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divendres, 27 de juny del 2014

André Baptista. Gentes do Fado

Gentes do fado, aquest és el títol del segon cd de André Baptista amb la CNM, amb  la producció de Gonçalo Salgueiro, i acompanyat d'un estol de noms importants dins del món del fado.
Confesso que era un dels cds que tenia en la meva llista de compras a Lisboa, i no me'n puc estar de portar-lo aqui, ja que crec que l'André te una qualitat que admiro, i és la capacitat de modular la veu per tal d'arribar a poder cantar qualssevol fados, i també perquè en aquest disc entra de plé en el fado clàssic. El primer, Um fado nasce, va ser un homenatge al poeta alentejano Alberto Janes.
No m'ha decebut pas el treball de l'André en aquest cd, i amb la seva veu que et transporta, a vegades, a temps antics, un se sent reconfortat.
Canta un tema a dueto amb el seu productor Gonçalo Salgueiro, poema del popular i peculiar  Frei Hermano da Câmara.
Túnica Negra

  
O fado negro, negra dor é pão
Amargo pão de quem não tem amor
Ai negro negro como a negra flor
E como as tábuas negras dum caixão

O fado negro tem-no quem tocar
O fado negro tenho por calvário
Ai negras penas, contas do rosário
O fado negro tem quem não amar



Mas se há remorso numa negra vida
Que de arrependida c
hora da maldade 
A primavera de outra vida chega
Vai-se a vida negra, c
hega a felicidade

À noite negra deu-lhe Deus a cor
Vestir de negro, deu-me por condão
Mas fado negro, negro fado não
Porque o meu luto é sinal de amor

Eu visto negro porque tenho fé
Eu visto negro porque espero em Cristo
Ai negro, negro, por amor te visto
Mas o meu fado negro não, não é

Ninguém me diga que não há beleza
Que só há tristeza q
uando o negro impera
Porque a andorinha que Deus fez tão negra
Sempre que ela chega, c
hega a primavera
Porque a andorinha negra, negra, negra
Negra, negra, negra, t
raz a primavera.
Lletra extreta del blog fadosdofado

dimecres, 27 d’abril del 2011

Tornem-hi !!

Són molts els cops que quan ens trobem amb algú i sorgeix el tema Fado -jo em presento sempre com a modest divulgador d'aquest gènere- ens planten la famosa frase. "és bonic però és molt trist, oi?"
Desprès aprofondint en la conversa queda clar que la majoria d'aquests opinadors, de fado n'han sentit ben poc, parlen dels esteriotips que envolten el Fado, opinen sense conèixer. I alguns, fins i tot, des del desconeixement, volen tenir raó.
També trobo, afortunadament, aquells que si que han estat "tocats" pel Fado, aquells que es deixen agombolar, que es deixen dur pels sentiments, aquells que obren la porta del cor, aquella porta que tots tenim i molts s'entesten a mantenir tancada.
Parlant de portes del cor, no em resisteixo a penjar aquest vídeo d'Alexandre47, en Ricardo Ribeiro a l'emblemàtica Mesa de Frades d'Alfama. Una perla.


A porta do coração

Carlos Conde / Raúl Pinto *fado raul pinto*

Feia ou bonita, que importa
Se nos assalta a paixão
Por quem nos sabe vencer
O coração tem uma porta
A porta do coração
Abre-se ás vezes sem querer

Cruzei um dia na vida
Um olhar tão apreceito / Que me toldou a presença
Ela não pediu guarida
Mas bateu com tanto jeito / Que entrou sem eu dar licença

O amor é um imprevisto
Faz-nos rir, faz-nos chorar / Faz-nos sofrer e sentir
O meu coração tem disto
Ás vezes quero fechar / Mas ele teima em abrir

Que importa o riso, a traição
Quem ama, tudo suporta / O resto não tem valor
Só quem não tem coração
É que não uma porta / P’ra dar entrada ao amor.




L'idioma?

Bé potser que la lléngua pugui ser un impediment per comprendre el poema al cent per cent. Però amb la llèngua portuguesa compartim un passat, una cuna, la qual cosa fa que ens sigui molt més familiar que altres llèngües que com l'anglès se'ns han instal·lat a casa i sense entendre'n un borrall les trobem del tot familiars.

Tot plegat per dir-vos que potser el que caldria fora que miressim de possar oli per greixar el pany de la porta del cor i deixar que hi entri el que hi tingui que entrar... 

Potser us ha semblat tristoi el fado d'en Ricardo Ribeiro...
Si és així escoltem ara la Caldeirada, un fado musicat d'Alberto Janes que a mi m'encanta i que segurament trobarem més alegre. Tot sigui per trencar esteriotips.

