Recordar el nostre passat per entendre millor el nostre present. Així doncs, es tracta d'un viatge al "Lago da Memória", aquell espai on es troba allò que ens dóna sentit avui.
Aquest és el motiu que empeny aquest gran fadista quan ens regala el seu darrer treball discogràfic, tot passejany per aquest "Largo"
D'allò que va ser, esdevé això que ara us mostro -diu el fadista.
Vet aqui la seva aspiració! i després d'escoltar el cd, li diem que si, que ho ha aconseguit.
Aqui us deixo un tast, un fado "Tertúlia", una música d'Armandinho, poc cantada avui, i que en Ricardo recupera del seu "Largo"
Agost. Diuen que és el mes més calorós de l'any, estem en plena canícula o potser ja l'estem deixant enrera. Però la intensitat de la calor es deixa notar, com també ho fa el fadista que ens presenta aquest mes: Ricardo Ribeiro, o com li diu el meu amic Américo O Senhor fado.
És perquè aquest jove fadista sent el fado en cos i ànima. Nascut al barri d'Ajuda, a Lisboa, a begut de les fonts de fadistes com Fernando Maurício i té com a referents, també, a Manuel Fernandes o Alfredo Marceneiro. Amb quinze anys ja cantava fados al mític Os Ferreiras -segons he sentit, ara tancat després de la mort del seu propietari.
Col·labora habitualment amb projectes ben interesants i li agrada cantar i posar el sentiment que cal en allò que canta, ja sigui fado, tango o música àrab. És sentiment, és calor, és intensitat, és en Ricardo Ribeiro, O Senhor fado.
Aqui amb aquesta col·laborarció amb Pedro Joia, ens deixa aquest Entrega de Pedro Homem de Melo amb música de Carlos Gonçalves.
Agost, Agosto, Agosto
Entrega
"Descalço venho dos confins da infância
Que a minha infância ainda não morreu.
Atrás de mim em face ainda há distância,
Menino Deus, Jesus da minha infância,
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu
Venho da estranha noite dos poetas,
Noite em que o mundo nunca me entendeu
Vê trago as mãos vazias dos poetas.
Menino Deus, amigo dos poetas,
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu
Feriu-me um dardo, ensanguentei as ruas
Onde o demónio em vão me apareceu.
Porque as estrelas todas eram suas
Menino irmão dos que erram pelas ruas
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu!
Quem te ignorar ignora aos que são tristes
Ó meu irmão Jesus, triste como eu
Ó meu irmão, menino de olhos tristes,
Nada mais tenho além dos olhos tristes
Tudo o que tenho, e nada tenho, é teu!"
Entre2aguas, que s'emetia divendres al vespre a la 2 de RTVE, era un programa documental-musical presentat per Javier Limón, un reconegut productor musical del panorama actual a Espanya.
Era un programa que buscava un eix comú, un nexe entre les cultures musicals americana i mediterránia, actuant com a frontisa entre ambdúes.
En el seu quart capítol "De Lisboa a Rio de Janeiro" es va parlar de fados i de la nova música del Brasil, i vam tenir la sort de poder veure i escoltar Carminho i Ricardo Ribeiro, dues de les figures més reeixides del panorama fadista actual. Podeu veure el programa complert Aqui
La conjunció de la que us parlo és d'aquelles que em deixen ben a gust. El cocktail és tan engrescador que té tot això:
*Fado *Lisboa *Mesa de Frades *Pedro de Castro *Jaime Santos Jr. i el Senhor Fado : Ricardo Ribeiro.
Aqui va aquest vídeo. Un Fado Menor cantat pel mestre.
Destino marcado
Fernando Farinha / Popular *fado menor* Repertório de Fernando Farinha
O fado tem não sei quê
Que prende a vida da gente
Um nada que se não vê
Um tudo que a gente sente
Eu dei a vida a valer / Nada mais podia dar
Agora para viver / Vivo sim, mas a cantar
Se a tristeza ao fado assiste / E o fado assim extasia
Prefiro ser sempre triste / P'ra não morrer de alegria
Vinha o destino marcado / Pois logo de pequenino
Fiz do destino dum fado / O fado do meu destino
A minha vida renasce / Neste meu canto magoado
Cada um é pro que nasce / E eu nasci para o fado.
Devia ser una tarda memorable aquesta en el Grupo Desportivo da Mouraria amb aquests dos extraodinaris fadistas.
A Lucinda Camareira del poeta Henrique Rego amb música de A. Duarte no fado Bailarico
A Lucinda camareira Era a moça mais ladina Mais formosa, mais brejeira Do café da Marcelina
De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado;
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa;
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira
Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Ao café do Bairro Alto;
A camareira que exalta / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer;
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor;
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou;
E para sempre a levou / Do café da Marcelina.
