dimarts, 29 de desembre del 2009

Sérgio Marques


Una altra veu d'aquesta ciutat de Porto que no té cap cosa que envejar a Lisboa, en Sérgio Marques amb una veu càlida i un timbre ben fadista cantant un fado clàssic de Casimiro Ramos o *Três Bairros* que és un dels que més m'agrada des que vaig escoltar la Yolanda de Carvalho un poema de J.L. Gordo cantat amb aquesta música.

Sérgio Marques també es troba cómode en el teatre i en la declamació poètica. En el seu CD "Tríptico" ens obsequia amb un recitat de "Fado Operário" de Fernando Peixoto que és una meravella.

Una vegada més el meu Obrigado al senyor Fernando Batista per compartir amb mi el fado que es canta a Porto.

Se ao menos houvesse um dia


João Monge / Casimiro Ramos *fado três bairros*

Se ao menos houvesse um dia
Luas de prata gentia
Nas asas de uma gazela;
E depois do seu cansaço
Procurasse o teu regaço
No vão da tua janela

Se ao menos houvesse um dia
Versos de flor tão macia / Nos ramos com as cerejas
E depois do seu outono
Se dessem ao abandono / Nos lábios quando me beijas

Se ao menos o mar trouxesse
O que dizer e me esquece / Nas crinas da tempestade
As palavras litorais
As razões iniciais / Tudo o que não tem idade

Se ao menos o teu olhar
Desse por mim ao passar / Como um barco sem amarra
Deste fado onde me deito
Subia até ao teu peito / Nas veias de uma guitarra

(letra tirada do blog fadosdofado)

diumenge, 27 de desembre del 2009

Julieta Estrela

Com l'any passat, la darrera nit a Lisboa havia de passar pel "Fado Maior" la casa de fados de la Julieta Estrela, on em bona companyia vam gaudir de fado amb la Clara Cristão, Bruno Igrejas, José Morgado i la Julieta Estrela.

Hem volgut retre-li homenatge amb aquest modest vídeo, un fado de Domingos Silva amb música de João Maria dos Anjos.

Li agraeixo a la Julieta que m'hagi fet arribar la seva música entre la qual he escollit aquest tema, encara que no hagi estat fàcil escollir-ne un, já que tots són magnífics.
Obrigado Julieta.

Podeu sentir més fados de Julieta Estrela en el seu cantinho Fado Maior

dissabte, 26 de desembre del 2009

Natal todo o dia

No podem resistir-nos a portar aqui aquest vídeo realitzat per la nostra amiga Cláudia Tulimoschi.
I ho fem perque a més d'estar molt ben fet, té una magnífica lletra i hi canta la seva mare la fadista Adélia Pedrosa.

Si la gent és capaç d'escampar alegria
si la gent és capaç de tota aquesta màgia
jo estic segur que la gent podria
fer que fos Nadal cada dia..

Gràcies Cláudia, gràcies Adélia



Natal Todo Dia
Roupa Nova
Composição: Mauricio Gaetani Tapajós

Um clima de sonho se espalha no ar,
Pessoas se olham com brilho no olhar,
A gente já sente chegando o Natal,
É tempo de amor, todo mundo é igual.

Os velhos amigos irão se abraçar,
Os desconhecidos irão se falar,
E quem for criança vai olhar pro céu
Fazendo pedido pro velho Noel

Se a gente é capaz de espalhar alegria,
Se a gente é capaz de toda essa magia,
Eu tenho certeza que a gente podia
Fazer com que fosse Natal todo dia!

Um jeito mais manso de ser e falar,
Mais calma, mais tempo pra gente se dar.
Me diz porque só no Natal é assim?
Que bom se ele nunca tivesse mais fim!

Que o Natal comece no seu coração,
Que seja pra todos, sem ter distinção.
Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for,
O melhor presente é sempre o amor.

dijous, 24 de desembre del 2009

Rua de saudade


Serveixi com a felicitació de Nadal aquest poema de José Carlos Ary dos Santos i Fernando Tordo cantat per la Luanda Cozetti amb música de Renato Jr., inclòs en el CD Rua de Saudade, un homenatge a Ary dos Santos, poeta popular autor de tants poemes cantats pel fado.

Com diu el creador de Rua de Saudade - "Meu caro, estejas onde estiveres espero sinceramente que gostes de ouvir as tuas palavras reinventadas de forma como as me fizeste sentir"

Dizer que sim a vida







diumenge, 20 de desembre del 2009

Joan Margarit traduzido ao português


El poeta català Joan Margarit ha estat traduït a diverses llengües entre les quals, ara, al portuguès, per l'Àlex Tarradellas i la Rita Custòdio.

Joan Margarit va néixer a Sanaüja, província catalana de Lleida l'any 1938, al bell mig de la Guerra Civil, la qual cosa configura la seva vida i també la seva poesia.

El títol del llibre traduït ara al portuguès és "Casa da Misericòrdia" en una edició bilingüe que el fa més entenedor.

















