Definitivament queda palès que el temps corre, i corre depressa.
Quan ens vàrem proposar que cada dia 1 de cada mes d'aquest 2012, parlaríem del/la fadista que ilustra el calendari que modestament vam confeccionar, no érem conscients que hauríem de preparar els "posts" amb presses, doncs sense adonar-nos-en el dia 1 arribava quasi sense enterar-nos... Desembre. Això vol dir que acava un altre any.
Vam deixar la Sandra Correia per aquesta cloenda de calendari i d'any perque la Sandra, al meu parer, és el paradigma de la fadista. Per la seva veu, pel seu tarannà, per cantar el fado amb la simplicitat i alhora amb les exigències que li són pròpies. Com diuen a Portugal, Sem tirar nem por, és a dir sense estridències però sense deixar de fer allò que el fado demana.
És del tot estrany i inadmisible que una cantadeira com la Sandra Correia no ocupi l'espai que mereix en el món del Fado. Poser per la seva senzillesa, la seva simplicitat, o tal vegada és perque el món està més cec i el que predomina és el valor fel diner i no el del mèrit.
Deixo dit aqui: la Sandra és Fado!
Penso em ti
M. Moniz Pereira
Pensó em ti
de manhã ao despertar
penso em ti
durante a noite a sonhar.
Penso em ti
mesmo em horas de amargura
penso em ti
sempre com muita ternura.
Penso em ti
nos momentos de alegria
penso em ti
toda a noite e todo o dia.
Esta vida para mim
não tem valor
se vivida
tão longe do meu amor.
Vem depressa
não posso viver assim
só me interessa
que voltes para o pé de mim.
Penso em ti.
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Paradoxalmente
Lletra.- João Mário Grave
Música.- Miguel Ramos *Fado Alberto*
Ai este não te querer, por te querer tanto
ai esta sensação de mãos vazias
fazem deste meu Fado dor e pranto
das quentes madrugadas, noites frias
ai esta solidão contra qual luto
dentro deste vazio apodrecido
instiga-me a querer vestir de luto
um mundo que eu sonhava colorido
barreiras de cansaço e de tormento
horas de desespero e de agonia
provo desde o fatídico momento
que o meu olhar pousou no teu um dia
deitaste-me ao deserto, sem pudor
deixaste-me sem esperança e sem sentido
foste viçoso ramo sem flor
e noite em mim sem teres amanhecido.
ai esta sensação de mãos vazias
fazem deste meu Fado dor e pranto
das quentes madrugadas, noites frias
ai esta solidão contra qual luto
dentro deste vazio apodrecido
instiga-me a querer vestir de luto
um mundo que eu sonhava colorido
barreiras de cansaço e de tormento
horas de desespero e de agonia
provo desde o fatídico momento
que o meu olhar pousou no teu um dia
deitaste-me ao deserto, sem pudor
deixaste-me sem esperança e sem sentido
foste viçoso ramo sem flor
e noite em mim sem teres amanhecido.