Aquest poema d'Henrique Rego és un dels meus preferits a l'hora d'escoltar-lo així: à desgarrada. O sigui cantat, el poema, entre diversos cantadors, veient així l'estil de cada un d'ells, amb aquella harmonia i empenta que anima els uns als altres i que fan que gaudeixis d'aquests encontres de fado.
El meu amic João Costa Menezes ens obsequia amb aquest video que correspon a la primera nit d'una nova casa de fados (que espero visitar properament) A viela do fado, que si no m'erro, és a la mateixa Rua dos Remédios, una rua que comença a convertir-se en l'epicentre del bon fado.
Amb música d'Alfredo Duarte Marceneiro, Fado Bailarico, una petita meravella.
...fins aviat Viela do Fado
A Lucinda camareira
Henrique Rego / Alfredo Duarte *fado bailarico*Repertório de Fernando Maurício
A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado;
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa;
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira
Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Ao café do Bairro Alto;
A camareira que exalto / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer;
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor;
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou;
E para sempre a levou / Do café da Marcelina.
A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado;
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa;
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira
Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Ao café do Bairro Alto;
A camareira que exalto / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer;
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor;
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou;
E para sempre a levou / Do café da Marcelina.
O meu obrigado aos amigos João Costa e José Fernandes pelo video e a letra. Bem hajam.