Presentació i portada del llibre
Un dels poemes del llibre



















És d'agrair el suport de l'Institut Ramon Llull i de l'editora OVNI per aquesta traducció, i als traductors Àlex Tarradellas i Rita Custódio pel fantàstic treball que en tot moment respecta el sentit dels poemes tal i com l'autor els sentí.

dijous, 17 de desembre del 2009

Nuno de Aguiar, 50 anos




















O fadista Nuno de Aguiar cumpre cinquenta anos de trajectória no mundo do fado.
Nós modestamente desde este cantinho que nasceu para que o fado e os fadistas fossem conhecidos e reconhecidos nas nossas casas, queremos também homenageá-lo e fizemos este vídeo com as suas imagens dos últimos anos.

Só quero dizer-te, amigo Nuno, que embora não tenhamos podido estar ao pé de ti na homenagem que merecidamente te fizeram os teus colegas, o nosso coração tem estado e está contigo.


Um abraço fadista

(Obrigado a nossa amiga Rita Custódio pela sua colaboração)

Trindade do nosso fado
Nuno de Aguiar / Popular *fados menor, mouraria e corrido*
Repertório de Nuno de Aguiar

O Fado, canção do povo
Por todo o mundo louvado
Não é velho, nem é novo
O fado, é sempre fado

Vozes de peso e renome / Dizem que o fado menor
Ao contrário do seu nome / É de todos o maior

Também se diz a rigor / A quem canta com mestria
Que o bom apreciador / Não dispensa o Mouraria

Com tristeza ou alegria / Qualquer fadista entendido
Dá também a primazia / Ao velho fado corrido

O corrido, traz beleza / O Mouraria, o encanto
O menor, também se reza / P’ra aliviar nosso pranto

Mais populares, entretanto / Qual dos três mais consagrado
Pai, Filho, Espírito Santo / Trindade do nosso fado

(Letra tirada do blog fadosdofado)

dilluns, 14 de desembre del 2009

André Baptista


Encara sentíem l'olor de Barcelona, però ja les nostres pases trepitjaven les llambordes d'Alfama i aviat aquella flaire que duiem s'anava esmorteint i en venia una altra impregnada de Fado.
Després d'un jantarcinho a casa dels amics Paulo i Isabel, que millor que passar per la Mesa de Frades, un lloc que no decep ningú. I allí vam escoltar aquest fadista que ha gravat el seu primer CD: Um Fado nasce amb una dotzena de temes del compositor Alberto Janes, que entre moltes altres va compondre Foi Deus, o Vou dar de beber a dor , i pel qual Amália sentia un afecte especial i de qui deia que -Era a pessoa especial para mudar o mundo. Era um Senhor.

André Baptista, amb el qual vam poder parlar aquella nit ens va agradar. Quan ens va dir que es podia comprar el seu CD a la loja Companhia Nacional de Música, li vam dir que el compraríem. Com certeza.

À janela do peito, que vam escoltar-li aquella nit, és el que hem escollit per contribuir a la divulgació de la seva veu.

Saudações fadistas amigo André


Letra e musica de Alberto Janes

Lá vai brincando, pela mão de uma quimera
Essa garota que ela foi, sempre a sorrir
Como se a vida fosse eterna primavera
E não houvesse dores no mundo p’ra sentir

As gargalhadas vêm poisar na janela
E ao ouvi-las tenho mais pena de mim
Ai quem me dera rir ainda como ela
Mas quando rio, eu já não sei rir assim

Tenho a janela do peito

Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela

Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar


Lá vem gingando nesse seu passo miúdo
Melena preta, calça justa afiambrada
Como mudamos, tu que foste para mim tudo
Hoje a meus olhos pouco mais és do que nada

Tuas chalaças de graçola e ironia
Eram da rua, andavam de boca em boca
Eu, era ver-te não sei o que sentia
Talvez loucura, que por ti andava louco

Tenho a janela do peito

Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela

Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar


Desilusões as que tive
Enchem a rua…lá estão
E a gente vive dos tempos que já lá vão.

(letra tirada do blog fadosdofado)
 

dijous, 3 de desembre del 2009

Ha arribat el dia

http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/3584.html

Vamos lá!



LISBOA

Letra de: Artur Ribeiro

Música de Ferrer Trindade

Vejo do cais

Mil janelas

Da minha velha Lisboa

Vejo Alfama das vielas

O Castelo, a Madragoa

E os meus olhos rasos de água

Deixam por toda a cidade

A minha prece de mágoa

Nesta canção de saudade


Quando eu partir

Reza por mim Lisboa

Que eu vou sentir Lisboa

Penas sem fim Lisboa

Saudade atroz

Que o coração magoa

E a minha voz entoa

Feita canção Lisboa

E se ao voltar

Me vires chorar, perdoa

Que eu abra a porta à tristeza

Para depois rir à toa

Tenho a certeza

Que ao ver as ruas

Tal qual hoje as vejo

Nesse teu ar de rainha do Tejo

Hei-de beijar-te Lisboa

Hei-de beijar com ternura

As tuas sete colinas

E vou andar à procura

De mim p’las esquinas

E tu Lisboa

Hás-de vir aqui ao cais

Como agora

P’ra eu te dizer a rir

O que hoje minha alma chora

dilluns, 30 de novembre del 2009

Feliç aniversari, Adèlia

Avui fa anys l'Adélia Pedrosa, i m'agrada des d'aquest cantinho poder felicitar-la tot pensant que un dia podré sentir-la cantar "ao vivo", malgrat estigui a l'altre costat de l'Atlàntic.