Canta André Baptista.



Canta Helena Sarmento.

Caldeirada

Alberto Janes
Repertório de Amália
Em tempo de caldeirada o outro dia

Já que o peixe estava todo reunido
Teve o Goraz a ideia de falar á assembleia
No que foi muito aplaudido
Camaradas *prinicipia*
A ordem do dia é tudo aquilo que for poluição
Porque o homem que é um tipo cabeçudo

Resolveu destruír tudo, pois então
E com tal habilidade e intensidade
Nas fulgurãncias do génio
Que transforma a água pura, numa espécie de mistura

Que nem tem oxigénio

E diz ele que é o rei da criação

As coisas que a gente lhe ouve e tem de ser
Mas a minha opinião, diz o Pargo Capatão, g
ostava de lha dizer
Pois se a gente até se afoga, grita a Boga
Por o homem ter estragado o ambiente
Dá cabo da criação, esse pimpão, e
isso não é decente

Diz do seu lugar: tá mau *o Carapau*
Porque por estes caminhos
Certo vamos mais ou menos, ficando todos pequenos
Assim como Jaquinzinhos

Diz então a certa altura o Camarão,:
Mas o que é que nós ganhamos por falar?
Ó seu grande Camarão *pergunta então o Cação*
Você nem quer refilar?

Se quer morrer *diz a Lula toda fula*
C'oa mania da cerveja e dos cafézes
Morra lá á sua vontade, que assim seja
Para agradar aos fregueses

Diz nessa altuta a Sardinha p'rá Taínha: sabe a última do dia?
A Pescadinha já louca, meteu o rabo na boca
O que é uma porcaria

Peço a palavra: gritou o Caranguejo
Eu que tenho por mania, observar
Tenho estudado a questão
E vejo a poluição, dia e noite a aumentar

Cai da céu a água pura, e a criatura
Pensa que aquilo que é dele, é monopólio
Vai a gente beber dela e a goela fica cheia de petrólio

A terra e o mar são, p'ró cidadão, assim como o seu palácio
Se um dia lhe deito o dente, paga tudo de repente
Ou eu não seja Crustáceo

É um tipo irresponsável *grita o Sável*
O homem que tal aquele
Vai a proposta p'ra mesa, ou respeita a natureza
Ou vamos todos a ele.

Bé potser si que també és trist que hagin de ser els peixos els que ens ensenyin com hem de tractar la natura... 
 

Les lletres dels fados extretes del blog del bon amic José Fernandes Castro

dilluns, 14 de desembre del 2009

André Baptista


Encara sentíem l'olor de Barcelona, però ja les nostres pases trepitjaven les llambordes d'Alfama i aviat aquella flaire que duiem s'anava esmorteint i en venia una altra impregnada de Fado.
Després d'un jantarcinho a casa dels amics Paulo i Isabel, que millor que passar per la Mesa de Frades, un lloc que no decep ningú. I allí vam escoltar aquest fadista que ha gravat el seu primer CD: Um Fado nasce amb una dotzena de temes del compositor Alberto Janes, que entre moltes altres va compondre Foi Deus, o Vou dar de beber a dor , i pel qual Amália sentia un afecte especial i de qui deia que -Era a pessoa especial para mudar o mundo. Era um Senhor.

André Baptista, amb el qual vam poder parlar aquella nit ens va agradar. Quan ens va dir que es podia comprar el seu CD a la loja Companhia Nacional de Música, li vam dir que el compraríem. Com certeza.

À janela do peito, que vam escoltar-li aquella nit, és el que hem escollit per contribuir a la divulgació de la seva veu.

Saudações fadistas amigo André


Letra e musica de Alberto Janes

Lá vai brincando, pela mão de uma quimera
Essa garota que ela foi, sempre a sorrir
Como se a vida fosse eterna primavera
E não houvesse dores no mundo p’ra sentir

As gargalhadas vêm poisar na janela
E ao ouvi-las tenho mais pena de mim
Ai quem me dera rir ainda como ela
Mas quando rio, eu já não sei rir assim

Tenho a janela do peito

Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela

Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar


Lá vem gingando nesse seu passo miúdo
Melena preta, calça justa afiambrada
Como mudamos, tu que foste para mim tudo
Hoje a meus olhos pouco mais és do que nada

Tuas chalaças de graçola e ironia
Eram da rua, andavam de boca em boca
Eu, era ver-te não sei o que sentia
Talvez loucura, que por ti andava louco

Tenho a janela do peito

Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela

Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar


Desilusões as que tive
Enchem a rua…lá estão
E a gente vive dos tempos que já lá vão.

(letra tirada do blog fadosdofado)