Es mostren els missatges amb l'etiqueta de comentaris a viela do fado. Mostrar tots els missatges
Es mostren els missatges amb l'etiqueta de comentaris a viela do fado. Mostrar tots els missatges

dilluns, 14 de juliol del 2014

Un agraïment

Fa uns dies en una trobada al Palau de la Música, els amics i companys del Grupo de leitura de português Neus i Francesc, em van fer l'obsequi que aqui reprodueixo. Es tracta d'una petita col·lecció de segells de fadistes que van comprar per obsequiar-me en un alfarrabista de Lisboa.
Els ho agraeixo molt.
Com vaig escriure en el post anterior, ells i també l'Aina i un amic d'ells del qual lamento no recordar el nom, vam passar una bonica i intensa nit de fados a A Viela do Fado a Alfama, la qual cosa penso que vam gaudir tots i que espero que poguem tornar a repetir.
Molt agraït, amics, pel present, que guardaré al costat dels meus petits tresors relacionats amb el fado.
La Neus que va gravar quasi tota la vetllada, també em va passar tot el material, del qual he triat aquestes Saudades de Júlia Mendes -un clàssic- cantat per la nostra Sandra Correia.
 Muito obrigado amigos....
 Saudades de Júlia Mendes


Us deixo un video de Janelas do Fado de 2009






César d'Oliveira / Rogério Bracinha / Paulo Fonseca / João Nobre


Oh Júlia... trocas a vida p'lo fado
O fado, esse malandro e vadio
Oh Júlia... olha que é tarde, toma cuidado
Leva o teu xaile traçado porque de noite faz frio
Oh Júlia... andas com a noite na alma
Tem calma, ainda te perdes p'ra aí
Oh Júlia... se estás no mundo vencida
Não queiras gostar da vida que ela não gosta de ti

Não chores coração, tu és um tonto sem razão
Viver só por viver não leva a nada
Aceita a decisão que os fados trazem ao nascer
Todos nós temos de viver de hora marcada

Se Deus me deu a voz, que hei-de eu fazer senão cantar
O fado e eu a sós queremos chorar
Eu fujo não sei bem de quê, do mundo ou de ninguém
Talvez de mim, quando oiço alguém dizer-me assim.
Letra tirada do blog fadosdofado 

dimecres, 28 de maig del 2014

A Lucinda camareira a Viela do Fado

Aquest poema d'Henrique Rego és un dels meus preferits a l'hora d'escoltar-lo així: à desgarrada. O sigui cantat, el poema, entre diversos cantadors, veient així l'estil de cada un d'ells, amb aquella harmonia i empenta que anima els uns als altres i que fan que gaudeixis d'aquests encontres de fado.
 
El meu amic João Costa Menezes ens obsequia amb aquest video que correspon a la primera nit d'una nova casa de fados (que espero visitar properament)  A viela do fado, que si no m'erro, és a la mateixa Rua dos Remédios, una rua que comença a convertir-se en l'epicentre del bon fado.
 
Amb música d'Alfredo Duarte Marceneiro, Fado Bailarico, una petita meravella.
 
...fins aviat Viela do Fado
 
 


A Lucinda camareira
Henrique Rego / Alfredo Duarte *fado bailarico*Repertório de Fernando Maurício
A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina

Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina


De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado;
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa;
Tinha feições de princesa /
A Lucinda camareira

Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante /
Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Ao café do Bairro Alto;
A camareira que exalto / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer;
Para mim era a mulher /
Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor;
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou;
E para sempre a levou / Do café da Marcelina.
 
O meu obrigado aos amigos João Costa e José Fernandes pelo video e a letra. Bem hajam.