Imagehosting at Imageloop



Um beijinho Adélia i Felicitats




 Un fado d'Adélia que sempre m'ha agradat molt amb lletra de António Campos i música de Joaquim Pimentel, una persona molt especial per a l'Adélia.


MEU AMOR MARINHEIRO

Tenho ciúme das verdes ondas do mar
que teimam em querer beijar
teu corpo erguido às marés.
Tenho ciúme do vento que me atraiçõa
que vem beijar-te na proa
e foge pelo convés.

Tenho ciúme do luar da lua cheia
que no teu corpo se enleia
para contigo ir bailar.
Tenho ciúme das ondas que se levantam
e das sereias que cantam
que cantam p'ra te encantar.

Oh meu amor marinheiro
oh dono dos meus anhelos
não deixes que à noite a lua
mude a cor aos teus cabelos.
Não olhes para as estrelas
porque elas podem roubar
o verde que há nos teus olhos
teus olhos da cor do mar.

dissabte, 28 de novembre del 2009

Luz Casal


Em venia de gust portar aqui a la Luz Casal, una cantant extraodinària que va començar a principis de la decada dels 80 del passat segle amb un registre al més pur estil rocker. Temps aquells en que per les nostres contrades no eren habituals les veus femenines en el rock.


Més endavant va anar derivant cap a la balada i en el 1989 va posar la veu en els dos temes principals de la banda sonora del flm d'Almodóvar "Tacones lejanos".


del film Tacones Lejanos, "Un año de amor".


Del film Tacones Lejanos, "Piensa en mi".

Després de superar un càncer de mama l'any 2007, ens sorpén amb el CD "Vida tóxica" amb versos com

Si la soledad te enferma el alma,
si el invierno llega a tu ventana,

no te abandones a la calma
con la herida abierta;
mejor olvidas y comienzas una vida nueva.

Una perla, això és el seu darrer CD "La Pasión", un homenatge a la música llatinoamericana, la que anomenen bolero, amb pasions, desigs, soledats, desigs, "saudades", interpretats amb el respecte i l'emoció i també la maduresa que la Luz és capaç de donar... Una perla, i aquesta no està tancada entre dues closques, està lliure per poder-la gaudir. No us la perdeu!

De Rosario Sansores i Carlos Enrique Brito Benabides


Sombras

Cuando tú te hayas ido
me envolveran las sombras
cuando tú te hayas ido
con mi dolor a solas
evocaré el idilio
de las azules olas
cuando tú te hayas ido
me envolverán las sombras
Y en la penunbra vaga
de mi pequeña alcoba
donde una tibia tarde
me acariciabas toda
te buscarán mis brazos
te buscará mi boca
y aspiraré en el aire
aquel olor a rosas
cuando tú te hayas ido
me envolverán las sombras
Y en la penunbra vaga
de mi pequeña alcoba
donde una tibia tarde
me acariciabas toda
te buscarán mis brazos
te buscará mi boca
Y aspiraré en el aire
aquel olor a rosas
cuando tú te hayas ido
me envolverán las sombras

dijous, 26 de novembre del 2009

Rogério Lourenço


Tornem, després de l'homenetge a l'Elena, a parlar de Fado avui amb Rogério Lourenço de Porto, que ha presentat fa poc el seu primer CD "Finalmente" i que una vegada més l'amic Fernando Batista ha tingut la gentilesa de fer-me arribar -e eu acrescento que não vai ser o último.

La força expressiva que a l'hora de cantar el fado té aquest fadista queda palesa a més de sentint-lo cantar, amb la fotografia que acompanya aquest text, extreta del blog fadonoporto.blogspot.com.

Una figura que ha ha influit a Rogério Lourenço ha estat en Tony de Matos, de manera que avui sentirem un fado que el gran cantor i fadista va popularitzar, en va fer una creació, u poema de Luis de Campos, cantat amb música de Federico de Brito *fado dos sonhos*

Fica comigo saudade




Fica comigo saudade

Bendita seja, bendita
esta saudade infinita
que me mata lentamente.
Bendita seja a loucura
que me traz nesta amargura
só por te amar cegamente.

Mesmo a poeira da estrada
focou negra, enlameada
de tanto por ti chorar.
O tudo da minha vida
é esta esperança perdida
de nunca mais te encontrar.

