dissabte, 23 de novembre del 2013
Poema de Saudade
Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
dijous, 31 d’octubre del 2013
Fado al restaurant Lisboa
De nou els amics José i Luisa del restaurant Lisboa del carrer Comte Borrell de Barcelona es disposen a portar de nou el Fado a la nostra ciutat.
Serà la propera setmana, durant quatre nits, de dijous a diumenge. Aquest cop serà la veu d'Adelaide Sofia dins del grup Mar e Fados qui ens acostaran a la sonoritat de la música portuguesa des de la seva manera de fer, del seu particular estil.
Aquest grup va ser va ser l'encarregat de presentar el Fado en el Primer Festival de Fado de Catalunya l'any passat, organitzat per Interfado amb la col·laboració del Consolat Portuguès de Barcelona.
Com sempre tindrem Fado en un bon ambient, i amb un bon sopar de la bona cuinera que és la Luisa.
Recordeu: Dies 7 8 9 i 10 de Novembre. Veieu el cartell.
dissabte, 19 d’octubre del 2013
Prolífica i fantàstica Raquel
Una de les meves fadistes de referència, la Raquel Tavares, ens sorprèn aqui "sambando" amb el músic brasiler Xande de Pilares, i tot i que no és un fado, aquest tema no podia deixar d'estar aqui al blog, així doncs i gràcies al canal de Youtube de Alessandro Cardoso,disfrutem del sabor i calidesa de la veu de la Raquel.... i del Xande.
Aceita
Xande de Pilares
No ensaio de uma escola de samba eu te encontrei
O destino chegou com o olhar , me apaixonei
A poesia da sua canção foi a voz da minha linda razão
E o meu fado ficou traçado desde então
O destino chegou com o olhar , me apaixonei
A poesia da sua canção foi a voz da minha linda razão
E o meu fado ficou traçado desde então
Iluminada madrugada que trouxe a lua abençoada
Luz tão divina que clareia
Luz tão divina que clareia
Foi na ânsia do desejo
Que selamos num só beijo
Essa paixão que incendeia
Que selamos num só beijo
Essa paixão que incendeia
Eu sei que o mar te separa de mim
Não deixa a distância ditar nosso fim
Não deixa...
Não deixa a distância ditar nosso fim
Não deixa...
Então , meu amor vem pra perto de mim
Se a vida e o destino quiseram assim
Aceita
Se a vida e o destino quiseram assim
Aceita
diumenge, 29 de setembre del 2013
El Fado torna a Lleida
Aquest projecte cultural enaproxima a casa nostra la música i la cultura portuguesa. És un nexe d'unió entre els dos costats d'aquest pont que acosta a portuguesos i catalans.
Veureu en el programa les diferents possibilitats de tenim per participar-hi.
Diria que, el Fado és el plat fort del festival. Amb la fadista Ana Pinhal, tindrem a més de fado tradicional, fado-flamenc, i amb la Karina Beorlegui, fado-tango. Apostes de fusió que no penso que desmereixin el fado tradicional, malgrat puguin induir a error als poc coneixedors d'aquesta música tan propera i a l'hora tan desconeguda.
El festival ens aporta, a més, aproximació a la cuina portuguesa, gastronomia amb els amics de O Lusitano i més coses que podeu trobar aqui al díptic que ens aporta l'organització.
Saludem aquesta iniciativa que va agafant cos, i esperem que sigui una llavor que arreli i que els bons vents acostin a altres contrades que encara estan famolenques de bon Fado.
Molt èxit és el que desitjem a aquest segon Festival de Fado a les terres de Ponent!
dimecres, 25 de setembre del 2013
Cinderela
Des del restaurant A Nini a Lisboa i a través del canal de youtube 4FadoLisbon he pogut tornar a escoltar aquest fado cançó o cançó adaptada pel fado: Cinderela.
En aquesta ocasió interpretat per la fadista Dulce Guimarães, i m'ha vingut de gust portar-la aqui al blog.
Buscant informació, trobem que l'autor és jove compositor Carlos Paião, nascut al 1957 i mor en accident de cotxe el 1988.
Cinderela, que podríem traduir com a Ventafocs o potser millor com a personatge de conte, de manera genèrica, parla del primer amor, del amor adolescent, amb una poesia que té la grandesa de la simplicitat. Així que no podia deixar de compartir-la amb vosaltres.
