divendres, 27 de maig del 2011

Pombas feridas

Un regal pels sentits aquest darrer CD de la Maria do Ceo a qui vàrem escoltar el passat mes de març -punxeu aqui.
Avui escoltarem amb música de Fado Vianinha un poema de Ramón Cabanillas cantat en gallec, la llèngua d'acollida d'aquesta cantant portuguesa que viu a Galícia.
Pombas feridas



Si a ágoa da tua fonte
inda corre maina e limpa,
si as rosas do teu xardín
inda non teñen espinhas...

non pouses, nena, teus olhos
na tristeza destas rimas.

Si tela alma en repouso
e as ilusións te enfeitizan,
si non sabes das tromentas
que desfán algunhas vidas...

non pouses, nena, teus olhos
na tristeza destas rimas!

Unha man que xa non bico
tecéunas na carne miña
co puñal con que a rachóu
e coa sangre das feridas...

Olla si será tristeza
a tristeza destas rimas!

dimarts, 24 de maig del 2011

Una possible recopilació

Jo me'l compraria...

aqui una mostra

Lejos de Lisboa

la melancolía de calles perdidas que huelen a mares,
gente que camina y luces de luna de barcos que parten.
Si cierro los ojos puedo ver las calles por donde anduvimos
y escuchar canciones que hablan del destino que nunca tuvimos.

Poemas del aire vendrán hasta aquí lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
Lejos de Lisboa y lejos de ti.

La ropa tendida al sol de la tarde, banderas de nadie;
Las calles en cuesta que suben a un cielo de azules que arden.
Plazas con palomas, puestos de claveles y de rosas blancas,
la ciudad antigua guarda la memoria de un tiempo que escapa.

Poemas del aire vendrán hasta aquí lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin, lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin, lejos de Lisboa y lejos de ti.

dissabte, 21 de maig del 2011

Jorge Cesar

Jorge César és del nord, de Vila Nova de Gaia, una ciutat que creix a l'altra banda del Douro des de Porto estant. Confesso que no me la imaginava tant gran aquesta vila.
Diu una petita biografia d'aquest fadista, que des de ben petit ha tingut traça per cantar  -jeito, com diuen a Portugal- i que des del 1985 que canta una mica de tot. Ben aviat començà a aviar-se cap al fado guanyant algun concurs de fado amateur com el de Lordelo de Ouro.
L'any 2005 grava el primer CD "Mais um fado no fado" i el 2008 el segon amb el títol "Suspiro" que vaig tenir el plaer de comprar en un viatge a Porto el passat mes d'Abril.
 Vam tenir el plaer de veure'l i oir-lo cantar a "Janelas de Fado" a Matosinhos, una casa de fados on vam ser molt ben rebuts i des d'aqui els enviem una forta abraçada.
Escoltem a Jorge César cantant un poema de António Torre da Guia amb la música de fado Margaridas de Miguel Ramos.

dimarts, 17 de maig del 2011

Ao vivo em Lisboa

Tenia en els meus arxius alguns dels temes d'aquest esplèndid CD de la Joana Amendoeira, gravat l'any 2004 en directe des del Teatre São Luiz de Lisboa i produït per l'Hélder Moutinho, però em faltaven molts temes i volia comprar-lo ja feia temps. Ho vaig fer el passat desembre i la sort va fer que a la nit, a Mesa de Frades, jo duia el CD i la Joana era allà... Només em faltava una mica d'empenta per demanar-li una dedicatória a ella i als seus músics, el Pedro Amendoeira i el Pedro Pinhal, i l'empenta me la va donar la meva amiga Sandra Correia que va presentar-me la Joana, i ara tinc aquesta joia amb unes boniques dedicatòries. Em va faltar la foto!!


D'aquest CD, imperdible, un tema que és una segona part: Plantei um cravo à janela II, amb música de Fado Menor.



Se o amor é como o vento,
se os teus olhos são do mar,
eu trago o meu pensamento
nas ondas do teu olhar!

Naquela praia perdida
onde se inventa a verdade
acreditámos na noite,
Matámos toda a saudade.

Plantei um cravo à janela
da cor do meu coração,
ando por ti a rezar
sem saber a oração!

Amb aquest títol Plantei um cravo à janela I va gravar amb el regal de la música de Fontes Rocha (Fado Joana) un altre poema també de l'Hélder Moutinho al disc del 2006 A flor da Pele que escoltem aqui acompanyada de l'Orquestra de l'Algarve.