Fica comigo saudade
te peço por caridade
da-me um pouco de alegria.
Minha saudade é tão pobre
é um manto que me cobre
quer de noite, quer de dia

dilluns, 23 de novembre del 2009

Una postal per l'Elena

Estimada Elena
Ja saps que et recordem sempre, però en dias com avui, encara més si cap. De manera que hem buscat per tots els àlbums de fotos que hi ha per casa a la recerca de les que hi sorties. Segurament alguna en deu haver quedat amagada, però amb les que hem trobat hem fet aquest video que et regalem amb un petó.
Estem segurs que la música t'agradarà.
beijinhos



Despedida
António Calém / António dos Santos *balada*

Um dia *quando isso fôr*
Deixar o teu corpo em flor
E se aproximar o fim;
Queria partir sem te ver
Sentir o mundo morrer
Lá longe, dentro de mim

Depois, em vez de esquecer-te
Tornar em sonhos, rever-te / Lá longe na solidão
Rever-te sózinho assim
Ver-te só dentro de mim / Dentro do meu coração

É que não posso partir
Sem me partir dos teus olhos / Antes do adeus derradeiro
É que partir sem te ver
É duas vezes morrer / De alma e de corpo inteiro

divendres, 13 de novembre del 2009

Nuno de Siqueira


Sempre dic -potser massa vegades- que vaig crear el blog per divulgar el fado, però si conec algú que divulga el fado de debó -a sério- aquest és l'amic Fernando Batista de Porto.
Gràcies a ell tinc força discografia fadista, i la majoria de coses que m'ha enviat ni tan sols les hi he demanat. Li agrada,com a mi, compartir el goig d'aquesta música que ens alimenta.

Fa uns dies em va donar a conéixer aquest fadista, en Nuno Siqueira, enviant-me el seu CD, i avui el porto aqui amb un tema del poeta Henrique Rêgo, creació d'Alfredo Marceneiro i música Popular arranjada per Maria Teresa de Noronha coneguda com "Fado das horas"
M'ha agradat la veu d'en Nuno Siqueira, diria -emulant l'amic Américo- que té una veu clara, que divideix bé les sil·labes, i amb una dicció que fa que aquells que no coneixem bé la llengua portuguesa entenguem prou bé la lletra. Parabéns e obrigado amigo Nuno!

Mais uma vez amigo Fernando, Obrigado.
A MENINA DO MIRANTE
(punxa el play)


Menina do Mirante

Menina lá do mirante,
Toda vestida de cassa,
Deite-me vista saudosa
E um adeus da sua graça.
A menina é o retrato,
Sem mesmo tirar nem pôr,
De quem me prendeu de amor
Nas festas de São Torcato.
Tem o mesmo olhar gaiato,
Expressivo, embriagante,
E essa boca insinuante,
Onde a alegria perdura,
É romã fresca madura,
Menina lá do mirante
Anda a brisa, com desvelo,
Perfumada a lúcia-lima,
A saltitar-lhe por cima
Dos anéis do seu cabelo.
Abençoado modelo
De mulher da minha raça!...
Pois toda a gente que passa
Olha os céus e diz ao vê-la,
Que a menina é uma estrela
Toda vestida de cassa.
O meu amor vá um dia
À minha terra e verá
Que do seu mirante lá
É um voo de cotovia.
Verá como se extasia
Ante a paisagem formosa,
Que se estende graciosa,
Numa extensão sem limite!...
Caso aceite o meu convite
Deite-me vista saudosa.
No domingo há procissão,
Com andores dos mais ricos,
Bodo aos pobres, bailaricos,
Fogo preso, animação.
Lá encontra um coração
Que de amor se despedaça,
Por isso, a menina faça
Este coração vibrar,
Dando-lhe um simples olhar
E um adeus da sua graça.

dissabte, 7 de novembre del 2009

Fado Triplicado

Quan vaig sentir per primer aquest fado, em va captivar i em va "obligar" a agafar el diccionari ràpidament. El fado triplicado és, crec, difícil de cantar i també de escriure'n un poema , imagino. La darrera estrofa és d'aquelles amb la que no hi puc estar més d'acord.
...més enllà de la pena que sento fins i tot tinc "saudades" d'allò que mai vaig veure... Alguns apuntaments de la biografia del fadista al blog extraodinari del nostre amic Víctor Duarte Marceneiro lisboanoguinnes Segons les darreres notícias que tinc el fadista que canta aquest fado l'Alcindo de Carvalho s'està recuperant d'una malaltia. Des d'aqui li desitgem el millor. Baile dos quintalinhos Carlos Conde / José Marques *fado triplicado* Repertório de Alcindo de Carvalho Tema também está gravado por António Rocha com o título *Venham daí raparigas* No livro de Carlos Conde este tema aparece com o titulo *Relembrando o Passado* Venham daí raparigas Ao Baile dos Quintalinhos Perder a noite a dançar; A seguir temos cantigas No retiro do Charquinho Só com motes a atirar Vamos todos de Cacilhas Numa alegre burricada / Á Cova da Piedade Á noite no Quebra-bilhas Há peixe frito e salada / Com carrascão á vontade Depressa genta rambóia Dançar a polka janota / Até ao romper do dia A seguir, temos tipóia P’ra almoçar na Porcalhota / E jantar na Tia Iria Vamos ao vinho em tigelas Que aos arraiais cá da terra / Nunca falta gente faia Depois da Quinta de Belas Vamos do Senhor da Serra / Para os Sinos da Atalaia Fado, toiros, vinho tinto Se era assim a mocidade / Como oiço dizer p’raí Além da pena que sinto Até chego a ter saudades / Daquilo que nunca vi. (letra tirada do blog fadosdofado)

