dimecres, 12 de març del 2008

Ana Rosmaninho

Vaig descobrir aquesta fadista, ja desapareguda, al blog http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/
d'en Víctor Marceneiro, nét de Ti Alfredo, un blog més que recomanable. Li vaig fer una petició d'algun fado i poc després el sr. Fernando Batista -que mira sovint aquest blog- em va enviar alguns fados. A tots dos els estic molt agraït.
Ana Rosmaninho va nèixer al 1950 i ens va deixar al 1991, jove, massa jove.


   Eu nasci amanhã.

. Artur Ribeiro m. A.Duarte (fado laranjeira)


Eu nasci amanhã
no meio dessa gente
toda nascida ontem

ou quando muito agora


Eu nasci amanhã
num ponto irreverente
por isso não entendo
a gente que cá mora.

Eu nasci amanhã

onde não há trincheiras
e onde não fazem guerras
impondo a sua paz

Eu nasci amanhã
onde não há fronteiras
e onde cada poeta
só canta o que lhe apraz

Eu nasci amanhã
onde não há tristeza
sem pobres a morarem

em zona demarcada


E neste mundo hoje
triste acomodado
quem não nasceu no tempo
não tem direito a nada.

Vaig sentir aquest fado per primer cop a Fora de Portas a Loures molt brillantment per Chico Madureira, que crec era l'amo de la casa de fados, i que m'han explicat que ha canviat de lloc.

li agraeixo a Paulo Guerra la seva ajuda en la transcripció del text.


Post revisat 1 de gener de 2022