dissabte, 8 d’agost del 2009

José Pracana


Heus ací un fado que reuneix tots els ingredients que podem demanar-li a aquesta música que acarona l'esperit.
El Fado explica històries, situacions, sentiments; així doncs aquest, amb una lletra magistral de Linhares Barbosa, música popular de "fado das horas" i una interpretació senzilla i sincera d'aquest fadista "amador" que és en José Pracana no decebrà ningú.
D'aquest fadista en vaig tenir coneixement gràcies al blog d'en Vítor Duarte, punxeu aqui i podreu llegir-ne uns trets biogràfics alhora que unes boniques paraules que li dedica el seu amic i fadista João Braga.
José Pracana, guitarrista, cantador, fadista a la fí, està passant els darrers temps per una lluita contra la malaltia que el té apartat de la seva passió. Des d'ací el desig de victòria en aquesta lluita.
Força "Cana"


Lenda das rosas
Linhares Barbosa / Popular *fado das horas*
Repertório de José Pracana

Na mesma campa nasceram
Duas roseiras a par
Conforme o vento as movia
Iam-se as rosas beijar

Deu uma, rosas vermelhas / Desse vermelho que os sábios
Dizem ser a côr dos lábios / Onde o amor põe centelhas
Da outra, gentis parelhas / De rosas brancas vieram
Só nisso diferentes eram / Nada mais as diferençou
A mesma seiva as criou
Na mesma campa nasceram

Dizem contos magoados / Que aquele triste coval
Fora leito nupcial / De dois jovens namorados
Que no amor contrariados / Ali se foram finar
E continuaram a amar / Lá no além, todavia
E por isso ali havia
Duas roseiras a par

A lenda simples singela / Conta mais, que as rosas brancas
Eram as mãos puras francas / Da desditosa donzela
E ao querer beijar as mãos dela / Como na vida o fazia
A boca dele se abria / Em rosas de rubra côr
E segredavam o amor
Conforme o vento as movia

Quando as crianças passavam / Junto á linda sepultura
Toda a gente afirma e jura / Que as rosas brancas coravam
E as vermelhas se fechavam / Para ninguém lhes tocar
Mas que alta noite, ao luar / Entre um séquito de goivos
Tal qual os lábios dos noivos
Iam-se as rosas beijar.


(letra tirada do blog fadosdofado)