Es mostren els missatges amb l'etiqueta de comentaris fado da adiça. Mostrar tots els missatges
Es mostren els missatges amb l'etiqueta de comentaris fado da adiça. Mostrar tots els missatges

divendres, 16 de febrer del 2018

Fado da Adiça

Tants dies sense passar pel meu cantinho.... No vol dir, però que el tingui oblidat. No, cada dia poc o molt el Fado està present amb mi, i les Saudades són immenses.
Necessito tornar a Lisboa i mergulhar nas suas ruas. Haurem de fer un pensament, però mentrestant deixo la primera música que aquest matí m'ha vingut al cap. Una música d'Armandinho, el Fado da Adiça i un poema de Rodrigo de Melo.
Ja sé que serà un post repetit, ja que en vam parlar fa quatre o cinc anys, però mai està de més escoltar aquesta veu i aquesta música.

La veu la posa Amália, per la qual no tinc paraules. Potser l'única paraule que se'm acud és aquesta "Única"



Fado da Adiça

Rodrigo de Melo / Armando Augusto Freire *fado da adiça*
Repertório de Amália

Por muito que se disser
O fado não é canalha
Não é fadista quem quer
Só é fadista quem calha

O destino é linha recta / Traçado à primeira vista
Como se nasce poeta / Também se nasce fadista

O fado é sexto sentido / Que distingue o português
Para ficar aprendido / Basta cantar-se uma vez

Soa a guitarra cantamos / A alegria que fingimos
O fado que nos cantamos / É sina que nós cumprimos
Com sempre el nostre agraïment a fadosdofado

divendres, 7 de juny del 2013

Fado da Adiça

Serra da Adiça
Continuem amb la llista de fados tradicionals, avui amb el Fado da Adiça, una música composta per Armando Augusto Freire, "Armandinho" i que Amália va cantar amb un poema de Rodrigo de Melo.

Em diu l'amic José Fernandes Castro , a qui li agraïm l'ajuda, que el nom li ve de la Serra da Adiça situada al baix Alentejo al sur de Portugal. Al diccionari Priberam, el mot Adiça ens explica que significa mina d'or.

Va resultar una mina aquest fado esdevenint fado tradicional al ser cantat amb altres poemes. Aqui ja vam escoltar la Célia Leiria cantant un poema de Manuel de Andrade, i avui escoltarem l'original d'Amália...

Fado da Adiça

Por muito que se disser
O fado não é canalha
Não é fadista quem quer

Só é fadista quem calha



O destino é linha reta / Traçado à primeira vista
Como se nasce poeta / Também se nasce fadista



O fado é sexto sentido / Que distingue o português
Para ficar aprendido / Basta cantar-se uma vez



Soa a guitarra cantamos / A alegria que fingimos
O fado que nos cantamos / É sina que nos cumprimos.
I encara més, un poema de João Monge amb la veu d'Aldina Duarte. Gravat a la mítica Mesa de Frades i del film A Religiosa Portuguesa
Xaile encarnado

Eu tenho um xaile encarnado
É uma lembrança tua
Tem um segredo bordado
Que ás vezes eu trago à rua

Tem as marcas de uma vida / Que a vida marca no rosto
Mas ganha uma nova vida / Nas noites que o trago posto

Já foi lençol e bandeira / Vela de barco, também
Tem marcas da vida inteira / Mas dizem que me cai bem

Se pensas que me perdi / Nalgum destino traçado
Pra veres que não esqueci / Eu ponho o xaile encarnado.

dilluns, 25 de juny del 2012

Célia Leiria

Nascuda a Santarém, vaig saber d'aquesta fadista a finals de l'any passat quan va treure el seu primer treball discogràfic "Caminhos", que va presentar a la seva ciutat natal l'onze de desembre passat.

Ja fa alguns anys que canta fados. En el 2001 va ser una de les convidades de Carlos Zel al casino d'Estoril en les seves mítiques Quartas de Fado i posteriorment ha actuat a la gala O Fado acontece, al Fòrum de Lisboa i en molts altres esdeveniments.

Sol estar acompanyada a la guitarra portuguesa per Pedro Amendoeira.

Del seu CD escoltem un fado tradicional, el Fado de Adiça, una música d'Armandinho, amb un poema de Manuel de Andrade. 


Horas da vida



Há horas, há tantas horas
nas horas que a vida tem
e, às vezes, em poucas horas
vivem-se vidas também.

Nas horas que te esperei
eu contei horas sem fim
tantas horas, que nem sei
se ainda há horas p'ra mim.

O tempo marca os seus passos
nas horas que nós contamos
e nós deixamos os traços
dos passos que nela damos.

A vida tem horas certas
são portas que nós fechamos
não ficam portas abertas
p'ras horas que atrás deixamos.

Se as portas e tantas horas,
ficaram todas fechadas,
às vezes em poucas horas,
ganham-se horas passadas.