divendres, 26 de març del 2010

António dos Santos


La música D'António dos Santos ens recorda més les balades que el Fado, però no em resisteixo a dur-lo aqui per gaudir de la seva manera d'interpretar, senzilla, sense pretensions i amb aquest plus que dóna aquesta càrrega sentimental que hi posava quan cantava.
Tampoc no vam resistir la tentació de comprar l'únic CD que vam trobar a Lisboa d'aquest cantor de balades.
Potser la més escoltada és Partir é morrer um pouco o tal vegada Minha alma de amor sedenta, però a mi m'agrada aquesta Nostalgia de Alfama, poema de una extraodinària bellesa que ens descriu aquest barri senzill i alhora magnificent, com les pròpies balades del cantor.
Poema de António Veloso Reis Camelo i música d'António dos Santos.

Nostalgia de Alfama











 Eu não sei que tem Alfama
P'ra que dela me prendesse
Não a sente quem a difama
Com famas que não merece
Nos seus becos e vielas
Onde o sol põe tanta graça
Há flores e há donzelas
Não há apenas desgraça
Tanto as casas se entrelaçam
P'ra caberem dentro delas
Que os namorados se abraçam
De janela p'ra janela
Quando acesas permanecem
E já tudo adormeceu
Há janelas que parecem
Dependuradas do céu.

dilluns, 22 de març del 2010

Tony de Matos


No tenia molta discografia d'aquest cançonetista i també fadista que era -que és- en Tony de Matos, però aquest "detall" ha estat resolt pel meu amic Antón des de l'altre costat de l'Atlàntic, per la qual cosa li'n dono les gràcies.
Hem escoltat altres vegades en aquest blog creacions d'en Tony de Matos en boca d'altres fadistes, i ens mancava sentir-lo a ell.
Era, com dèiem, un magnífic cançonetista, però l'ànima fadista no li mancava. Va tenir fins i tot, una casa de fados a Rio de Janeiro, on la fadista Adélia Pedrosa va començar professionalment.
Escoltar Tony de Matos és una delícia, per la seva veu, potent i ben timbrada, i melòdica, però també amb sentiment, i és per això per aquesta extraodinària ànima fadista que "o Fado acontece" quan ell canta.
Com diu el poema d'Artur Ribeiro

Nem sempre acontece Fado no cantar estilizado que sai de cada garganta... E, às vezes nada acontece porque quem canta se esquece de dar sentido ao que canta. ... mas, se acontece o contrário ... então acontece Fado e cada verso cantado fica transformado em vida.

Del seu CD Fados és difícil escollir-ne un, però ens hem decantat per un clàssic, un fado musicat "Lisboa à noite" que ens retrata la Lisboa que viu la nit fins fer-se dia. Aquesta Lisboa fadista que tan enyorem, de la qual tenim tantes saudades


Lisboa á noite
Fernando Santos / Carlos Dias
Repertório de Fernanda Maria

Lisboa adormeceu, já se acenderam
Mil velas, nos altares das colinas
Guitarras pouco a pouco emudeceram
Cerraram-se as janelas pequeninas

Lisboa dorme um sono repousado
Nos braços voluptuosos do seu Tejo
Cobriu a colcha azul do céu estrelado
E a brisa veio a medo, dar-lhe um beijo

Lisboa... andou de lado em lado
Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu
Lisboa... ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada quando ela adormeceu

Lisboa não parou a noite inteira
Boémia, estouvada, mas bairrista
Foi á sardinha assada lá na feira
E á segunda sessão duma revista

Dali, p'ro Bairro Alto, enfim galgou
No céu, a lua cheia refulgia
Ouviu cantar o fado, e então sonhou
Que era a saudade aquela voz que ouvia.

(lletra extreta del blog fadosdofado)

dijous, 18 de març del 2010

Natércia Maria

A la ciutat de Porto també hi ha amor, dolor, desig...sentiments. Per això a Porto també hi ha Fado.
Això ens diu aquest poema de Fernando Campos de Castro la fadista Natércia Maria, portuense, que no havia tingut el plaer d'escoltar, i ara gràcies, una vegada més, a l'amic Fernando Batista duc aqui al meu cantinho fadista.
Diu la ressenya biogràfica del Dr. Júlio Couto a la portada del CD "Gritos da alma" que la Natércia, als tres anys ja cantava i encantava família i amics amb les cançons de l'època, per tant no resulta gens estrany que sigui tan castís i arrelat el seu "jeito" fadista.

Aquest "Gritos da Alma" gravat el 2009, és sens dubte una explosió, un desig tal vegada molt temps reprimit de dir-nos -"Mireu aqui estic i així canto, amb tota l'ànima en cada fado que canto".

Parabéns Natércia e um beijinho.
Podeu escoltar més en aquests enllaços
http://www.youtube.com/watch?v=XepLcD1wZqQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=cePfMgQpc6A&feature=related
http://naterciamariafado.com.sapo.pt/


Poema de Fernando Campos de Castro i música de Vitor Cardoso.