Són molts els cops que quan ens trobem amb algú i sorgeix el tema Fado -jo em presento sempre com a modest divulgador d'aquest gènere- ens planten la famosa frase. "és bonic però és molt trist, oi?"
Desprès aprofondint en la conversa queda clar que la majoria d'aquests opinadors, de fado n'han sentit ben poc, parlen dels esteriotips que envolten el Fado, opinen sense conèixer. I alguns, fins i tot, des del desconeixement, volen tenir raó.
També trobo, afortunadament, aquells que si que han estat "tocats" pel Fado, aquells que es deixen agombolar, que es deixen dur pels sentiments, aquells que obren la porta del cor, aquella porta que tots tenim i molts s'entesten a mantenir tancada.
Parlant de portes del cor, no em resisteixo a penjar aquest vídeo d'Alexandre47, en Ricardo Ribeiro a l'emblemàtica Mesa de Frades d'Alfama. Una perla.
A porta do coração
Carlos Conde / Raúl Pinto *fado raul pinto* Feia ou bonita, que importa
Se nos assalta a paixão
Por quem nos sabe vencer
O coração tem uma porta
A porta do coração
Abre-se ás vezes sem querer
Cruzei um dia na vida
Um olhar tão apreceito / Que me toldou a presença
Ela não pediu guarida
Mas bateu com tanto jeito / Que entrou sem eu dar licença
O amor é um imprevisto
Faz-nos rir, faz-nos chorar / Faz-nos sofrer e sentir
O meu coração tem disto
Ás vezes quero fechar / Mas ele teima em abrir
Que importa o riso, a traição
Quem ama, tudo suporta / O resto não tem valor
Só quem não tem coração
É que não uma porta / P’ra dar entrada ao amor.
L'idioma?
Bé potser que la lléngua pugui ser un impediment per comprendre el poema al cent per cent. Però amb la llèngua portuguesa compartim un passat, una cuna, la qual cosa fa que ens sigui molt més familiar que altres llèngües que com l'anglès se'ns han instal·lat a casa i sense entendre'n un borrall les trobem del tot familiars.
Tot plegat per dir-vos que potser el que caldria fora que miressim de possar oli per greixar el pany de la porta del cor i deixar que hi entri el que hi tingui que entrar...
Potser us ha semblat tristoi el fado d'en Ricardo Ribeiro...
Si és així escoltem ara la Caldeirada, un fado musicat d'Alberto Janes que a mi m'encanta i que segurament trobarem més alegre. Tot sigui per trencar esteriotips.
Canta André Baptista.
Canta Helena Sarmento.
Caldeirada
Alberto Janes Repertório de Amália
Em tempo de caldeirada o outro dia Já que o peixe estava todo reunido Teve o Goraz a ideia de falar á assembleia No que foi muito aplaudido Camaradas *prinicipia* A ordem do dia é tudo aquilo que for poluição
Porque o homem que é um tipo cabeçudo Resolveu destruír tudo, pois então E com tal habilidade e intensidade Nas fulgurãncias do génio
Que transforma a água pura, numa espécie de mistura Que nem tem oxigénio
E diz ele que é o rei da criação As coisas que a gente lhe ouve e tem de ser
Mas a minha opinião, diz o Pargo Capatão, gostava de lha dizer Pois se a gente até se afoga, grita a Boga
Por o homem ter estragado o ambiente
Dá cabo da criação, esse pimpão, e isso não é decente Diz do seu lugar: tá mau *o Carapau* Porque por estes caminhos Certo vamos mais ou menos, ficando todos pequenos Assim como Jaquinzinhos Diz então a certa alturao Camarão,: Mas o que é que nós ganhamos por falar? Ó seu grande Camarão *pergunta então o Cação* Você nem quer refilar? Se quer morrer *diz a Lula toda fula* C'oa mania da cerveja e dos cafézes Morra lá á sua vontade, que assim seja Para agradar aos fregueses Diz nessa altuta a Sardinha p'rá Taínha: sabe a última do dia? A Pescadinha já louca, meteu o rabo na boca O que é uma porcaria Peço a palavra: gritou o Caranguejo Eu que tenho por mania, observar Tenho estudado a questão E vejo a poluição, dia e noite a aumentar Cai da céu a água pura, e a criatura Pensa que aquilo que é dele, é monopólio Vai a gente beber dela e a goela fica cheia de petrólio A terra e o mar são, p'ró cidadão, assim como o seu palácio Se um dia lhe deito o dente, paga tudo de repente Ou eu não seja Crustáceo É um tipo irresponsável *grita o Sável* O homem que tal aquele Vai a proposta p'ra mesa, ou respeita a natureza Ou vamos todos a ele.
Bé potser si que també és trist que hagin de ser els peixos els que ens ensenyin com hem de tractar la natura...
