dissabte, 1 de desembre del 2012

Dezembro

Definitivament queda palès que el temps corre, i corre depressa. Quan ens vàrem proposar que cada dia 1 de cada mes d'aquest 2012, parlaríem del/la fadista que ilustra el calendari que modestament vam confeccionar, no érem conscients que hauríem de preparar els "posts" amb presses, doncs sense adonar-nos-en el dia 1 arribava quasi sense enterar-nos... Desembre. Això vol dir que acava un altre any.

Vam deixar la Sandra Correia per aquesta cloenda de calendari i d'any perque la Sandra, al meu parer, és el paradigma de la fadista. Per la seva veu, pel seu tarannà, per cantar el fado amb la simplicitat i alhora amb les exigències que li són pròpies. Com diuen a Portugal, Sem tirar nem por, és a dir sense estridències però sense deixar de fer allò que el fado demana.

És del tot estrany i inadmisible que una cantadeira com la Sandra Correia no ocupi l'espai que mereix en el món del Fado. Poser per la seva senzillesa, la seva simplicitat, o tal vegada és perque el món està més cec i el que predomina és el valor fel diner i no el del mèrit.

Deixo dit aqui: la Sandra és Fado! 


Penso em ti



M. Moniz Pereira


Pensó em ti
de manhã ao despertar
penso em ti
durante a noite a sonhar.

Penso em ti
mesmo em horas de amargura
penso em ti
sempre com muita ternura.

Penso em ti
nos momentos de alegria
penso em ti
toda a noite e todo o dia.

Esta vida para mim
não tem valor
se vivida
tão longe do meu amor.

Vem depressa
não posso viver assim
só me interessa
que voltes para o pé de mim.

Penso em ti.
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Paradoxalmente

Lletra.- João Mário Grave
Música.- Miguel Ramos  *Fado Alberto*

Ai este não te querer, por te querer tanto
ai esta sensação de mãos vazias
fazem deste meu Fado dor e pranto
das quentes madrugadas, noites frias

ai esta solidão contra qual luto
dentro deste vazio apodrecido
instiga-me a querer vestir de luto
um mundo que eu sonhava colorido

barreiras de cansaço e de tormento
horas de desespero e de agonia
provo desde o fatídico momento
que o meu olhar pousou no teu um dia

deitaste-me ao deserto, sem pudor
deixaste-me sem esperança e sem sentido
foste viçoso ramo sem flor
e noite em mim sem teres amanhecido.



4 comentaris:

Fadista ha dit...

Pois é! Esse é o Fado do Fado, meu Amigo... Mas não é só no Fado que isso acontece, bem sabemos. A qualidade tem pouco a ver com a popularidade; por vezes é mesmo na razão inversa, do quanto mais, menos. Acontece também que poucos percebem do(s) assunto(s), mas todos têm opinião...
Enfim, vim aqui particularmente para deixar um recadinho- as quadras da Desgarrada já estão transcritas.
Bjinho
O.

Fadista ha dit...

E bjinho também para a Sandra que sempre gosto muito de ouvir.
O.

jaume ha dit...

Olá minha Amiga, não sabe a alegria que sinto quando passapor este meu cantinho defado.Obrigado.
Somos da mesma opinião, hoje valoriza-se as coisas não pelo que elas são, mas sim por aquela graça que puderam proporcionar ou os padrinhos que possam ter. Enfim!
Quanto as quadras, um Obrigado dos maiores. queria rir a vontade e quando não percebia alguma palavra ainda me chateava... agora vou apanhar uns momentos para rir!
Obrigado e um beijinho grande. jaume

Anònim ha dit...


Há alguns dias estava a lembrar uma viagem inesquecível ao Porto e ao coração do fado, com Jaume. Foi então que eu conheci a Sandra (e João e Joãzinho): ouvi-a cantar na sua casa quando estava a ensaiar com os guitarristas e outros fadistas e impressionou-me a sua força e a sua simplicidade. Nesta viagem ao passado procurei na internet as suas interpretações e emocionei-me quando descobri "A minha madrugada" e a versão "A nossa madrugada" que João pendurou como uma declaração de amor. Hoje, quando Sandra é ja uma fadista reconhecida, gosto de encontrar de novo a força e a verdade rasgada que sabe imprimir nos seus fados.
Beijos, Sandra. Parabéns!

Concepció