Cinderela
Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar
Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé
Ele lá lhe disse, a medo: O meu nome é Pedro e o teu qual é?
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: Sou a Cinderela!
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela
Então... bate, bate coração
Louco, louco de ilusão, a idade assim não tem valor
Crescer... vai dar tempo p'ra aprender
Vai dar jeito p'ra viver o teu primeiro amor
Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério
Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou
E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos
E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si
Ele pegou na mão dela: Sabes Cinderela, eu gosto de ti.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar
Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé
Ele lá lhe disse, a medo: O meu nome é Pedro e o teu qual é?
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: Sou a Cinderela!
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela
Então... bate, bate coração
Louco, louco de ilusão, a idade assim não tem valor
Crescer... vai dar tempo p'ra aprender
Vai dar jeito p'ra viver o teu primeiro amor
Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério
Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou
E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos
E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si
Ele pegou na mão dela: Sabes Cinderela, eu gosto de ti.
Buscant per la biografia de l'autor ens adonem que Amália va gravar un tema de Paião que jo personalment no coneixia, així que tampoc m'he pogut resistir a penjar-lo aqui, doncs la lletra s'ho val.
O senhor extraterrestre
Vou contar-vos um história que não me sai da memória
Foi pra mim uma vitória nesta era espacial
Noutro dia estremeci quando abri a porta e vi
Um grandessíssimo OVNI pousado no meu quintal
Fui logo bater a porta, veio uma figura torta
Eu disse: "se não se importa” poderia ir-se embora
Tenho esta roupa a secar e ainda se vai sujar
Se essa coisa aí ficar a deitar fumo pra fora
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
E pôde contar-me, entãoQue tinha sido multado
Por o terem apanhado
Sem carta de condução
O senhor desculpe lá, não quero passar por má
Pois você aonde está não me adianta nem me atrasa
O pior é a vizinha que parece que adivinha
Quando vir que eu estou sózinha com um estranho em minha casa
Mas já que está aí de pé venha tomar um café
Faz-me pena, pois você nem tem cara de ser mau
E eu queria saber também se na terra donde vem
Não conhece lá ninguém que me arranje bacalhau
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
Disse para me pôr a pauPois na terra donde vinha
Nem há cheiro de sardinha
Quanto mais de bacalhau
Conte agora novidades: é casado? tem saudades?
Já tem filhos? de que idades? só um? a quem é que sai?
Tem retratos, com certeza, mostre lá, ai que riqueza!
Não é mesmo uma beleza? tão gordinho, sai ao pai
Já está de chaves na mão? vai voltar p’ro avião?
Espere, que já ali estão umas sandes pra viagem
E vista também aquela camisinha de flanela
P’ra quando abrir a janela não se constipar co'a aragem
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi"
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
E pôde-me então dizer Que quer que eu vá visitá-lo
Que acha graça quando eu falo
Ou ao menos, p’ra escrever
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi"
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
Só pra dizer: "Deus lhe pague"Eu dei-lhe um copo de vinho
E lá foi no seu caminho
Que era um pouco em ziguezague
Foi pra mim uma vitória nesta era espacial
Noutro dia estremeci quando abri a porta e vi
Um grandessíssimo OVNI pousado no meu quintal
Fui logo bater a porta, veio uma figura torta
Eu disse: "se não se importa” poderia ir-se embora
Tenho esta roupa a secar e ainda se vai sujar
Se essa coisa aí ficar a deitar fumo pra fora
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
E pôde contar-me, entãoQue tinha sido multado
Por o terem apanhado
Sem carta de condução
O senhor desculpe lá, não quero passar por má
Pois você aonde está não me adianta nem me atrasa
O pior é a vizinha que parece que adivinha
Quando vir que eu estou sózinha com um estranho em minha casa
Mas já que está aí de pé venha tomar um café
Faz-me pena, pois você nem tem cara de ser mau
E eu queria saber também se na terra donde vem
Não conhece lá ninguém que me arranje bacalhau
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
Disse para me pôr a pauPois na terra donde vinha
Nem há cheiro de sardinha
Quanto mais de bacalhau
Conte agora novidades: é casado? tem saudades?
Já tem filhos? de que idades? só um? a quem é que sai?
Tem retratos, com certeza, mostre lá, ai que riqueza!