El primer cop que vaig escoltar aquest fado, aquest poema d'António Rocha, no vaig posar molta atenció a la lletra, la música del *fado Três Bairros* m'era prou engrescadora per dedicar-li tota l'atenció, sobretot al final del fado abans de la repetició dels tres darrers versos de la darrera sextilla, quan els parroquians de la casa de fados on ens trobàvem, cantarolaven els tres primers versos. Tots. Estava clar que tots coneixien el tema menys jo, clar, l'únic "freguês" d'aquella nit que no era "del tot" portuguès.
Ara he de confessar que aquest clàssic és un dels meus predilectes.
En Ricardo Ribeiro (O Senhor Fado, com l'anomenen a casa del meu amic Américo) va gravar aquest fado en el seu CD "A seiva da minha voz" l'any 2000...
Escoltem-lo!
Boneca de porcelana
António Rocha / Casimiro Ramos *fado três bairros* Repertório de António Rocha
Boneca de porcelana Chamei-te um dia, a brincar Talvez por louco me tomem; Qualquer pessoa se engana Errei, por tal te chamar Errar é próprio do homem Como jóia de valia Peça da mais rara arte / Ou coisa d'estimação Coloquei-te nesse dia Num lugar que tinha á parte / Dentro do meu coração Afinal, és o contrário E eu pobre cego não via / Que és objecto comum Peça de barro ordinário Não passas de fantasia / Coisa sem valor algum Mesmo assim, fico pensando Que apenas quero viver / P´ra este amor que te dou Sei que continuo errando Errar continua a ser / Próprio do homem que sou.
(letra tirada do blog fadosdofado) I també un "ao vivo" del seu creador António Rocha en un vídeo de Purofado
Gran Ricardo Ribeiro, en directe a Mesa de Frades, aquest local tan fadista ara tancat per l'incendi de la part posterios del Palácio de Dona Rosa, cantant aquest Quando me sinto só, acompanyat a la guitarra pel Pedro Castro i a la viola per Jaime Santos Jr.
Poema d'Artur Ribeiro de versos alexandrins aqui cantat amb música de Joaquim Campos, dos noms de referència en el Fado, que tenen el contrapunt d'aquesta veu... Gran Ricardo Ribeiro, per molts conegut com O Senhor Fado.
Quando me sinto só Artur Ribeiro / Joaquim Campos *alexandrino*
Quando me sinto só, como tu me deixaste Mais só que um vagabundo num banco de jardim É quando tenho dó de mim e por contraste Eu tenho ódio ao mundo, que nos separa assim
Quando me sinto só sabe-me a boca a fado Lamento de quem chora a sua triste mágoa Rastejando no pó, o meu coração cansado Lembra uma velha nora morrendo á sede d'água
P'ra que não façam pouco, procuro não gritar A quem pergunta minto, não quero meter dó Num egoísmo louco eu chego a desejar Que sintas o que sinto quando me sinto só.
El passat 19 d'Abril Ricardo Ribeiro ha tret nou CD amb un grapat de fados tradicionals acompanyat pels músics Pedro Castro i José Luís Nobre Costa a la guitarra, Jaime Santos JR. a la viola i el Professor Joel Pina a la viola-baixo.
Estic esperant amb candeletes la visita dels meus amics de Lisboa als quals els demanaré que me'l duguin, així a més de la seva esperada companyia gaudiré del fadista actual que més m'agrada, el que aconsegueix amb més facilitat despertar totes les emocions que sóc capaç de sentir. Cliqueu a la fotografia per escoltar fragments dels seus fados, i ja us garanteixo que no quedareu decebuts.
En aquest vídeo um *fado vadio*: Moreninha de travessa I més avall, la lletra per poder gaudir d'aquest fado creació de l'admirat Fernando Maurício, amb qui Ricardo Ribeiro va arribar a cantar.
J.Rosa Januário / Filipe Pinto *fado vadio* Repertório de Fernando Maurício
Moreninha da travessa Que atravessa a minha rua Apenas por culpa sua Penas minh'alma atravessa
Onde vai assim depressa / Porque atravessa a correr Fugindo a quem a quer ver / Onde vai com tanta pressa
Por mais que diga e lhe peça / Que essa pressa diminua Apressada continua / E o que eu digo não lhe interessa
Qualquer dia ainda tropeça / Nessa pressa de fugir Tropeça e pode caír / Veja lá, não caia nessa
Mas se caír, lhe aconteça/ P'ra se livrar de embaraços Veja se cai nos maus braços / Moreninha da travessa Veja se cai nos meus braços / Veja lá se cai depressa
Molt abans de veure la malaguanyada película Fados d'en Carlos Saura, vaig tenir l'ocasió de veure dins del programa de "La Mar de Músicas" a Cartagena l'espectacle "Casa de Fados". Era el Juliol de 2007. L'espectacle tenia inclòs un recital de Carlos do Carmo entre dos blocs del que és en si l'escena del film amb aquest nom, i amb la intervenció d'una colla de fadistes, amb majúscules, que van aconseguir que el Fado surgís davant d'un públic entregat, la gran majoria del qual desconeixia què és el Fado.