dimarts, 3 de novembre del 2009

Névoa homenatja Amália


Brillant com sempre, Névoa en format de jazz i amb els temes que va popularitzar Amália Rodrigues, ens va fer passar una bona estona dissabte passat a l'Auditori.
Un homenatge a la que va ser la fadista que va passejar el fado, i no només el fado, per tot el món. La Névoa no podia faltar a sumar-se a aquest reconeixement a la "Rainha do Fado" en el desè aniversari del seu traspàs. Aquest "Estranya forma de vida" títol d'aquest homenatge va contar amb la participació de Vicenç Solsona a la guitarra, Guillermo Prats al contrabaix, Ramon Angel Rey a la percussió i Publio Delgado a la guitarra portuguesa i guitarra.


Vam poder fer alguna gravació amb mitjans modestos i aqui podem veure'n un tast. Prometo penjar alguna altra a Youtube en aquesta adreça http://www.youtube.com/my_videos

Parabéns menina.
I segueixo pensant com una veu com aquesta de la Névoa no està present als mitjans tan com es mereix.
Quin país el nostre...!

dijous, 29 d’octubre del 2009

Caso arrumado

O amigo Américo me fez, uma vez mais, um presente muito giro e muito importante para mim. É este video de Ana Moura no qual há uma fotografia minha na Casa de Linhares a ouvir a própria Ana Moura.
Mais uma vez, obrigado Américo pela tua amizade.




...
Meu Amigo Jaume, de Barcelona, pediu algo novo de Ana Moura, aqui tem meu caro amigo, Um "Pedro Rodrigues" com letra de Manuela de Freitas, na voz bem fadista de Ana, extraído do novo cd editado há pouco. Um abraço . Américo

dimecres, 28 d’octubre del 2009

Estranya forma de vida


Amb el títol Estranya forma de vida, Névoa també posa el seu granet de sorra per homenatjar Amália Rodrigues en aquest aniversari de la seva partida, i ho fa oferint-nos unes versions jazzístiques del seu inesgotable repertori.
Será el proper dissabte dia 31 d'Octubre a les 9 del vespre a l'Auditori sala Oriol Martorell.
El jazz s'acosta al fado amb la veu i la interpretació d'aquesta nostrada Névoa i podem dir després d'escoltar un tast d'aquest homenatge fa pocs dies A casa Portuguesa del carrer Verdi, que ho fa amb el més gran dels respectes per l'Amália i per al fado.

Fins dissabte,doncs. No hi faltarem.

dimarts, 27 d’octubre del 2009

Sandra Correia


Já vam tenir ocasió d'escoltar la Sandra Correia en un vídeo el dia que parlàvem del fado Acácio, però no em podia resistir a tornar a dur-la a aquest "cantinho" per escoltar-la en un parell més de vídeos dels molts que te hostatjats a Youtube amb el nom PorQueVoltas.
No ha estat fácil escollir-ne dos, de fet els podeu escoltar tots si visiteu el seu espai tan a Youtube com a Myspace on podem llegir una mica de la seva biografia.

Como já diz a Sandra, espero poder ouvi-la ao vivo o próximo Dezembro em Lisboa.
Até breve Sandra e um beijinho
Els dos videos son temes que va cantar Amália, Dura memória, un poema de Luiz Vaz de Camoens i un poema de l' enyorada Amália: Trago fados nos sentidos




Dura Memória
Luis de Camões/Alain Oulman

Memória do meu bem cortado em flores
Por ordem de meus tristes e maus fados
Deixai-me descansar com meus cuidados
Nesta inquietação dos meus amores

Basta-me o mal presente e os temores
Dos sucessos que espero infortunado
Sem que venham de novo bem espaçados
Afrontar meu repouso com suas dores

Perdi numa hora tudo quanto em termos
Tão vagarosos e largos alcancei
Deixai-me com as lembranças desta glória
Deixai-me com as lembranças desta glória

Cumpra-se a cabo a vida nestes termos
Porque neles com meu mal acabarei
Porque neles com meu mal acabarei
Mil vidas, não uma só!
Dura memória!


Trago fados nos sentidos
Amália Rodrigues / Fontes Rocha


Trago fado nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noites de solidão

Trago versos, trago sons / Duma grande sinfonia
Tocada em todos os tons / Na tristeza e na alegria

Trago amarguras aos molhos / Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos / Que choram desde meninos

Trago noites de luar / Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar / Trago dores ainda maiores

(letra tirada do blog fadosdofado)

diumenge, 25 d’octubre del 2009

Leva-me aos fados


Ana Moura ha gravat un altre CD amb el títol Leva-me aos fados , que sembla va ser la frase que li va dir el cantant Prince, després d'escoltar-la cantar i quedar-ne fascinat. Una cosa semblant a la que li va passar a en Mick Jagger.
Aqui a Barcelona encara no ha arribat el nou CD, i tinc dubtes si arribarà algun dia, ja qué "els senyors que ens dirigeixen els gustos musicals" deuen opinar que vendre coses així aqui, no els reportarà massa guanys. En fi!. Sort que vaig a Lisboa el mes de Desembre i podré comprar-lo.

