chamam-lhe lête Um bacio é um penico Um desmaio é um fanico Um canteiro é alegrete O soutien é um colete Do pão dur(o) fazem-se migas São saias quaisquer cantigas Grão cozido é gravançada Qualquer pessoa é coitada E as amantes são amigas Emprestar é repassar Mentiroso é trapacêro Amolador é um gatêro Ir a mondar é escardar Chatear é amolar Do pobre diz-se infeliz A igreja é uma matriz Cafeteira é choclatêra Coisa torta é pernêra E é o povo que assim diz Um barril é um porrão E a garagem é cochêra Chouriço preto é cacholêra Preguiçoso é lazerão Homem do campo é ganhão Chama-se fosso a um val Almofariz é um gral Sopas frias é gaspacho Viver bem é ter um tacho / VIVE BEM QUEM VIVEU MAL
Més fotografias i més vídeos de l'Alentejo al Facebook Uns dies de vacances pel blog i per mi. Estaré a Lisboa saludant els amics i escoltant fado!! Bones Festes a tots els amics que passeu per aqui!!