Não é mesmo uma beleza? tão gordinho, sai ao pai
Já está de chaves na mão? vai voltar p’ro avião?
Espere, que já ali estão umas sandes pra viagem
E vista também aquela camisinha de flanela
P’ra quando abrir a janela não se constipar co'a aragem
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi"
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
E pôde-me então dizer Que quer que eu vá visitá-lo
Que acha graça quando eu falo
Ou ao menos, p’ra escrever
E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhadoQuis falar mas disse "pi"
Estava mal sintonizadoMexeu lá no botãozinho
Só pra dizer: "Deus lhe pague"Eu dei-lhe um copo de vinho
E lá foi no seu caminho
Que era um pouco em ziguezague
Lletres del blog fadosdofado
dijous, 19 de setembre del 2013
Estils
Fadomeu ha publicat fa poc un vídeo d'Amália amb el tema "Rosa vermelha", que jo només havia escoltat a la Kátia Guerreiro, gravat en el seu CD Nas mãos do fado el 2007.
Aquesta versió musical de la Kátia és ben diferent de l'original de la Diva, tot i que el poema d'Ary dos Santos, en totes dues versions donen com autor a Alain Oulman.
Bé aqui van les dues versions, els dos estils, diferents, úniques imagistrals.
Ai, el Fado!!!
dimarts, 3 de setembre del 2013
Batalha e Menor
Què dir d'Artur Batalha, què dir del Fado Menor? Tots dos em semblen èssència del fado u segurament ho
son.
Ja vam publicar aqui Batalha i Menor fa poc temps i avui hi tornem perquè tenim uns versos de Paco González interpretats magistralment -com sempre. per un dels fadistes millors del panorama fadista actual. Uns versos que ens parlen de la dualitat de l'ésser humà, entregat a vegades i egoista altres en funció de la situació que li toca viure. Enfrontant el "jo i el "tots" ... Que difícil!
Del canal de Youtube Fadomeu
dimarts, 27 d’agost del 2013
Fados do meu fado
Amb aquest títol va editar aquest fadista el seu quart CD. Ja fa algun temps vam publicar de nelson Duarte un fado Pedro Rodrigues del seu CD Um brinde à vida que crec que és més recent.
Ara, gràcies a l'amic António Carpinteiro, que des de Madeira em nodreix de bom fado, escoltarem um Fado Cigano amb lletra de Fernando Campos del qual he fet la transcripció de la lletra, que mercès a la veu clara d'aquest fadista, no ha resultat difícil.
Que mãos são essas
Letra
. Fernando Campos de Castro
Música. Armando
Machado *Fado Cigano*
Que mãos são essas que trazes
Essas mãos com que me fazes
Carícias que nunca vi
São duas mãos que se agitam
E em cada gesto me gritam
Palavras que bebo em ti
Que mãos são essas libertas
Nas madrugadas abertas
De cada noite que temos
São duas mãos de ansiedade
A procurar em verdade
Nos sonhos que os dois vivemos.
Que mãos são essas tão frias
Essas mãos com que fazias
Carícias como ninguém
Que mãos são essas paradas
Como marés adiadas
Nas praias que o corpo tem.
Que mãos são essas distantes
Essas mãos tão inconstantes
Que habitam os sonhos meus
Que mãos são essas erguidas
A lembrarem despedidas
A quem não querem a Deus.
dijous, 22 d’agost del 2013
António Vasco Moraes
Tinc la sensació qie vaig escoltar Vasco Moraes a Mesa de Frades l'any passat. Quan vaig escoltar el seu CD Saudade, aquella veu, aquell rostre no m'eren estranys, i remenant pels caixonets de la memòria el vaig ubicar a la mítica Mesa de Frades. Potser vaig errat, però en tot cas volia compartir la seva veu aqui al blog amb tots vosaltres.
Gràcies a l'amic António Carpinteiro per la seva ajuda.
Dos clàssics, poema de João Ferreira Rosa que ja hem penjat al blog cantat pel seu autor, amb música de Fado Cravo d'Alfredo Marceneiro.