Aquest "Levame aos fados", m'ha recordat un altre títol de l'Ana, "Quem vai ao fado" i a falta del nou, escoltarem aquest. És un tema amb lletra i música del genial Jorge Fernando

De tota manera a la web de l'Ana a myspace podem escoltar aquest i algun tema més del nou CD.

Fins aviat Ana.

Quem vai ao fado

Jorge Fernando


Quem vai ao fado, meu amor, quem vai ao fado
Leva no peito algo de estranho a latejar
Quem vai ao fado, meu amor, quem vai ao fado
Sente que a alma ganha asas, quer voar

Sempre que entristeço e a nostalgia cai em mim
Oiço de tão longe, estranha voz por mim chamar
É um canto doce, mavioso ou coisa assim
Logo a minha alma faz-se voz e quer cantar;
Bálsamo bendito a esta terra quis Deus dar
Mais vale cantar do que chorar

Sempre que radioso o coração se agita em mim
Num impulso alegre, a felicidade vem morar
Abandono a voz no Mouraria, porque assim;
Sei que o coração quer á guitarra forma dar

Bálsamo bendito a esta terra quis Deus dar
Mais vale cantar do que chorar.

(letra tirada do blog do meu amigo José Fernandes Castro)

dimarts, 20 d’octubre del 2009

Mini vacances

Primer de tot demanar disculpes als seguidors d'aquest blog per aquest silenci de més d'una setmana i sense previ avís.
Hem passat aquest dies a Extremadura visitant Las Hurdes, El Valle del Jerte, el Parque Natural de Monfragüe, i també un poquet les ciutats de Trujillo, Mérida i Badajoz i una breu estada a la vila d'Elvas ja en terres de Portugal per trobar-nos amb els amics Àlex i Rita, la meva estimadíssima professora de portuguès, amb qui vam fer el camí de tornada cap a Barcelona.
Unes fotografies del nostre pas per terres extremenyes.










La Rosa, l'excursionista amb La Fragosa al fons, a la dreta vista des del naixament del riu Hurdano amb els poblets de Las Heras, Casa Rubia, Casares de las Hurdes i Carabusino al fons











"Los Pilones" a la Vall del riu Jerte la terre dels cirerers.
Alzina surera (Alcornoque) monumental a Tornavacas















Cérvols al Parque Natural de Montfragüe, a la Fuente de los tres caños i al penyasegat del riu Tietar, les aigües del qual tributen al riu Tajo, "o mesmo Tejo que beija Lisboa"

Trujillo














Pels carrers d'Elvas...
..............Português, do Bloco e do Sporting de Portugal


Ja de tornada, a Medinaceli, a la província de Sòria amb l'Àlex i la Rita

dissabte, 10 d’octubre del 2009

Marcha do Bairro Alto 1995


Hem escoltat la Gran Marcha de Lisboa (Noite de Santo António) i la Marcha de Alfama, i avui escoltem la "Marcha do Bairro Alto 1995" esplèndidament cantada per Camané, del seu darrer CD Pelo dia dentro.

En el blog d'en Vítor Duarte lisboanoguinnes podeu trobar un apunt sobre l'origen de les Marchas Populares que es remunten al S. XVIII.

Al mes de Juny, Lisboa es vesteix de colors, de clavells, sardines, balls, testos d'alfàbrega a les finestres i en els testos una bandereta amb "quadras" com aquesta:

Se eu fosse o cravo vermelho
que trazes sobre o teu peito
por muito que fosse velho
não te guardava respeito...

....no crec que calgui traducció


Marcha do Bairro Alto 1995

Letra e música de: José Mário Branco
Repertório de Camané

Sou o Bairro Alto, olho sempre de alto
Prás tristezas que Lisboa tem
Sou o Bairro Alto, pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem;
Todo o bom filho sai conforme os pais que tem
O fado é meu pai, Lisboa é minha mãe
E eles cantando, vão-me preparando
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi dos terramotos do Marquês
Nem com as maldades que o fado sempre lhe fez
Do Bairro Alto, cá do alto, eu vi Lisboa a chorar
Deu sempre a volta, pôs-me á solta e ensinou-me a cantar;
O tempo corre, mas a vida continua
Lisboa morre por saír comigo á rua
Fez uma marcha a meu jeito, vestiu-me a preceito
E cá vou eu a desfilar

Sou o Bairro Alto e olho sempre de alto
P'ras tristezas que Lisboa tem
Porque ela cantando, me foi preparando
Para o tempo novo que aí vem;
O fado é meu pai, Lisboa é minha mãe
E um bom filho sai conforme os pais que tem
Sou o Bairro Alto, pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi seu coração incendiado
Ou quando viu o Parque Mayer apagado
Do Bairro Alto, cá do alto, eu vi Lisboa a chorar
Do que era pranto, fez um canto e ensinou-me a cantar;
O tempo corre, é a marcha desta vida
Lisboa morre por ver a sua avenida
Cheia de gente tão diferente, a ver-me tão contente
Por ela abaixo a desfilar
.

