Aquest és el títol d'un CD que vaig comprar a Lisboa l'abril passat.
Volia tenir alguna gravació del grup Entre Vozes, formació creada a la dècada dels noranta per les fadistes Alexandra, Alice Pires, Lenita Gentil i Maria da Fé, i en aquest CD n'hi ha tres, i a més també hi trobem al grup Quatro Cantos i al Quinteto Amália.
Hi ha poca informació d'aquesta formació musical i desconec si ha variat els seus components al llarg del temps, i per tant desconec -el CD és parc en informació- si aquestes fadistes que canten són les que van formar el grup en un principi.
Us deixo amb Entre Vozes.
Medley de cançons d'Amália
Amália (José Galhardo / Federico Valério)
Amália, quiz Deus que fosse o teu nome
Amália, acho-lhe um jeito engraçado
bem nosso e popular
quando oiço alguém gritar
Amália, canta-me o fado
Amália, esta palavra ensinou-me
Amália, tu tens na vida que amar
e como até morrer
amar é padecer
Amália chora a cantar!
Amália, acho-lhe um jeito engraçado
bem nosso e popular
quando oiço alguém gritar
Amália, canta-me o fado
Amália, esta palavra ensinou-me
Amália, tu tens na vida que amar
e como até morrer
amar é padecer
Amália chora a cantar!
Ai Mouraria (Federico Valério / Amadeu do Vale)
Ai Mouraria da velha Rua da Palma
Onde eu um dia deixei presa a minha alma
Por ter passado, mesmo a meu lado, certo fadista
De cor morena, boca pequena, e olhar trocista
Ai Mouraria do homem do meu encanto
Que me mentia, mas que eu adorava tanto
Amor que o vento, como um lamento, levou consigo
Mas que ainda agora, e a toda a hora, trago comigo
Ai Mouraria
Dos rouxinóis nos beirais
Dos vestidos cor de rosa
Dos pregões tradicionais
Ai Mouraria
Das procissões a passar
Da Severa, a voz saudosa
Da guitarra a soluçar.
Onde eu um dia deixei presa a minha alma
Por ter passado, mesmo a meu lado, certo fadista
De cor morena, boca pequena, e olhar trocista
Ai Mouraria do homem do meu encanto
Que me mentia, mas que eu adorava tanto
Amor que o vento, como um lamento, levou consigo
Mas que ainda agora, e a toda a hora, trago comigo
Ai Mouraria
Dos rouxinóis nos beirais
Dos vestidos cor de rosa
Dos pregões tradicionais
Ai Mouraria
Das procissões a passar
Da Severa, a voz saudosa
Da guitarra a soluçar.
Vou dar de beber a dor (Alberto Janes)
Foi no domingo passado que passei
Á casa onde viva a Mariquinhas
Mas está tudo tão mudado que não vi em nenhum lado
As tais janelas que tinham tabuínhas;
Do rés do chão ao telhado, não vi nada, nada, nada
Que pudesse recordar-me a Mariquinhas
E há um vidro pregado e azulado
Onde havia as tabuínhas
As janelas tão garridas que ficavam
Com cortinados de chita ás pintinhas
Perderam de todo a graça, porque é hoje uma vidraça
Com cercadura de lata ás voltinhas;
E lá p'ra dentro quem passa, hoje é p'ra ir ao penhor
Entregar ao usurário umas coisinhas
Pois chega a esta desgraça, toda a graça
A casa da Mariquinhas
P'ra terem feito a casa o que fizeram
Melhor fôra que a mandassem prás alminhas
Pois ser casa de penhores, o que foi viveiro de amores
É ideia que não cabe cá nas minhas;
Recordações do calor e das saudades, o gosto
Que eu vou procurar esquecer, numas ginginhas
Pois dar de beber á dôr, é o melhor
Já dizia a Mariquinhas.
Á casa onde viva a Mariquinhas
Mas está tudo tão mudado que não vi em nenhum lado
As tais janelas que tinham tabuínhas;
Do rés do chão ao telhado, não vi nada, nada, nada
Que pudesse recordar-me a Mariquinhas
E há um vidro pregado e azulado
Onde havia as tabuínhas
As janelas tão garridas que ficavam
Com cortinados de chita ás pintinhas
Perderam de todo a graça, porque é hoje uma vidraça
Com cercadura de lata ás voltinhas;
E lá p'ra dentro quem passa, hoje é p'ra ir ao penhor
Entregar ao usurário umas coisinhas
Pois chega a esta desgraça, toda a graça
A casa da Mariquinhas
P'ra terem feito a casa o que fizeram
Melhor fôra que a mandassem prás alminhas
Pois ser casa de penhores, o que foi viveiro de amores
É ideia que não cabe cá nas minhas;
Recordações do calor e das saudades, o gosto
Que eu vou procurar esquecer, numas ginginhas
Pois dar de beber á dôr, é o melhor
Já dizia a Mariquinhas.
Uma casa portuguesa (Reinaldo Ferreira / Matos Sequeira / Artur Fonseca)
Numa casa portuguesa fica bem
Pão e vinho sobre a mesa
E se á porta humildemente bate alguém
Senta-se á mesa c'oa gente;
Fica bem essa franqueza, fica bem
E o povo nunca desmente;
Que a alegria da pobreza
Está nesta grande riqueza
De dar e ficar contente
Quatro paredes caiadas, um cheirinho a alecrim
Um cacho de uvas doiradas, duas rosas num jardim
Um São José de azulejo, mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos, dois braços à minha espera
É uma casa portuguesa, concerteza
É concerteza, uma casa portuguesa.
Pão e vinho sobre a mesa
E se á porta humildemente bate alguém
Senta-se á mesa c'oa gente;
Fica bem essa franqueza, fica bem
E o povo nunca desmente;
Que a alegria da pobreza
Está nesta grande riqueza
De dar e ficar contente
Quatro paredes caiadas, um cheirinho a alecrim
Um cacho de uvas doiradas, duas rosas num jardim
Um São José de azulejo, mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos, dois braços à minha espera
É uma casa portuguesa, concerteza
É concerteza, uma casa portuguesa.