Plantei um cravo à janela
Para dar ao meu amor
Inventei a Primavera
Ao redor daquela flor
Dei-lhe um pouco de ternura
E muito de uma Saudade
À janela da loucura
Inventei a Felicidade
Fiquei à espera da bruma
Nas praias do coração
À janela da loucura
Inventei uma paixão
Plantei um cravo à janela
Descobri a Primavera
Para dar ao meu amor
Que já estava à minha espera.

dissabte, 14 de maig del 2011

CatalunyApresenta

 Para todos os amigos deste recanto de fado que moram em Lisboa, eis aqui  a última notícia de CatalunyApresenta

Caros amigos,

Vimos a informá-los acerca de algumas actividades interessantes, que irão decorrer durante a próxima semana, relacionadas com a cultura catalã, organizadas por outras entidades.

No próximo dia 18 de Maio, às 18.30h, será projectado o documentário, seguido de debate, Homenagem à Catalunha II, que é também uma investigação, uma história de histórias sobre a construção de uma economia sustentável, solidária e descentralizada tecendo redes que superam a individualização e a divisão hierárquica do trabalho. Contará com a presença da realizadora, Joana Conill.
Esta projecção terá lugar no Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-IUL, Av. Das Forças Armadas, 1649-026)
E ainda para a semana, Dias 20 (às 18h) e 21 (16h e 18h30) de Maio no Teatro Nacional D.Maria II, 3 obras de J.M. Benet i Jornet, P. Miró i L. Cunillé. Com a presença dos autores.
a la sala B203. Entrada livre.

Apareçam!

Saudações




 

dimarts, 10 de maig del 2011

Eurico Pavia

Vaig conéixer l'Eurico Pavia el passat desembre aVossemecê la casa de fados de la rua de Stº António da Sé. El 28, el famós eléctrico, hi passa pel davant. 

Va ser una nit de convívio fadista tal com vaig explicar en el post dedicat a Zé Manuel de Castro.


Quedava pendent dur l'Eurico a aquest raconet de fado, i hem trigat una miqueta fins que no s'han esvaït els petits dubtes en la transcripció de la lletra d'aquest Fado Menor do Porto, extret del seu CD Louca Fantasia


Verdades da vida
l.- Domingos Silva
m.- J.J. Cavalheiro (fado Menor do Porto)

Ao ver agora o teu rosto
surpreendido fiquei
e senti tanto desgosto
que baixinho murmurei.

Que é feito do olhar dela
que lembrava a cada instante
luz brilhante de uma estrela
de uma estrela tão brilhante.

Que é feito do seu cabelo
de um tom brilhante dourado
daquele rosto tão belo
agora tão enrugado


O tempo traz-nos verdades
mas eu ao ver-te sofri
sofri e tive saudades
de quando te conheci.


I del canal de Youtube Rosabranca 2010, un clàssic de Fernando Santos i Carlos Dias...
Lisboa adormeceu, já se acenderam
Mil velas, nos altares das colinas
Guitarras pouco a pouco emudeceram
Cerraram-se as janelas pequeninas

Lisboa dorme um sono repousado
Nos braços voluptuosos do seu Tejo
Cobriu a colcha azul do céu estrelado
E a brisa veio a medo, dar-lhe um beijo

Lisboa... andou de lado em lado
Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu
Lisboa... ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada quando ela adormeceu

Lisboa não parou a noite inteira
Boémia, estouvanada, mas bairrista
Foi á sardinha assada lá na feira
E á segunda sessão duma revista

Dali, p'ro Bairro Alto, enfim galgou
No céu, a lua cheia refulgia
Ouviu cantar o fado, e então sonhou
Que era a saudade aquela voz que ouvia.

dissabte, 7 de maig del 2011

Um violino no Fado

 Já fa un temps que vaig saber de la Natália Juskiewicz i em va semblar el que és: que el seu violí és el "cantador" o la "cantadeira".
 
La veu es transforma en el so màgic d'aquest instrument que sempre m'ha fascinat, i crec que amb ell, el Fado "também acontece".

Us deixo amb amb aquesta maravellosa veu, tot dedicant-li aquesta entrada a la meva amiga Albada Blay que tan bé coneix aquest instrument.


Com que voz

Luiz de Camões / Alain Oulman
Repertório de Amália

Com que voz chorarei meu triste fado
Que em tão dura paixão me sepultou
Que amor não seja a dor que me deixou
O tempo de meu bem desenganado

Mas chorar não estima neste estado
Aonde suspirar nunca aproveitou
Triste quero viver, pois se mudou
Em tristeza, a alegria do passado

Assim a vida passo descontente
Ao som nesta prisão do grilhão duro
Que lastima ao pé, que a sofre e sente

De tanto mal, a causa é amor puro
Devido a quem de mim tenho ausente
Por quem a vida e bens dele aventuro.


(lletra extreta del blog fadosdofado)