Dels germans Ramos, L'Augusto és el que no coneixia, i gràcies al canal de João Menezes he pogut gaudir d'aquest -per a mi- descobriment d'un fadista de cap a peus.
Poema de Linhares Barbosa i música de Santos Moreira.
Chinelas da Mouraria
Chinelas da Mouraria
Não há vida como a delas
Baquetas em harmonia
Tamborilando as vielas
Felizes ou malfadadas
Podem ser p'la vida fora
Porque elas marcam, coitadas
Os passos que uma mulher
Dá na vida, hora a hora
Vão atrás da procissão
Têm o rufar dos tambores / Solenes pelo caminho
Sentem que ao pisar o chão
Pisam as humildes flores / De alfazema e rosmaninho
É vê-las nos bailaricos
Estalinhos de Santo António / Não fazem mais algazarra
São como dois mafarricos
Nos pézinhos dum demónio / Que no amor se desgarra
Conta-se que certa vez
Numa castiça toirada
Uma chinela atrirada
Feriu a cara do Marquês
Desde então, desde essa era
Com verdade ou fantasia
A chinela da Severa
Entrou na história do fado
Do fado da Mouraria
Não há vida como a delas
Baquetas em harmonia
Tamborilando as vielas
Felizes ou malfadadas
Podem ser p'la vida fora
Porque elas marcam, coitadas
Os passos que uma mulher
Dá na vida, hora a hora
Vão atrás da procissão
Têm o rufar dos tambores / Solenes pelo caminho
Sentem que ao pisar o chão
Pisam as humildes flores / De alfazema e rosmaninho
É vê-las nos bailaricos
Estalinhos de Santo António / Não fazem mais algazarra
São como dois mafarricos
Nos pézinhos dum demónio / Que no amor se desgarra
Conta-se que certa vez
Numa castiça toirada
Uma chinela atrirada
Feriu a cara do Marquês
Desde então, desde essa era
Com verdade ou fantasia
A chinela da Severa
Entrou na história do fado
Do fado da Mouraria