Triste sorte
Ando na vida à procura
Duma noite menos escura
Que traga luar do céu;
Duma noite menos fria
Em que não sinta a agonia
Dum dia a mais que morreu
Vou cantando amargurado / Mais um fado e outro fado
Que fale do fado meu
Meu destino assim cantado / Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu
Ser fadista, é triste sorte
Que nos faz pensar na morte / E em tudo que em nós morreu
Andar na vida à procura
Duma noite menos escura / Que traga luar do céu
Amb R. Rocha i J. Santos Jr. a Mesa de Frades |
Porto sentido
Quem vem e atravessa o rio / Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario / Que se estende até ao mar
Quem te vê, ao vir da ponte / És cascata sanjoanina
Erigida sobre o monte / No meio da neblina
Por ruelas e calçadas / Da ribeira até á foz
Por pedras sujas e gastas / E lampiões tristes e sós
Esse teu ar grave e sério / Num rosto de cantaria
Que nos oculta o mistério / Dessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonado / Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado / De quem mói o sentimento
E é sempre a primeira vez / Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez / De milhafre ferido na asa.
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divendres, 16 d’agost del 2013
Lurdes Faria
El fantàstic canal de Youtube de 4FadoLisbon, ens obsequia regularment amb un bon grapat de fados en viu, gravats en diversos locals, restaurants i cases de fado. He de reconèixer que no em perdo cap de les seves entregues i de tan en tan en penjo alguna aqui al blog, quan m'agrada el poema o la manera com és cantat.
Avui no em resisteixo a penjar aqui aquest fado marxa d'Alfredo Marceneiro que canta Lurdes Faria, que imagino és una fadista "amadora" que canta el fado pel goig de cantar-lo -com tants i tants portuguesos- i que son tan desconeguts com essència pròpia del Fado.
Lurdes Faria canta Confissão, poema de Domingos Gonçalves da Costa i música d'Aldredo Marceneiro, al Restaurante Marisqueria dos Anjos, al bairro d'Anjos, Lisboa.
Oh minha mãe santa e bela
Perdoa se te desgosta
A minha resolução;
Mas eu não gostava dela
E a gente quando não gosta
Não engana o coração
Das coisas mais sublimes
É ter em nós um cantinho / P’ra guardar a nossa dôr
Mas um dos mais graves crimes
É aceitar um carinho / Pagando com falso amor
Não minha mãe, não a quero
São tantos os teus esforços / Mas vê, a vida é assim
Não a querendo, sou sincero
E não sentirei remorsos / De a ver perdida por mim
Oh minha mãe, vais saber
Qual o enorme desgosto / Que me faz falar assim
É porque eu vivo a sofrer
Por outra de quem eu gosto / Mas de que não gosta de mim.
Perdoa se te desgosta
A minha resolução;
Mas eu não gostava dela
E a gente quando não gosta
Não engana o coração
Das coisas mais sublimes
É ter em nós um cantinho / P’ra guardar a nossa dôr
Mas um dos mais graves crimes
É aceitar um carinho / Pagando com falso amor
Não minha mãe, não a quero
São tantos os teus esforços / Mas vê, a vida é assim
Não a querendo, sou sincero
E não sentirei remorsos / De a ver perdida por mim
Oh minha mãe, vais saber
Qual o enorme desgosto / Que me faz falar assim
É porque eu vivo a sofrer
Por outra de quem eu gosto / Mas de que não gosta de mim.
lletra extreta del blog fadosdofado
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divendres, 9 d’agost del 2013
Noranta anys
No podia ser d'altra manera. La Celeste Rodrigues és d'aquelles figures que no deixen indiferent, mai oblidaré aquell vespre al cafè Luso compartint taula i escoltant parlar al Fado.
Aquesta és una gravació d'estudi, i per tant, no és en so directe. Reconec la mítica Mesa de Frades i un grapat de fadistes "de primeira água" que, enbadalits, escolten el mite.
Parabéns Dona Celeste. Um beijinho grande.
(homenagem aos 90 anos) from Arco Films on Vimeo.
Fado Celeste
Quando a manhã me desperta
A janela entreaberta
Deixa-me ver a cidade;
E p'ra não sofrer à toa
Não dou um nome a Lisboa
E só lhe chamo saudade
Há tanta gente a passar
Que ás vezes chego a escutar / O pregão duma varina
Sei que a vida continua
Mas vejo passar na rua / Os meus tempos de menina
Olho outra vez a cidade
Mas quando o vento me invade / E a solidão me agarra
Fecho de vez a janela
Peço á saudade, cautela / E abraço uma guitarra.
divendres, 2 d’agost del 2013
Les "Loucuras" d'en Galveias
Del disc de Pedro Galveias que vam presentar aqui
fa alguns mesos, ens faltava el vídeo que hi ve incorporat, un fado
musicat poema d'António Rocha i música del genial guitarrista Fernando
Silva.