I malgrat aquest desconeixement l'espectacle va congregar més de mil persones. En un escenari -El Auditorio Parque Torres- totalment ple que els organitzadors van haver d'utilitzar en veure que el lloc on de primer s'havia de fer el concert se'ls feia petit davant la demanda del públic. El nou espai era sis vegades més gran que l'inicialment previst.
Es pot dir, doncs, que el fado té tirada. Un no comprèn de cap manera que no hi hagi una programació de Fado a Barcelona, posem per cas, on n'estic convençut l'èxit estaria assegurat.
Però no ens apartem del tema que avui tractem.
I no entrarem a valorar la part de l'espectacle que fou el concert de C. do Carmo.
Parlem dels veterans i joves fadistes que aquella nit ens van regalar l'escena de la película Casa de Fados, dels guitarristes José Luís Nobre i Pedro Castro del violiste Jaime Santos júnior i del baixiste el mític Joel Pina que a part de guitarrades, van acompanyar magistralment a Vicente da Câmara, Ana Sofia Varela, Tânia Oléiro, Margarida Bessa, Pedro Moutinho i Ricardo Ribeiro.
Avui escoltem la part final de l'espectacle, una desgarrada amb Ricardo Ribeiro i Pedro Moutinho, amb un Fado Lopes i un poema de Carlos Conde.
FAMA DE ALFAMA
Não tenham medo da fama De Alfama mal afamada A fama ás vezes difama Gente boa, gente honrada
Fadistas venham comigo / Ouvir o fado vadio E cantar ao desafio / Num castiço bairro antigo
Vamos lá, como eu lhes digo / E hão-de ver de madrugada Como foi boa a noitada / No velho bairro de Alfama
Não tenham medo da fama De Alfama mal afamada
Eu sei que o mundo falava / Mas por certo, com maldade Pois nem sempre era verdade / Aquilo que se contava
Muita gente ali, levava / Vida sã e sossegada Sob uma fama malvada / Que a salpicava de lama A fama ás vezes difa ente boa, gente honrada
El mes de gener ja vam parlar d'en Ricardo Ribeiro, un extraodinari fadista.
En aquell moment encara estava una mica verd en això dels blogs i no sabia com podia posar-hi música . Més endavant l'amic Pau de Perpinyà em va ajudar en aquest tema i poc a poc amb la seva ajuda i amb la d'altres vam seguir en aquesta tasca de divulgació del Fado, la qual cosa m'ha permés conèixer a altres persones tocades com jo per aquest "virus" que és el plaer de posar en ordre els propis sentiments tot escoltant el Fado.
Així, doncs, avui toca escoltar aquest fadista a qui he tingut el plaer de sentir en directe i puc asegurar que amb ell o Fado acontece.
Del seu darrer treball Fado un fado que m'agrada molt: Fado Carriche.
Rezando pedi por ti
ll. Natália dos Anjos
m- Fado Carriche
Rezas que outrora aprendi
troquei-os por beijos teus
quem for beijado por ti
até se esquece de Deus.
Julgas que não sei rezar
nem pedir a Deus por ti
mas ainda te hei de ensinar
rezas que outrora aprendi.
O meu pecado é amar-te
porque ao beijar-te senti
que nunca pode deixar-te
quem for beijado por ti.
A Deus peço mil perdões
erguendo os olhos aos céus
porque as minhas orações
troquei-os por beijos teus.
E Deus vai-me a perdoar
os grandes pecados meus
pois quem peca por amar
até se esquece de Deus.
L'escena final de Casa de Fados, amb aquests dos "monstres" és impagable i una de les poques coses que podríem salvar de la peli o millor del documental del Saura.
De fet cada cop que penso en la peli em poso de mala llet.
Insisteixo que els seus "assessors" han actuat amb mala fe, amb personalisme i divisme i amb total coneixement del mal que fan.
Ells podran mostrar una imatge falsa del que Fado és, a la resta del mon, però la salut del Fado és molta i no podran acabar amb ell .
Tinc entès que Carlos do Carmo , és un d'ells -dels assessors- i la Mariza també.
Do Carmo no deixa de ser al meu entendre un bon cantant, a l'estil dels clàssics sinatras o aznavours , que s'ha allunyat tant com ha pogut del fado tradicional i que a vegades n'ha dit "pestes". I la Mariza amb una bona veu barreja fado amb blues. Quan la sents i després sents la Cidália Maria o la Carminho o la Tavares o la Moura o........... qualsevol cantadeira a qualsevol casa de fados qualsevol nit de Lisboa, t'adones on és de debò el Fado .