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dissabte, 19 d’abril del 2008

Nuno de Aguiar

No és la meva intenció escriure la biografia de Nuno de Aguiar. Publicar aquest post amb aquest tema cantat a desgarrada amb Ana Rosmaninho, és senzilament un homenatge a un home, a un fadista, senzill, afable, humil amic... i molts més adjectius. É um fadista com alma. El vam conèixer a Quinta Nini a la rua Manuel de Melo fa dos anys, i l'any passat al vam retrobar a Torres Vedras a la Adega do João, en una nit fantàstica de fado i companyonia. Uma noite muito engraçada, com deien els nostres amics de Lisboa.
...concordo perfeitamente com o sr. Ruy Castelar quando diz do Nuno :
"... Nuno de Aguiar que transmite,quando canta, a expressão magnífica e o mistério do Fado, é também admirado por todos que o conhecem, pela sua humildade, pela sua humanidade e pela sua capacidade de cultivar amizades"
A desgarrada amb Ana Rosmaninho
ó pardal, Ó cotovia

“Vou tentar a desgarrada a ver se alguém me acompanha, se há uma voz afinada que saiba cantar sem manha”

Nuno de Aguiar
“Sem manha sempre cantei e não tendo a voz famosa, raramente acompanhei qualquer fadista manhosa”

Ana Rosmaninho
” Pelos vistos quer ser gente este fadista fanhoso, parece que já se sente o conde de Vimioso”

Nuno de Aguiar
“Vimioso foi a lenda mas na verdade quem era, se calhar não foi fadista, como então fora a severa”

Ana Rosmaninho
“A Severa soube amar e como ela eu desejava, por um homem a tocar ao som da voz que cantava”

Nuno de Aguiar
Cantigas dessas havia perdidas no meu caminho, cantigas de cotovia não levam pardais ao ninho

Ana Rosmaninho
“Pardais destes nas sementes comem mas não nas colheitas, não quero pardais doentes no meu ninho não te deitas”

Nuno de Aguiar
“Ai se me deitasse nas penas no teu ninho cotovia, com tanta falta de penas nem sequer adormecia”

Ana Rosmaninho
“Adormecias de certo a até alta madrugada, porque tu meu pardal esperto não eras capaz de nada”

Nuno de Aguiar
“De nada ou talvez, embora pardal vivido, para tomar uma atitude é preciso ter motivo”

Ana Rosmaninho
“Motivo são estas penas, que eu quero ver arrancadas, nas tuas asas morenas, meu pardal das desgarradas”

Nuno de Aguiar
“Assim até vale a pena acabar a desgarrada”

Ana Rosmaninho  
Com o  Vimioso sem penas

Nuno de Aguiar
“E a Severa depenada”

dimecres, 12 de març del 2008

Ana Rosmaninho

Vaig descobrir aquesta fadista, ja desapareguda, al blog http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/
d'en Víctor Marceneiro, nét de Ti Alfredo, un blog més que recomanable. Li vaig fer una petició d'algun fado i poc després el sr. Fernando Batista -que mira sovint aquest blog- em va enviar alguns fados. A tots dos els estic molt agraït.
Ana Rosmaninho va nèixer al 1950 i ens va deixar al 1991, jove, massa jove.


   Eu nasci amanhã.

. Artur Ribeiro m. A.Duarte (fado laranjeira)


Eu nasci amanhã
no meio dessa gente
toda nascida ontem

ou quando muito agora


Eu nasci amanhã
num ponto irreverente
por isso não entendo
a gente que cá mora.

Eu nasci amanhã

onde não há trincheiras
e onde não fazem guerras
impondo a sua paz

Eu nasci amanhã
onde não há fronteiras
e onde cada poeta
só canta o que lhe apraz

Eu nasci amanhã
onde não há tristeza
sem pobres a morarem

em zona demarcada


E neste mundo hoje
triste acomodado
quem não nasceu no tempo
não tem direito a nada.

Vaig sentir aquest fado per primer cop a Fora de Portas a Loures molt brillantment per Chico Madureira, que crec era l'amo de la casa de fados, i que m'han explicat que ha canviat de lloc.

li agraeixo a Paulo Guerra la seva ajuda en la transcripció del text.


Post revisat 1 de gener de 2022