En el segón cd, vaig continuar amb els il·lustres noms del primer, amb la novetat d'incloure a la Névoa, nostrada artista que també va quedar meravellada pel Fado.
La Névoa, "la cantant que no ha nascut enlloc. No ha nascut perquè ha sorgit. Com una idea... que un dia es va enamorar i aquell amor la dugué a Lisboa i allà, amb el cor potser trencat, va trobar recer amb el Fado"
Confesso que en aquesta època no escoltava altra cosa que fado, i no és que ara no ho faci, però estava en la efervescència del qui descobreix una mina d'or, un tresor amagat i en vol fruir sense mida.
Després el Fado ens assossega....
Um homem na cidade
Ary dos Santos / José Luís Tinoco
Agarro a madrugada / Como se fosse uma criança
Uma roseira entrelaçada / Uma videira de esperança
Tal qual o corpo da cidade / Que manhã cedo ensaia a dança
De quem por força da vontade / De trabalhar nunca se cansa
Vou pela rua desa lua
Que no meu Tejo acendo cedo
Vou por Lisboa, maré nua
Que desagua no Rossio
Eu sou o homem na cidade / Que manhã cedo acorda e canta
E por amar a liberdade / Com a cidade se levanta
Vou pela estrada deslumbrada / Da lua cheia de Lisboa
Até que a lua apaixonada / Cresça na vela da canoa
Sou a gaivota que derrota
Todo o mau tempo no mar alto
Eu sou o homem que transporta
A maré povo em sobressalto
E quando agarro a madrugada / Colho a manhã como uma flor
Á beira mágoa desfolhada / Um malmequer azul na côr
O malmequer da liberdade / Que bem me quer como ninguém
O malmequer desta cidade / Que me quer bem, que me quer bem
Nas minhas mãos, a madrugada
Abriu a flor de Abril também
A flor sem medo, perfumada
Com o aroma que o mar tem;
Flor de Lisboa tão amada Que mal me quis, que me quer bem.
letra tirada do blog fadosdofado