(letra tirada do blog fadosdofado)

dimecres, 7 d’octubre del 2009

Amor de mel, amor de fel

De la doctora en medicina i fadista Kátia Guerreiro ja n'havíem parlat en altres entrades, la darrera quan va actuar a la Plaça del Rei de Barcelona dins dels actes de la Setmana de Portugal a Bacelona.
Vaig tenir ocasió d'escoltar-la a la Sala Luz de Gas fa tres anys llargs i les dues vegades m'ha semblat autèntica, el fado "acontece" quan ella el canta. A la Plaça del Rei després dels aplaudiments finals, les seves llàgrimes d'emoció i agraïment no eren de cartro-pedra.
Aquests dies de record de l'Amália Rodrigues, i a tomb amb el que deia ahir sobre la possible i tantes vegades nomenada successora de la Diva, he recordat algú que vaig conéixer quan feiem cua per entrar a Luz de Gas, francès i amic de la Kàtia i que em va dir "...ara si que hem trobat la digna successora d'Amália". No vaig portar-li la contrària, i no per falta de ganes, però bé ja tots sabem que Amália i res i ningú que sigui genuí, té un mirall que reflexi allò que és únic. Amália és una i també la Kátia és una. I a mi com que m'agraden les dues avui les ajuntarem.
Kátia canta un poema d'Amália.
Un poema on Amália es despulla i des de molt endins les paraules ens parlen de l'amor impossible i turbador de l'amor que fa mal.

"...tinc un amor que no puc confessar....amor plorat en to menor, en to menor és més gran el fado......ploro i plorant fent la mar més gran... no puc deixar d'estimar el meu amor en pecat...plorant un amor de dolor...

Amor de mel, amor de fel




Amor de mel, amor de fel

Amália Rodrigues / Carlos Gonçalves

Tenho um amor que não posso confessar... mas posso chorar
Amor pecado, amor de amor, amor de mel, amor de flor
Amor de fel, amor maior, amor amado

Tenho um amor, amor de dôr, amor maior
Amor chorado em tom menor, em tom menor maior o fado

Choro a chorar tornando maior o mar
Não posso deixar de amar o meu amor em pecado

Fui andorinha que chegou na primavera, eu era quem era
Amor pecado, amor de amor, amor de mel, amor de flor
Amor de fel, amor maior, amor amado

Tenho um amor, amor de dôr, amor maior
Amor chorado em tom menor, em tom menor maior o fado
Choro a chorar tornando maior o mar
Não posso deixar de amar o meu amor em pecado

Fado maior, cantado em tom de menor
Chorando um amor de dôr
Dôr de um bem e mal amado

(letra tirada do blog do amigo José Fernandes Castro)

dimarts, 6 d’octubre del 2009

Amália Rodrigues deu anys


Deu anys já que l'Amália ens va deixar. Per nosaltres, tan lluny de Lisboa, dir Amália és dir Fado i també a l'inrevés.
És indiscutiblement la "Rainha do fado" i no cal que busquin ningú per substituir-la, perquè Amália no es pot substituir. Per molt bones fadistes que hi hagi -que n'hi ha- cadascú té el seu lloc i el lloc d'Amália està en el cor de tots els fadistes.
I Amália, la Diva, la Rainha, la Gran Senyora del Fado, no només va cantar fados, va cantar i ens ha deixat registres de cançó francesa, italiana, espanyola, americana... i avui la sentirem en una cançó del folklore popular espanyol...

Un apunt només, si Amália Rodrigues hagués estat anglesa, americana o fins i tot francesa, potser encara estaria més valorada, però sembla que als de la peninsula Ibèrica ens agrada més mirar cap al nord. El fet curiós es que és des del nord d'on venen els millors reconeixements per la nostra Amália.



Mi sardinita



Mi sardinita


Desde Santurce a Bilbao
vengo por toda la orilla
con la saia arremangada
y luciendo la pantorrilla
vengo deprisa
y corriendo
porque me aprieta el corsé

Voy gritando por las calles
Sardina fresca es

Ay mi sardinita
que ricas son
son de Santurce
las traigo yo

La del primero me llama
la del segundo tambien
la del tercero me dice
a como las vende usted
yo les digo a seis gordas
ellas me dicen que a tres
cojo la cesta y me marcho...

sardina fresca es

Ay mi sardinita
que ricas son
son de Santurce
las traigo yo

divendres, 2 d’octubre del 2009

Kousar Banu

La Fundació Vicente Ferrer és una ONG de desenvolupament compromesa amb el procés de transformar, per millorar-les, les comunitats més desafavorides d'una regió del sud-est de l'Índia al districte de Anantapur.
Podríem escriure molt més però no ens cal. Només heu de punxar AQUI i podreu veure que és i que es pot fer.

