Sempre dic -potser massa vegades- que vaig crear el blog per divulgar el fado, però si conec algú que divulga el fado de debó -a sério- aquest és l'amic Fernando Batista de Porto.
Gràcies a ell tinc força discografia fadista, i la majoria de coses que m'ha enviat ni tan sols les hi he demanat. Li agrada,com a mi, compartir el goig d'aquesta música que ens alimenta.
Fa uns dies em va donar a conéixer aquest fadista, en Nuno Siqueira, enviant-me el seu CD, i avui el porto aqui amb un tema del poeta Henrique Rêgo, creació d'Alfredo Marceneiro i música Popular arranjada per Maria Teresa de Noronha coneguda com "Fado das horas"
Gràcies a ell tinc força discografia fadista, i la majoria de coses que m'ha enviat ni tan sols les hi he demanat. Li agrada,com a mi, compartir el goig d'aquesta música que ens alimenta.
Fa uns dies em va donar a conéixer aquest fadista, en Nuno Siqueira, enviant-me el seu CD, i avui el porto aqui amb un tema del poeta Henrique Rêgo, creació d'Alfredo Marceneiro i música Popular arranjada per Maria Teresa de Noronha coneguda com "Fado das horas"
M'ha agradat la veu d'en Nuno Siqueira, diria -emulant l'amic Américo- que té una veu clara, que divideix bé les sil·labes, i amb una dicció que fa que aquells que no coneixem bé la llengua portuguesa entenguem prou bé la lletra. Parabéns e obrigado amigo Nuno!
Mais uma vez amigo Fernando, Obrigado.
Mais uma vez amigo Fernando, Obrigado.
A MENINA DO MIRANTE
(punxa el play)
Menina do Mirante
Menina lá do mirante,
Toda vestida de cassa,
Deite-me vista saudosa
E um adeus da sua graça.
A menina é o retrato,
Sem mesmo tirar nem pôr,
De quem me prendeu de amor
Nas festas de São Torcato.
Tem o mesmo olhar gaiato,
Expressivo, embriagante,
E essa boca insinuante,
Onde a alegria perdura,
É romã fresca madura,
Menina lá do mirante
Anda a brisa, com desvelo,
Perfumada a lúcia-lima,
A saltitar-lhe por cima
Dos anéis do seu cabelo.
Abençoado modelo
De mulher da minha raça!...
Pois toda a gente que passa
Olha os céus e diz ao vê-la,
Que a menina é uma estrela
Toda vestida de cassa.
O meu amor vá um dia
À minha terra e verá
Que do seu mirante lá
É um voo de cotovia.
Verá como se extasia
Ante a paisagem formosa,
Que se estende graciosa,
Numa extensão sem limite!...
Caso aceite o meu convite
Deite-me vista saudosa.
No domingo há procissão,
Com andores dos mais ricos,
Bodo aos pobres, bailaricos,
Fogo preso, animação.
Lá encontra um coração
Que de amor se despedaça,
Por isso, a menina faça
Este coração vibrar,
Dando-lhe um simples olhar
E um adeus da sua graça.
Menina do Mirante
Menina lá do mirante,
Toda vestida de cassa,
Deite-me vista saudosa
E um adeus da sua graça.
A menina é o retrato,
Sem mesmo tirar nem pôr,
De quem me prendeu de amor
Nas festas de São Torcato.
Tem o mesmo olhar gaiato,
Expressivo, embriagante,
E essa boca insinuante,
Onde a alegria perdura,
É romã fresca madura,
Menina lá do mirante
Anda a brisa, com desvelo,
Perfumada a lúcia-lima,
A saltitar-lhe por cima
Dos anéis do seu cabelo.
Abençoado modelo
De mulher da minha raça!...
Pois toda a gente que passa
Olha os céus e diz ao vê-la,
Que a menina é uma estrela
Toda vestida de cassa.
O meu amor vá um dia
À minha terra e verá
Que do seu mirante lá
É um voo de cotovia.
Verá como se extasia
Ante a paisagem formosa,
Que se estende graciosa,
Numa extensão sem limite!...
Caso aceite o meu convite
Deite-me vista saudosa.
No domingo há procissão,
Com andores dos mais ricos,
Bodo aos pobres, bailaricos,
Fogo preso, animação.
Lá encontra um coração
Que de amor se despedaça,
Por isso, a menina faça
Este coração vibrar,
Dando-lhe um simples olhar
E um adeus da sua graça.