No Porto também há fado

Fernando Campos de Castro / Victor Cardoso
Repertório de Natércia Maria

No Porto também há Fado

Quando a noite se avizinha
E a cidade nos parece
Que é mais triste e mais sozinha

Quando o silêncio descansa
Com ternura a nosso lado
No Porto também se canta
No Porto também há Fado

Quando há sombra nas vielas
E se acendem as janelas / Num beco mal afamado
Quando os amantes se beijam
E dois corpos se desejam / No Porto também há Fado

No Porto também há Fado
Quando a dor a nós se agarra
Quando alguém amargurado
Veste a voz de uma guitarra

Quando vens para meu lado
Enquanto dorme a cidade
No Porto também há Fado
Com sabor a liberdade

diumenge, 14 de març del 2010

Duarte

Una vegada més volem portar aqui un vídeo del nostre estimat Américo, que ens torna a sorprendre - o potser ja no ens n'hauríem, de sorprendre - amb una altra meravella en aquest cas del fadista Duarte.
És el tercer fado d'en Duarte que l'amic Américo edita, ara és un fado Cigano amb lletra del propi Duarte i cantat amb aquest estil tan vell i tan nou amb què ens ha sorprès aquest fadista.
Les imatges i la seva manera de posar-les, fan encara més amoròs aquest És luto e melancolia que com diu l'amic Américo esta cantat amb molta categoria i expressió fadista.

Obrigado Américo por divulgar o fado e os fadistas com tanto amor e tanto carinho e além disso com tanto respeito.
Esse abraço








Més de Duarte
http://www.youtube.com/watch?v=zzun0Osqquw

http://www.youtube.com/watch?v=OuEwAwlaPIQ

divendres, 12 de març del 2010

Cláudia Madur


Novament el meu agraïment a l'amic Fernando Batista que ens nodreix del Fado que es canta al nord de Lisboa a l'encantadora ciutat de Porto.

Avui amb la fadista Cláudia Madur que té gravat el CD Fado sem Tempo amb un recull de fados tradicionals i fados musicats entre els quals voldria destacar aqui un Fado Marana, homenatge a aquesta bella ciutat i del qual n'és autora la mateixa Cláudia.


Al seu racó de Myspace podreu veure més coses

http://www.myspace.com/madurclaudia


o al Youtube

http://www.youtube.com/user/claudiamadurfado





 

  Alma do norte

Claudia Madur / Armando Machado *fado marana*
Repertório de Claudia Madur


Descalço os meus pés nesta Ribeira
Cansados de percorrer pela cidade
Avisto ao de longe uma peixeira
Apregoando o seu peixe com vaidade


Vagueio p’la calçada até á Foz
E descubro lá ao fundo um brilho d’ouro
Distraida com as varinas a uma voz
Reconheço o meu rio, o Rio Douro

Cidade de luz e tradição
Que segredos tu escondes nas colinas
Tal como em noites de São João
Fazes tuas travessuras p’las esquinas

Tens a força nos pregões e na tua gente
Tens a alma do norte em teu corpo
Acredita nesta voz que não te mente
És a cidade que eu amo.... és o meu Porto.

El meu agraïment als amics José Fernandes Castro i Fernando Batista

dilluns, 8 de març del 2010

Aniversari de Yolanda de Carvalho

Volem avui retre homenatge a la gran fadista Yolanda de Carvalho. Ja vàrem sentir un altre tema d'ella aqui, i avui dis del seu aniversari serveixi aquest vídeo per felicitar-la i desitjar-li el millor.
Um beijinho cara Yolanda do teu amigo Jaume. Estou certo que na próxima viagem para Lisboa
vamos ter a ocasião de fazé-lo realidade.


Meu corpo
Ary dos Santos / Fernando Tordo
Repertório de Beatriz da Conceição

Meu corpo... é um barco sem ter porto
Tempestade no mar morto, sem ti
Meu corpo... é apenas um deserto
Quando não me encontro perto, de ti

Teus olhos... são memórias do desejo
São as praias que eu não vejo, em ti
Meus olhos... são as lágrimas do Tejo
Onde eu fico e me revejo, sem ti

Quem parte de tão perto nunca leva
A saudade da partida
E as amarras de quem sofre
Quem fica é que se lembra toda a vida
Das saudades de quem parte
E dos olhos de quem morre

Não sei... se o orgulho a tristeza
Nos dói mais do que a pobreza, não sei
Mas sei... que estou para sempre presa
Á ternura sem defesa, que eu dei

Sózinha... numa cama que é só minha
Espero o teu corpo que eu tinha, só meu
Se ouvires... o chorar duma criança
Ou o grito da vingança, sou eu

Sou eu... de cabelo solto ao vento
Com olhar e pensamento, no teu
Sou eu... na raíz do pensamento
Contra ti e contra o tempo, sou eu