Sovint se sent a dir a molta gent que col·laborar amb diners en una ONG, és llençar-los , perque aquests no arriben als necessitats i algú se n'aprofita. A l'altre costat de l'espectre d'opinions hi ha qui diu que es col·labora amb ONGs per netejar la pròpia consciència. Però entre aquests extrems de l'espectre d'opinions hi ha persones que ni ens sentim amb la consciència més neta, ni ens amoïnem massa si es perd algun € pel camí, que acceptem que ni tenim tota la culpa del que passa ni tenim totes les eines per canviar-ho tot. Que acceptem la nostra petitesa i les nostres limitacions. El fet important és poder posar de manifest la voluntat de canviar les coses que no ens agraden, i sentir-nos empàtics amb la nostra espècie.

Us animo a col·laborar amb la Fundació Vicente Ferrer, o en altres ONGs que tenen com a fita la transformació d'aquelles coses injustes que a creat el propi ésser humà. Correspon doncs a l'ésser humà acabar amb elles. Ens correspon já, començar a humanitzar-nos.

Avui us vull presentar al grup de Dones del Poble de Kananganapalli-II amb qui col·laborem dins del programa "De Mujer a Mujer"

I També us presento a la nena més bonica del món, la Kousar Banu de qui en sóc el padrí. La Kousar Banu té una discapacitat psíquica i com sabem aquest és un element de dificultat afegit a tot arreu i més a l'Índia en aquesta casta dels Intocables. És òrfena de pare i té un germà. Viu al poble de Junjurampalli al districte d'Anantapur on traballa l'associació.
Potser algun dia l'aniré a conèixer!

.................................................Apadrineu!

.................................................Perquè no?

dimecres, 30 de setembre del 2009

Fado - Fado

Hi ha músiques en el Fado que esdevenen tradicionals. Són els fados que "tenen nom" més enllà del títol del poema.
A partir d'un poema que té la seva música, en sorgeixen d'altres que es canten amb aquesta mateixa música, o més ben dit, amb el mateix suport musical.
Aquest és un cas interessant i permet al/la fadista que pretén cantar qualsevol poema, acostar-se als guitarristes i dir-los, per exemple: -Fado Acácio em mim. I llavors les guitarres interpreten el suport musical que necessita el fadista per cantar el poema... Només cal que la mètrica del poema s'avingui amb aquell suport musical.

Un amic meu fadista, em va dir un dia: -Podem-se encontrar um guitarrista, um viola, um guitarra baixo e um cantor ou cantadeira que não se tinham conhecido até esse dia e pode acontecer uma noitada fadista muito engraçada...

Avui amb el mateix suport musical creat pel guitarrista Acácio Gomes dos Santos, sentirem quatre poemes cadascun amb el seu estil, lògicament.
Quan escoltem aquesta melodia, sabrem que es tracta d'un Fado Acácio.


De Rodrigo Costa Félix, Jardim abandonado

Jardim abandonado
João Fezas Vital / Acácio Gomes *fado acácio*

Um dia será assim
Deixarás este jardim
De encontro á noite fechada;
Procurarás outro mundo
Mais distante mais profundo
Onde encontres madrugada

E no longe que não sei
O tudo que em ti sonhei / Será só recordação
E eu ficarei sozinho
Percorrendo o meu caminho / No jardim da solidão

Nunca mais verei o dia
Onde era tudo alegria / Onde era só primavera
No jardim abandonado
Vejo uma sombra a meu lado / A sonhar à tua espera
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De Sandra Correia, Venho a falar dos meus medos


Venho falar dos meus medos
António Laranjeira / Acácio Gomes *fado acácio*

Senhora, eu tenho fé
De encontrar a minha luz
Nesta imensa escuridão;
Venho falar dos meus medos
São vossos os meus segredos
Que eu partilho em confissão

Senhora, há tanto tempo / Que me assaltam tantas dúvidas
Não posso viver assim
Um turbilhão de incertezas / Parecem velas acesas
A queimar dentro de mim

Será senhora, o destino
Que me estava reservado / Desde o meu primeiro dia
Que faço ao meu coração
Sofrendo de solidão / Na dôr que não me alivia
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Del meu amic Américo dos Santos, Adeus a um amigo

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De Jenyfer Rainho, Meu amor não vale a pena

Meu amor, não vale a pena

Nelo / Acácio Gomes *fado acácio*

Meu amor, não vale a pena
Teres dó do meu coração
E sentires falsa ternura;
Quando a sorte nos condena
Ao amor na solidão
Atraiçoá-lo é loucura

Solidão é toda a gente

É cada olhar, cada rosto / Que mora onde a gente mora
Viver a vida de frente
Achar prazer no desgosto / Chorar ao pé de quem chora

É cada pobre que pede

É guitarra abandonada / Á espera de melodias
É cada boca com sede
É tudo dentro do nada / Que preenche os nossos dias

Não te ter e sempre ter-te
Julgar que ainda te tenho / Sabendo que te perdi
É ganhar-te no perder-te
Ter perdido o que não tenho / Ter-te sem esperar por ti

Lletres extretes del blog fadosdofado

(Efectuades les oportunes rectificacions a indicació del bon amic Fernando Batista de Porto. Obrigado)