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divendres, 3 de gener del 2014

Seguim

Per motius diversos aquest blog ha estat funcionant a mig gas els darrers mesos, i ara pretén agafar de nou l'embranzida que havia tingut abans. La veritat és que costava decidir amb quin fado i fadista començaria l'any, però després de veure el vídeo del canal de Youtube 4FadoLisbon, s'han esvaït els dubtes.


El Fado das Horas que aqui ens canta António Ganhão des de la casa de Fados A Nini, a Lisboa, és una de les músiques més agradables d'escoltar, tant en directe com mentre feinejem per casa. És un fado que té l'arrel en el Fado tradicional Mouraria, cantat d'una forma més suau, més melòdica, "estilisado" com es diu el el món fadista.

En aquesta música Ary dos Santos hi va encavir aquest poema Menor e Maior, on el poeta torna a personificar el fado, torna a fer-lo sentir com aquell amor que lluny o a prop sempre és amb nosaltres.

Vegeu també en aquest blog Rosa da noite

Menor e Maior




Revejo tudo e redigo
Meu amor de toda a hora
Minha amante, minha amiga
Amanhã, ontem, agora

Revejo tudo e consigo / Um amor quase perfeito
Eu já nem sei se é comigo / Se é contigo que me deito

No linho deste meu corpo / Todo bordado d’espanto
Um coração quase morto / Bate nos fados que canto

Fado longe, fado perto / Fado distância de mim
Que às vezes, é um deserto / Outras vezes um jardim

Entre todos os meus fados / Só este fado de amor
Nos junta, quando afastados / Sendo menor é maior


diumenge, 25 de març del 2012

António Ganhão

No havia escoltat massa l'António Ganhão i tampoc no he sabut trobar massa informació seva a internet, més enllà d'un parell de vídeos a Yotube.

En aquest darrer viatge he tingut ocasió d'escoltar-lo en directe a la casa de fados A Nini, da rua Francisco Manuel de Melo a la freguesia de São Sebastião da Pedreira, i vaig poder comprar el seu CD "Uma Vida... Alguns Fados", del qual presentem aqui un fado que a mi m'agrada particularment: Rosa da noite, del enyorat Ary dos Santos.

Un  poema que transpua la passió que sentia per la seva ciutat, una passió que l'envoltava i li arrabassava l'ànima. Una passió per aquesta Lisboa antiga "velhinha" que a mi també em té el cor robat i em sembla la ciutat més encisadora que conec...
Rosa da noite


Rosa da noite

Ary dos Santos / Joaquim Luíz Gomes

Vou pelas ruas da noite / Com basalto de tristeza
Sem passeio que me acoite /Rosa negra à portuguesa

É por dentro do meu peito triste / Que o silêncio se insinua agreste
Noite negra que despiste / A ternura que me deste


Um cão abandonado
Uma mulher sózinha
Num caixote entornado
A mágoa que é só minha

Levo aos ombros as esquinas / Trago varandas no peito
E as pedras pequeninas / São a cama onde me deito

És azul claro de dia / E azul escuro de noite
Lisboa sem alegria / Cada estrela é um açoite

A queixa de uma gata
O grito de uma porta
No Tejo uma fragata
Que me parece morta

Morro aos bocados por ti / Cidade do meu tormento
Nasci e cresci aqui / Sou amigo do teu vento

Por isso digo Lisboa, amiga / Cada rua é uma veia tensa
Por onde corre a cantiga / Da minha voz que é imensa.


letra tirada do blog fadosdofado de José Fernandes Castro