dimarts, 20 de setembre del 2011

Ponte da Barca va sentir Sandra Correia

No em canso d'escoltar aquesta veu, aquesta manera de cantar que amb la seva simplicitat aconsegueix deixar-nos bocabadats, i ens fa sentir que el Fado acontece...

La Sandra Correia ha cantat aquest estiu a la localitat de Ponte da Barca. Va ser el pasat 23 de juliol, i com tantes altres vegades ens hem quedat amb les ganes de ser-hi presents.

La tecnologia ens permet, però, reviure uns instants d'aquell concert...

Aqui us en deixo un tast, amb Chuva, aquest bonic poema de Jorge Fernando, cantat amb el tempo adequat i tot allò que aquests versos demanen, sense afegits que no serveixen, ni posats que desmereixin.


As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade
Só as lembranças que doem ou fazem sorrir
Há gente que fica na história da história da gente
E outras de quem nem o nome lembramos ouvir

São emoções que dão vida à saudade que trago
Aquelas que tive contigo e acabei por perder
Há dias que marcam a alma e a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha, já eu percorrera
Meu choro de moço perdido gritava á cidade
Que o fogo do amor sobre a chuva, há instantes morrera

A chuva ouviu e calou meu segredo á cidade
E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade.

Ara un fado Alberto

....i encara una Marcha
"A Marcha d'Alfama"

Alfama não envelhece

Raúl Ferrão / Frederico de Brito
Repertório de Maria Armanda

Alfama não envelhece e hoje parece mais nova ainda
Já se chegou á janela, reparem nela como está linda
Vestiu a blusa clarinha, que a da vizinha é mais modesta
E pôs a saia garrida que só é vestida em dias de festa
Becos escadinhas, ruas estreitinhas
Onde em cada esquina há um bailarico
Sol pelas vielas e em todas elas
Perfumes de manjerico
Risos gargalhadas, fados desgarradas
Hoje em Alfama é um demónio
E em cada canto o suave encanto
Dum trono de Santo António

Já se não ouvem cantigas, e as raparigas de olhos cansados
Ainda aproveitam o ensejo, p'ra mais um beijo nos namorados
Já se ouvem sinos tocando, galos cantando á desgarrada
Mas mesmo assim, Dona Alfama só vai para a cama quando é madrugada.


O meu obrigado aos amigos João Costa Menezes e José Fernandes Castro