Fill de l'Alfredo Marceneiro, i un fadista que ja dic m'agrada molt. M'agrada el seu estil que els portuguesos anomenen gingão i castiço.
El mot gingão el diccionari ens el tradueix com a busca-raons, i també "que balanceja". El mot castís ens sembla més familiar i la mare dels llibres ens ho tradueix com "castís, pur", i figuradament "curiós" "estrany".
Certament l'estil d'aquest fadista si més no, és ben curiòs. En l'enllaç que ens du al blog del seu fill Vítor, lisboanoguinnes, Els podeu veure cantant "a dueto" un fado Bailarico A Lucinda Camareira i veureu l'estil o millor dit els estils de cada ú...
En el mateix blog, unes paraules del seu fill Vítor a manera de petit tast biogràfic:
El mot gingão el diccionari ens el tradueix com a busca-raons, i també "que balanceja". El mot castís ens sembla més familiar i la mare dels llibres ens ho tradueix com "castís, pur", i figuradament "curiós" "estrany".
Certament l'estil d'aquest fadista si més no, és ben curiòs. En l'enllaç que ens du al blog del seu fill Vítor, lisboanoguinnes, Els podeu veure cantant "a dueto" un fado Bailarico A Lucinda Camareira i veureu l'estil o millor dit els estils de cada ú...
En el mateix blog, unes paraules del seu fill Vítor a manera de petit tast biogràfic:
Foi apelidado de "Fadista Gingão" porque começou a dar às suas interpretações uma coreografia , inédita no Fado, o que lhe valeu muitas críticas, mas ainda hoje há muitos que o imitam, quer no gingar, quer usando o lenço, ou boné.
Por fim chamaram-lhe o "Fadista Bailarino" uns gostavam, outros não, mas meu pai marcou um estilo muito próprio, e tem por mérito próprio um lugar na História do Fado...
Três gerações fadistas: Alfredo Marceneiro, Alfredo Duarte Junior e Vítor Duarte Marceneiro
Aquesta Rapsòdia de Fados que sentirem, recull set estrofes de set fados tradicionals: A Casa da Mariquihas, O remorso, Eu lembro-me de ti, Mocita dos caracois, Viela, O bêbado pintor i O leilão da casa da Mariquinhas.
É numa rua bizarra
A casa da mariquinhas
Tem na sala uma guitarra
E janelas com tabuinhas.
*Fado Marcha do Marceneiro*
A casa da mariquinhas
Tem na sala uma guitarra
E janelas com tabuinhas.
*Fado Marcha do Marceneiro*
Batem-me à porta, quem é?
Ninguém responde... que medo...
que eu tenho de abrir a porta.
Deu meia-noite na Sé.
Quem virá tanto em segredo
Acordar-me a hora morta?
*Fado Eu lembro-me de ti*
Ninguém responde... que medo...
que eu tenho de abrir a porta.
Deu meia-noite na Sé.
Quem virá tanto em segredo
Acordar-me a hora morta?
*Fado Eu lembro-me de ti*
Eu lembro-me de ti
Chamavas-te Saudade
Vivias num moinho
ao cimo dum oteiro
Chamavas-te Saudade
Vivias num moinho
ao cimo dum oteiro
Tamanquinha no pé
Lenço posto à vontade
Nesse tempo eras tu
A filha dum moleiro.
*Fado Mocita dos caracois*
Lenço posto à vontade
Nesse tempo eras tu
A filha dum moleiro.
*Fado Mocita dos caracois*
Mocita dos caracóis
Não me deixes minha querida
Não ouves os rouxinóis
A cantarem como heróis
A história da nossa vida.
*Fado Viela ou Cravo*
Não me deixes minha querida
Não ouves os rouxinóis
A cantarem como heróis
A história da nossa vida.
*Fado Viela ou Cravo*
Fui de viela em viela
Numa delas, dei com ela
E quedei-me enfeitiçado...
Sob a luz dum candeeiro,
S’tava ali o fado inteiro,
Pois toda ela era fado.
*Fado da Laranjeira*
Numa delas, dei com ela
E quedei-me enfeitiçado...
Sob a luz dum candeeiro,
S’tava ali o fado inteiro,
Pois toda ela era fado.
*Fado da Laranjeira*
Encostado sem brio ao balcão da taberna
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida.
*Fado Mouraria*
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida.
*Fado Mouraria*
Ninguém sabe dizer nada
Da formosa Mariquinhas
A casa foi leiloada
Venderam-lhe as tabuinhas
Da formosa Mariquinhas
A casa foi leiloada
Venderam-lhe as tabuinhas