Loucuras não meu coração
sossega um pouco
essa paixão é uma ilusão
não sejas louco
Não sonhes mais porque só vais
sofrer de novo
otra aventura é uma loucura
que não aprovo
Tempo perdido tenta esquecer
ir ao sentido dessa mulher
a vida é breve e o desespero
turva a razão
escuta ao que digo sossega a alma
meu bom amigo vive com calma
amor proibido não faz sentido
loucuras não
divendres, 26 de juliol del 2013
Fado Alcântara
Raúl Ferrão |
Un dels fados tradicionals potser menys escoltat i menys gravat, amb una peculiaritat que consisteix a tenir "refrão", "tornada", "estribillo" -gens habitual en els fados tradicionals- al menys els poemes que he pogut trobar i escoltar, com aquest que presentem com a mostra, cantat per la "Bia", Dona Beatriz de Conceição.
L'autor, Raúl Ferrão, nascut a finals del XIX, era militar de professió, alhora que músic, autor de músiques per cinema però també de fados com Velha Tendinha o Rosa enjeitada, entre d'altres.
Balada das mãos ausentes
João Dias / Raúl Ferrão *fado alcântara*
Este poema, quisera que fosse grito
Para lá do infinito, além do tempo
Que o próprio vento o levasse em seu rumor
Como mensagem de amor, este poema
Que minha voz fosse a voz da própria terra
Ecoando de serra em serra gritos de paz
Gestos de pão sagrados são, gestos de amor
Por cada um nasce uma flor em cada mão
Semi-deuses conquistam a lua
Outros planetas, todo o universo
E na terra, tu, criança nua
Que triste vegetas sem pão e sem berço
E às mãos que trocaram arados
Por gestos sagrados de redes e remos
Por gestos de morte, blasfemo
Gritarei no meu fado... o herói está errado
Quisera ser a força do mar revolto
Neste grito que ora solto em alta voz
E que esse canto fosse a voz de todos vós
O pranto do vosso pranto, qusera ser
Para dizer; mão sublimes, mãos ausentes
Na distância das sementes, voltem à terra
Ela vos quer de novo no seio sagrado
Pois há lamentos de prado na voz da terra.
Letra extreta do blog fadosdofado
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Beatriz de Conceição,
fado alcântara
divendres, 19 de juliol del 2013
Chamam-lhe Fado
Chamam-lhe Fado és el nom del darrer CD de Jorge Fernando -i ja en van dotze-, on aquest fadista, diria que imprescindible en el món del fado, surt de les cases de fado, de l'espai tancat, on el fado es fa present, i s'endinsa en altres sonoritats, fonent-se amb altres sons.
No es que vulgui enganyar-nos, no és un disc de fados, es des del meu punt de vista un disc de deixar-se anar i mostrar la malenconia amb expressions diferents. Nostalgia, potser per la partida de dos companys de viatge, del seu Itaca musical, en Manuel bastos i en Lucio Dalla, a qui l'artista els dedica el treball.
Potser el tema nº 1 del disc Valsa dos amantes és on Jorge Fernando es deixa acaronar més per la sonoritat més fadista, crec que aquest tema és més antic i ja l'havia gravat abans. En el disc,però, hi reconeixem el soul o el gospel, on Fernando s'hi troba còmode.
A valsa dos amantes
Há um sorriso pequeno nos lábios que amei
faz tempo que te não via e ao ver-te pensei
estás mudada, estou mudado
e dos jovens que um dia se amaram nasceu este fado
Há um sorriso pequeno no homem que eu sou
iniciámos o amor quando o amor nos chegou
não me esqueço, não te esqueças
que inocentes,escondidos,escondemos
o amor feito ás pressas
Não penses que te vejo como outrora
a vida esgota a vida hora a hora,
o tempo gasta o tempo e marca a gente,
o espelho mostra como eu estou diferente
não estou novo não sou novo
mas não peças que a vida te apague do fundo de mim
Há um sorriso pequeno nos olhos dos dois,
há uma dúvida triste que existe e depois
fico a espera,estás a espera
mas a voz não se atreve e uma lagrima em mim desespera
dissabte, 13 de juliol del 2013
Delícies a la Teixonera
Com ja us informàvem des d'aquest "cantinho", el passat dia 3 de juliol va tenir lloc al Centre Cívic de la Teixonera, el concert de música portuguesa amb la Maria João Moreno , en Tiago Oliveira i en César Munera.
