dimarts, 16 d’abril del 2019

Sem reservas, sem amarras

Demà serà un gran dia, i jo me'l perdré. Un gran dia perque la Sandra Correia es presenta al teatre Tívoli de Lisboa per presentar el seu darrer i magnífic treball.
Aqui existo n´es el títol del treball i també del poema que aqui posem. Rosa Lobato de Faria l'autora de la lletra i Mário Pacheco, propietari del Clube de Fado, l'autor de la música.
Confesso que em costa escoltar aquest cd tot d'una. Sempre m'encallo en un tema que escolto i torno a escoltar. Ara mentre intento escriure de nou al vell blog, tan oblidat, escolto un poema de la amiga Cátia Oliveira, Mãe tristeza al què la Sandra li dóna tot allò que la Cátia ha volgut dir.
Altres poemas d'Amèlia Muge, o del genial guitarrista Ângelo Freire, Florbela Espanca, Tiago Torres da Silva....




 Uma escolla perfeita Sandra. Perfeita tu também com a tua voz, o teu jeito, o teu amor.
O meu obrigado. No vou poder estar ao pe de ti amanhã no Tívoli, não físicamente, mas podes ter a certeza que a minha alma, se é que ela existe em mim, vai estar junto de ti e vou te ouvir cantar como sei que tu cantas. Sei isso desde aquele primeiro dia que te ouvi cantar ao vivo aqui em Barcelona. Um beijinho maior do que o mundo, e toda a sorte que tu mereces. Até breve!



Aqui existo,
Solidão entre amarguras,
Vagas serenas, loucuras
E alegrias desgarradas

Aqui me visto,
Da cor que a noite me deu,
Mais perto de ser mais eu
Quando oiço chorar guitarras.

Aqui me ergo,
Sem reservas, sem amarras,
Venho do fundo das águas
Sem futuro, sem passado.

Aqui me entrego,
À magia de um segredo,
Que atravessa o mundo a medo
E é sempre o grito de um fado.

Sou portuguesa,
Filha do sol que me beija,
Do vento que me deseja
Da poesia que me enlaça.

Sou portuguesa
Portuguesa com certeza
Ave livre e indefesa
Flor campestre que esvoaça.