Sé que João Ferreira Rosa és un dels fadistes preferits del meu amic Paulo Guerra. Quan fa pocs dies li vaig preguntar quin fadista voldria que posés en aquest bloc, no ho va dubtar gaire i fins i tot em va enviar un retall de diari en el qual parla de la compra del Palau de Pintéus per part del fadista. Aqui reprodueixo l'esmentada crònica:
Diário de Noticias 22-01-2007
Palácio de Pintéus em Loures abre portas ao público em Março
João Ferreira Rosa comprou o Palácio de Pintéus, em Loures, há 40 anos. Na altura estava em ruínas e foi feito um primeiro restauro. Em Março acaba outra fase de obras e abre as portas à organização de eventos.
O Palácio de Pintéus começou a ser recuperado em Abril de 2006 e em Março deste ano o fadista João Ferreira Rosa, o proprietário, espera abrir as portas desta casa do século XVIII à organização de eventos. Ferreira Rosa comprou o palácio na aldeia de Pintéus, em Loures, há quatro décadas, a uma herdeira do chanceler-mor do rei D. João V. "Na altura estava em ruínas, dado como irrecuperável, e ia ser demolido", recorda ao DN, enquanto mostra com orgulho a zona das salas e cozinha em fase final de acabamentos.
A zona dos quartos, a cavalariça, a adega e o jardim das traseiras só serão recuperados "quando der". É que para restaurar a ala onde se encontram as salas e a cozinha, bem como o exterior do edifício, teve de pedir dinheiro ao banco e contar com o apoio de um amigo da construção civil.
Quanto a apoios do Estado, não teve e diz mesmo que o Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) lhe "estragou" os últimos 30 anos dos 70 que já leva de vida. Ferreira Rosa conta que tinha um projecto para a construção de um hotel, com arquitectura exterior do século XVIII, e de um anfiteatro para espectáculos culturais na parte de baixo do terreno. Nos seus planos estava, também, a abertura de um restaurante na zona das antigas cavalariças e adega, que o Ippar chumbou na altura.
E lembra que esse projecto tinha já aprovação da Câmara de Loures e da Direcção-Geral de Turismo, mas na época o Ippar estava a avaliar a possibilidade de classificar o edifício como património histórico. O facto de este organismo não se ter interessado por Pintéus permitiu, após 30 anos, o restauro e o voltar a sonhar com um palácio aberto.
Jantares de comida portuguesa, noites de fados, provas de vinhos, jantares para empresas e casamentos são os projectos a curto prazo para rentabilizar o investimento.
Un dels fados que més m'agrada sentir a Ferreira Rosa és aquest Fado dos Saltimbancos, amb lletra de Isidoro de Oliveira i música Popular, crec que de Fado Corrido - si vaig errat ben segur que la rectificació no trigarà en arribar-
Fado dos Saltimbancos
Recordando meus senhores
os tempos que já lá vão
ainda há amadores
para manter a tradição.
Nada na vida os aterra
são alegres e são francos
e chaman-lhes os saltimbancos
por andarem de terra em terra.
Não faltam a uma ferra
em casa de lavradores
nos retiros cantadores
lá estão em dia de farra
cantando ao som da guitarra
recordando meus senhores.
Na Arruda ou em Santarém,
na Chamusca ou no Cartaxo
o grupo não vai abaixo
há-de ficar sempre bem
depois de jantar também
agarra o seu pifão
mas só com bom carrascão
se deixam emborrachar
em tudo fazem lembrar
os tempos que já lá vão.
Uns toureiam a cavalo
outros a pé vão tourear
e nunca sai por pegar
um touro posso afirmá-lo
pois o grupo de quem falo
marialvas cantadores,
toureiros e pegadores
ao pisar os redondeis
não levam nem cinco reis
pois ainda há amadores.
E este lindo festival
que viram nossos avós
não morre ainda entre nós
não morre em Portugal
porque temos o Vidal
e mais o Chico Leão
o Zé Núncio e o João
o Preste e o Xavier
e a companhia que houver
para manter a tradição.