Un espai perfecte per fondre's en la dolçor del portuguès en aquestes nits càlides de juliol.
Us deixem amb unes fotografies i un parell de vídeos d'aquests vespres amb que ens obsequien els animadors socioculturals del centre cívic Teixonera.
Obrigado!
Un tastet de bacallà |
El presentador |
Els músics |
Tots junts... |
Vou dar de beber à dor (Alberto Janes)
Foi no domingo passado que passei
À casa onde viva a Mariquinhas
Mas está tudo tão mudado Que não vi em nenhum lado
As tais janelas que tinham tabuínhas;
Do rés do chão ao telhado Não vi nada, nada, nada
Que pudesse recordar-me a Mariquinhas
E há um vidro pregado e azulado Onde havia as tabuínhas
Entrei, e onde era a sala, agora está
À secretária um sujeito que é lingrinhas
Mas não vi colchas com barra Nem viola nem guitarra
Nem espreitadelas furtivas das vizinhas;
O tempo cravou a garra Na alma daquela casa
Onde às vezes petiscavamos sardinhas
Quando em noites de guitarra e de farra Estava alegre a Mariquinhas
As janelas tão garridas que ficavam
Com cortinados de chita às pintinhas
Perderam de todo a graça Porque é hoje uma vidraça
Com cercadura de lata ás voltinhas;
E lá p'ra dentro quem passa Joje é p'ra ir ao penhor
Entregar ao usurário umas coisinhas
Pois chega a esta desgraça, toda a graça
Da casa da Mariquinhas
P'ra terem feito da casa o que fizeram
Melhor fôra que a mandassem prás alminhas
Pois ser casa de penhores O que foi viveiro de amores
É ideia que não cabe cá nas minhas Recordações do calor E das saudades, o gosto
Que eu vou procurar esquecer, numas ginginhas
Pois dar de beber à dor, é o melhor
Já dizia a Mariquinhas.
À casa onde viva a Mariquinhas
Mas está tudo tão mudado Que não vi em nenhum lado
As tais janelas que tinham tabuínhas;
Do rés do chão ao telhado Não vi nada, nada, nada
Que pudesse recordar-me a Mariquinhas
E há um vidro pregado e azulado Onde havia as tabuínhas
Entrei, e onde era a sala, agora está
À secretária um sujeito que é lingrinhas
Mas não vi colchas com barra Nem viola nem guitarra
Nem espreitadelas furtivas das vizinhas;
O tempo cravou a garra Na alma daquela casa
Onde às vezes petiscavamos sardinhas
Quando em noites de guitarra e de farra Estava alegre a Mariquinhas
As janelas tão garridas que ficavam
Com cortinados de chita às pintinhas
Perderam de todo a graça Porque é hoje uma vidraça
Com cercadura de lata ás voltinhas;
E lá p'ra dentro quem passa Joje é p'ra ir ao penhor
Entregar ao usurário umas coisinhas
Pois chega a esta desgraça, toda a graça
Da casa da Mariquinhas
P'ra terem feito da casa o que fizeram
Melhor fôra que a mandassem prás alminhas
Pois ser casa de penhores O que foi viveiro de amores
É ideia que não cabe cá nas minhas Recordações do calor E das saudades, o gosto
Que eu vou procurar esquecer, numas ginginhas
Pois dar de beber à dor, é o melhor
Já dizia a Mariquinhas.
Lletra extreta del blog de l'amic José Fernandes Castro
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cesar munera,
maria joão moreno,
tiago oliveira
dissabte, 6 de juliol del 2013
Fado Alberto
Miguel Ramos |
És per ordre alfabètic, el que segueix en la llista dels anomenats fados tradicionals. Aqui al blog, ja l'hem escoltat diverses vegades i en diferents estils.
D'aquesta música n'és autor el violista Miguel Ramos (1901-1973), membre d'una família que ha aportat, i aporta encara, molt al fado.
Es tracta d'un fado em "mode menor" que pren el nom del cantador per al qual es va composar, l'Alberto Correia.
