Tercer CD de la colecció Divas do Fado, O Passado da Saudade, amb un bon grapat de noms propis ben galdosos com ara Cidália Moreira, Celeste Rodrigues o Beatriz de Conceição.
Però escollim per aquesta tercera mostra de Divas a la Teresa Silva de Carvalho a qui encara no hem escoltat aqui a defado.
Diuen els autors del folletó que acompanya els CDs, que la Teresa és una fadista d'una veu extraodinària i amb un estil ben propi, que s'ha dedicat també, a més del fado, a la música popular portuguesa.
L'escoltem aqui en un sonet de la poetessa Florbela Espanca, que la mateixa Teresa va músicar i va esdevenir un dels seus grans èxits.
Amar
Florbela Espanca |
Eu quero amar, amar perdidamente
Amar só por amar aqui e além
Mais este aquele o outro e toda a gente
Amar, amar, e não amar ninguém
Recordar esquecer indiferente
Prender ou desprender é mal é bem
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira, é porque mente
Há uma primavera em cada vida
É preciso cantá-la assim florida
Pois se Deus nos deu voz foi p'ra cantar
E se um dia hei-de ser pó cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada
Que me saiba perder p'ra me encontrar.
Amar só por amar aqui e além
Mais este aquele o outro e toda a gente
Amar, amar, e não amar ninguém
Recordar esquecer indiferente
Prender ou desprender é mal é bem
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira, é porque mente
Há uma primavera em cada vida
É preciso cantá-la assim florida
Pois se Deus nos deu voz foi p'ra cantar
E se um dia hei-de ser pó cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada
Que me saiba perder p'ra me encontrar.
letra tirada do blog do amigo José Fernandes Castro