Sento una debilitat gran per aquelles lletres que canten a la ciutat de la llum, que canten a la ciutat bressol del Fado.
Ary dos Santos |
José Carlos Ary dos Santos, poeta d'una enorme sensibilitat, ha escrit diversos poemes que ens parlen de la nostra vella y bella Lisboa.
Musicat per Paulo de Carvalho, us deixo amb aquesta versió d'en Martinho da Vila i la seva veu tan especial... ah! i de propina O homen das castanhas, una imatge que et fa sentir a Lisboa. Si tanqueu els ulls sentireu la flaire de les castanyes i del fum que puja cap al cel cendrós de l'hivern de Lisboa
Lisboa menina e moça.
Martinho da Vila |
No Castelo ponho um cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo de azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
Almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados á pressa
na cambraia dum beijo
Lisboa menina e moça... menina
Da luz que os meus olhos vêm... tão pura
Teus seios são as colinas... varina
Pregão que me traz à porta... ternura
Cidade a ponto-luz... bordada
Toalha á beira-mar... estendida
Lisboa menina e moça... amada
Cidade mulher da minha vida
No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri,
és mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho um fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho,
que me faz cantar
Lisboa no meu amor.. deitada
Cidade por minhas mãos... despida
Lisboa menina e moça... amada
Cidade mulher da minha vida.
Lletra extreta del blog amic fadosdofado
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