Aqui en aquest vídeo que segueix, en podem escoltar només la música, per fer-nos una idea de la seva tonada.
Avui escoltarem un fado cantat en castellà. Es tracta d'un poema de Pablo Neruda, que diuen que el poeta va dedicar a Amália Rodrigues, en un encontre entre els dos que va tenir lloc a París, on la fadista actuava al teatre Bovino, i el poeta participava en una trobada de poetes comunistes. Més tard el poema va formar part del llibre "Cien sonetos de amor" on el podem trobar en el lloc LXVI.
En tractar-se d'un sonet, per tant amb versos d'onze sil·labes que encaixa perfectament amb l'Alberto, però també amb altres músiques com la del fado Licas, tal com ho va gravar el fadista Rodrigo.
No te quiero, sino porque te quiero
No te quiero sino porque te quiero
y de quererte a no quererte llego
y de esperarte cuando no te espero
pasa mi corazón del frío al fuego.
Te quiero solo porque a ti te quiero,
te odio sin fin, y odiándote te ruego,
y la medida de mi amor viajero
es no verte y amarte como un ciego.
Tal vez consumirá la luz de enero,
su rayo cruel, mi corazón entero,
robándome la llave del sosiego.
En esta historia solo yo me muero
y moriré de amor porque te quiero,
porque te quiero, amor, a sangre y fuego.
y de quererte a no quererte llego
y de esperarte cuando no te espero
pasa mi corazón del frío al fuego.
Te quiero solo porque a ti te quiero,
te odio sin fin, y odiándote te ruego,
y la medida de mi amor viajero
es no verte y amarte como un ciego.
Tal vez consumirá la luz de enero,
su rayo cruel, mi corazón entero,
robándome la llave del sosiego.
En esta historia solo yo me muero
y moriré de amor porque te quiero,
porque te quiero, amor, a sangre y fuego.
dijous, 4 de juliol del 2013
A Sant Felip Neri
Una fusió de sons i dansa que va tenir lloc a la plaça de Sant Felip Neri, fa uns dies... o unes nits.
Com veieu, la Kanika Batra, de la Índia, balla; mentre el Ziad Zitoun, de Tunísia, toca el Banzuri (una flauta d'origen indi) i el Magí Coy posa les notes amb la guitarra.
Una fusió que amb el nom de "Ocells de foc al Gòtic" i amb aquest ritme bereber anomenat Gnawa, ha quedat així com podeu veure amb aquest vídeo.
Felicitats als components d'aquesta mostra d'unió cultural.
Felicitats
नृत्य
asogass imbarkin
Moltes felicitats en aquest dia d'aniversari!!!!
Una abraçada gran!!!
dilluns, 1 de juliol del 2013
Concert a la Teixonera
Al Centre Cívic Teixonera del carrer Arenys, 75 -un espai amb moltes activitats populars-, el proper dia 3 de juliol a les 9 del vespre la Maria João, amb en Tiago Oliveira i en César Munera, ens acostaran, novament, a la música portuguesa.
Us deixo amb el cartell que anuncia l'acte i també el que anuncia totes les activitats culturals d'aquest estiu a la Teixonera.
El concert forma part de les activitats gratuïtes que el Centre Cívic Teixonera ofereix en el seu programa d'estiu, Música en viu, sabors i brisa del vespre.
Agraïm al Centre Cívic Teixonera aquesta iniciativa, i molt especialment a l'animadora sociocultural Gertel Broyn que hagi fet possible el concert. Obrigado.
Tenim el metro a tocar.....
escolteu el so de les guitarres..............
No hi falteu!!!
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dimarts, 25 de juny del 2013
Maria João Moreno
La Maria João ha tornat al Cafè de les Delícies de la Rambla del Raval de Barcelona, aquesta vegada més acompanyada, já què a més del guitarrista Tiago Oliveira, en Cèsar Munera l'ha acompanyada amb la guitarra clàssica.
D'aquesta manera la Maria João es troba més deslliurada i còmoda. La compenetració del conjunt de cordes i la seva veu és perfecte.
Vam tornar a enregistrar les cançons que ens va regalar i aqui us en deixo un tast. Si en voleu més passeu pel meu canal de Youtube.
Primavera verão
Una "guitarrada" del músics, en Tiago Oliveira i en Cèsar Munera.
Lisboa (Tiago Oliveira)
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