Es mostren els missatges amb l'etiqueta de comentaris António dos Santos. Mostrar tots els missatges
Es mostren els missatges amb l'etiqueta de comentaris António dos Santos. Mostrar tots els missatges

divendres, 30 de desembre del 2016

Partir é morrer um pouco

Segur que tots els anys ens deixen persones que formen part d'una o altra manera del nostre univers. Però també és segur que hi ha persones que ens toca més a fons la seva partida. O potser veiem la nostra partida més a prop. 
Em deia fa temps algú, que quan som joves la mort, és sempre la dels altres, i a mida que ens anem fent grans, comprovem que ara la mort la veiem més nostra... Tan se val, forma part de la vida  i així l'hem d'entendre i acceptar. Un alicient més per viure la vida amb plenitud mentre poguem.
Marxar és morir una mica, morir és quedar-se en els cors.



Partir é morrer um pouco

Mascarenhas Barreto / António dos Santos

Adeus parceiros das farrasDos copos e das noitadas
Adeus sombras da cidade;
Adeus langor das guitarras
Canto de esperanças frustradas
Alvorada de saudade

Meu coração como louco
Quer desgarrar-me do peito / Transforma em soluço a voz
Partir é morrer um pouco
A alma de certo jeito / A expirar dentro de nós

Quem parte, semeia vida

Por caminhos sem guarida / Num rosário de cansaços
Sangra na alma uma ferida
De tortura da partida / Que me afasta dos teus braços

A dôr é como uma bruma
Que torna o meu canto rouco / Nesta angústia de deixar-te
Sonhos desfeitos em espuma
Partir é morrer um pouco / Triste fado de quem parte

Já solta o barco, as amarras
Lisboa, manda-me um beijo / Deixa este fado por troco
Trinam de luto as guitarras
Singra a saudade p'lo Tejo / Partir é morrer um pouco

Voam mágoas em pedaços
Como aves que se não cansam / Ilusões, esparsas no ar
Partir é estender os braços
Aos sonhos que não se alcançam / Cujo destino é ficar

Já zarpam o navio da barra

Adeus ó branca Lisboa / Adeus oh meu Tejo amigo
Abraço ao peito a guitarra
Deixo este fado e perdoa / Levo a saudade comigo


Deixo a minh'alma no cais
De longe, canso sinais / Feitos de pranto a correr
Quem morre, não sofre mais
Mas quem parte é dôr demais / É bem pior que morrer

divendres, 26 de març del 2010

António dos Santos


La música D'António dos Santos ens recorda més les balades que el Fado, però no em resisteixo a dur-lo aqui per gaudir de la seva manera d'interpretar, senzilla, sense pretensions i amb aquest plus que dóna aquesta càrrega sentimental que hi posava quan cantava.
Tampoc no vam resistir la tentació de comprar l'únic CD que vam trobar a Lisboa d'aquest cantor de balades.
Potser la més escoltada és Partir é morrer um pouco o tal vegada Minha alma de amor sedenta, però a mi m'agrada aquesta Nostalgia de Alfama, poema de una extraodinària bellesa que ens descriu aquest barri senzill i alhora magnificent, com les pròpies balades del cantor.
Poema de António Veloso Reis Camelo i música d'António dos Santos.

Nostalgia de Alfama











 Eu não sei que tem Alfama
P'ra que dela me prendesse
Não a sente quem a difama
Com famas que não merece
Nos seus becos e vielas
Onde o sol põe tanta graça
Há flores e há donzelas
Não há apenas desgraça
Tanto as casas se entrelaçam
P'ra caberem dentro delas
Que os namorados se abraçam
De janela p'ra janela
Quando acesas permanecem
E já tudo adormeceu
Há janelas que parecem
Dependuradas do céu.